Momentos-chave
- Rússia acusa Zelensky de recusar negociar tendo em conta "as realidades no terreno"
- Zelensky avisa que paz com a Rússia só com negociando garantias efetivas
- Zelensky diz que foram mortos 43 mil soldados ucranianos desde o início do conflito
- EUA confirmam pacote de 988 milhões de dólares de ajuda à Ucrânia para comprar munições
- Trump diz que Zelensky e a Ucrânia querem negociar um acordo e defende cessar-fogo na Ucrânia
Histórico de atualizações
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Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com a guerra na Ucrânia ao longo do dia de sábado.
Zelensky descarta baixar idade de recruta e reforça pedido por apoio militar
Continue, por favor, a acompanhar os desenvolvimentos desta segunda-feira, nesta nova ligação. Muito obrigado!
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Trump promete tirar EUA da NATO se aliados não pagarem mais pela defesa
Presidente-eleito diz que os EUA sairão da NATO se os aliados não pagarem mais e prometeu expulsar todos os imigrantes em situação irregular, na sua primeira entrevista como Presidente eleito dos EUA.
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Rússia acusa Zelensky de recusar negociar tendo em conta "as realidades no terreno"
Kremlin acusou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “recusar negociar” com Vladimir Putin o fim do conflito na Ucrânia, exigindo mais uma vez que Kiev tenha em conta “as realidades no terreno”.
“Foi o lado ucraniano que recusou e ainda se recusa a negociar. Além disso, Zelensky, por decreto, proibiu-se a si e à sua administração de qualquer contacto com os líderes russos, e esta posição não mudou”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
O Kremlin tomou nota do apelo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para um cessar-fogo imediato na Ucrânia e o início de negociações para pôr fim à guerra, mas não acredita que Kiev queira negociar, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
“Lemos atentamente as declarações feitas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, após o seu encontro em Paris com [o Presidente de França, Emmanuel] Macron e [o Presidente da Ucrânia, Volodymyr] Zelensky”, disse, segundo a agência noticiosa Interfax.
O representante do Kremlin sublinhou que a posição da Rússia em relação à Ucrânia “é bem conhecida” e as suas condições foram declaradas em meados do ano pelo Presidente russo, Vladimir Putin, mas “é precisamente a Ucrânia que rejeitou e continua a rejeitar as negociações”.
“Para seguir o caminho da paz, bastaria que Zelensky revogasse o seu decreto [que proíbe as negociações com a Rússia] e ordenasse o retomar do diálogo com base nos acordos de Istambul e tendo em conta a realidade no terreno”, disse.
Peskov questionou o número de vítimas ucranianas e russas declarado por Trump e observou que se trata de “uma interpretação ucraniana”, mas “os números reais são totalmente diferentes”.
“As baixas ucranianas excedem várias vezes as baixas do lado russo”, concluiu.
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Zelensky avisa que paz com a Rússia só com negociando garantias efetivas
Volodymyr Zelensky reagiu rapidamente à declaração de Trump, sublinhando que antes de qualquer paz efetiva é preciso discutir sobre as garantias efetivas dessa paz.
Yesterday, I visited President @EmmanuelMacron at the Élysée Palace and had a good meeting with President @realDonaldTrump.
We discussed important issues on the battlefield and in the global situation, from our frontlines to North Korea. I stated that we need a just and enduring…
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 8, 2024
Numa longa publicação no X, o presidente ucraniano recorda que foi a Rússia a trazer a guerra ao país. E invoca as ameaças russas à Georgia e à Moldova.
“Agora os russos estão a retirar da Síria, mas isso não quer dizer que não vão tentar trazer morte outra vez. A presença militar russa está também ativa em África onde o único objetivo é a desestabilização. Quando falamos de efetiva paz com a Rússia temos primeiro e acima de tudo negociar garantias efetivas de paz”.
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Zelensky diz que foram mortos 43 mil soldados ucranianos desde o início do conflito
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse este domingo que 43 mil soldados ucranianos foram mortos e 370 mil ficaram feridos desde o início do conflito com a Rússia, há quase três anos.
“Desde o início da guerra, a Ucrânia perdeu 43 mil soldados que foram mortos no campo de batalha”, escreveu hoje Volodymyr Zelensky nas redes sociais, citado pela agência AFP, acrescentando que houve 370 mil feridos, dos quais metade regressou ao combate.
No anterior balanço, em fevereiro, o Presidente ucraniano estimou que o número de soldados ucranianos mortos rondava os 31 mil.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, morreram também mais de 66 mil soldados russos, segundo a BBC e o ‘site’ Meadiazone’ que em agosto divulgaram ter na sua posse os nomes de 66.471 soldados russos mortos na guerra.
Esta investigação conjunta teve em conta comunicados de imprensa oficiais, notícias e publicações nas redes sociais, bem como as sepulturas identificadas em cemitérios.
O Presidente russo, Vladimir Putin, tem escusado avançar dados sobre a morte de soldados russos, afirmando apenas que as perdas “são inferiores” às da Ucrânia.
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EUA confirmam pacote de 988 milhões de dólares de ajuda à Ucrânia para comprar munições
Os Estados Unidos confirmaram ontem a entrega de mais uma tranche de ajuda militar à Ucrânia no valor de 988 milhões de dólares (935 milhões de euros)
Este montante representa quase metade do pacote de 2,1 mil milhões de dólares que ainda sobra da iniciativa de assistência à segurança da Ucrânia apoiada pela atual presidência. A administração Biden está a trabalhar no compromisso de comprar armas à indústria privada em vez de recorrer aos stocks do exército americano.
Estes fundos vão ser usados para adquirir munições para o sistema HIMARS, um lançador de foguetes produzido pelo fabricante americano Lockheed Martin, bem como drones e componentes de equipamento de artilharia, refere uma fonte do Pentágono citada pela Reuters.
O anúncio foi feito este sábado no encontro anual do fórum nacional de defesa Reagan que se realizou na Califórnia, no mesmo dia em que o Presidente eleito Donald Trump se encontrou com o presidente ucraniano numa reunião que juntou ainda em Paris, Emmanuel Macron.
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Trump diz que Zelensky e a Ucrânia querem negociar um acordo e defende cessar-fogo na Ucrânia
Donald Trump diz que Zelensky e a Ucrânia gostariam de fazer um acordo. Numa publicação na rede social Truth, o presidente eleito dos Estados Unidos afirma: “Zelensky e a Ucrânia gostariam de fazer um acordo e parar com esta loucura”.
Deve haver um cessar-fogo imediato e negociações devem começar. Demasiadas vidas estão a ser perdidas sem necessidade. Demasiadas famílias estão a ser destruídas. Se isto continuar pode tornar-se numa coisa muito maior e bem pior”.
As declarações foram publicadas depois de uma reunião em Paris, à margem da cerimónia de reabertura da catedral Notre Dame que juntou Donald Trump, o presidente ucraniano e o presidente francês.
“Conheço bem [o Presidente da Rússia] Vladimir [Putin]. É altura de agir. A China pode ajudar. O mundo está à espera”, afirmou ainda Donald Trump.
O novo presidente dos Estados Unidos que vai tomar posse em janeiro criticou a ajuda militar americana à Ucrânia durante a campanha e prometeu que quando estivesse no cargo poderia acabar com a guerra em 24 horas.
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Bom dia, vamos acompanhar toda a atualidade da guerra na Ucrânia num novo liveblog.
Reunião com Trump e Macron foi “frutífera”. “Todos queremos que esta guerra termine”, diz Zelensky