Momentos-chave
- Zelensky pede mais apoio ao Reino Unido
- Agência Internacional de Energia Atómica considera que segurança da central de Zaporíjia pode estar em risco
- Moscovo alerta que ataque ucraniano “poderá causar desastre em grande escala na Europa”
- Rússia diz que Ucrânia utilizou sistema norte-americano para destruir ponte em Kursk
- Alemanha planeia reduzir ajuda militar à Ucrânia para metade em 2025
- Ofensiva ucraniana ameaça os esforços secretos para um cessar-fogo parcial, avança o jornal Washington Post
- Rússia acusa Ucrânia de planear ataque a central nuclear de Kursk
- Forças ucranianas “reforçadas” em Kursk, diz Zelensky
- Ataque em Kursk foi necessário para conversações de paz “justas”, diz Kiev
- Ucrânia abate 14 drones russos disparados num ataque noturno
Histórico de atualizações
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Zelensky pede mais apoio ao Reino Unido
No seu discurso habitual, que grava diariamente em vídeo que é depois publicado nas redes sociais, Zelensky falou hoje, sobretudo, para o Reino Unido. Por um lado, elogiou o apoio à Ucrânia desde o início da invasão russa e falou de uma “verdadeira liderança” deste país em contexto de guerra. Mas, por outro lado, alertou para diminuição desse apoio, pedindo, por isso, mais ajudas.
“Infelizmente, a situação abrandou recentemente”, sublinhou o Presidente ucraniano. “Precisamos de todos os parceiros que podem realmente ajudar. Estes são os Estados Unidos, o Reino Unido, França e outros”, acrescentou.
“Intensificaremos os nossos esforços diplomáticos, vamos insistir em ações e decisões ousadas, que mudem de facto o rumo desta guerra”, disse.
We are doing everything possible to provide our warriors with the necessary weapons and reinforcements. It is crucial that our partners remove barriers that hinder us from weakening Russian positions in the way this war demands. Long-range capabilities are the answer to the most… pic.twitter.com/smoHgaDEY5
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 17, 2024
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Agência Internacional de Energia Atómica considera que segurança da central de Zaporíjia pode estar em risco
A segurança da central nuclear de Zaporíjia — zona ocupada pelas tropas de Moscovo — poderá estar em risco. O alerta foi dado hoje pela Agência Internacional de Energia Atómica, citada pela SkyNews.
Esta informação surge na sequência da queda de um drone junto à zona da central nuclear. “Mais uma vez, assistimos a uma escalada do perigo de segurança nuclear” da central, alertou Rafael Grossi, diretor-geral da agência, que acrescentou estar “extremamente preocupado”.
“Reitero o meu apelo à máxima contenção de todos os lados”, disse ainda.
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Moscovo alerta que ataque ucraniano “poderá causar desastre em grande escala na Europa”
A Rússia alertou hoje a Agência Internacional para a Energia Atómica (AIEA) para o risco que correm as centrais nucleares de Kursk e de Zaporizhia devido a ataques de forças ucranianas.
O diretor da Agência Russa da Energia Atómica (Rosatom), Alexei Likhachev, conversou com o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, tendo-lhe comunicado que “a situação nas duas centrais continua a deteriorar-se”.
Likhachev terá convidado Grossi a visitar a central nuclear de Kursk, localizada perto da cidade de Kurchatov, para “avaliar pessoalmente a situação nas proximidades das instalações nucleares”, de acordo com a agência de notícias russa Interfax.
A Rosatom informou os responsáveis do organismo internacional que “a sirene de alarme da central nuclear de Kursk é ativada dez a doze vezes por dia e que ocorreram 21 alertas nas últimas 24 horas”.
Sobre Zaporizhia, em território ucraniano controlado pela Rússia, a Rosatom alertou sobre “bombardeios diários” no território da cidade de Energodar e outras cidades vizinhas.
Moscovo também alertou que as forças ucranianas estão a preparar uma “provocação” nas duas centrais nucleares.
Segundo Alexei Likhachev, “nas últimas 24 horas multiplicou-se o número de mensagens e sinais sobre a preparação desta provocação”.
“Essas ações não apenas representam uma ameaça direta às duas instalações nucleares, mas também afetam a segurança nuclear da Europa”, disse.
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Rússia diz que Ucrânia utilizou sistema norte-americano para destruir ponte em Kursk
Moscovo acusou hoje Kiev de utilizar foguetes fabricados pelo Ocidente para destruir a ponte da região de Kursk. A informação foi avançada por Maria Zakharova, prota-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, citada pela Reuters.
No Telegram, a porta-voz deste ministério referiu que “pela primeira vez, a região de Kursk foi atingida por sistemas de foguetes de fabrico ocidental, provavelmente s americano HIMARS”.
O HIMARS é um lançador de foguetes produzido nos Estados Unidos e tem sido utilizado pelo exército ucraniano.
HIMARS. O “amigo de confiança” americano que está a ajudar a Ucrânia a virar a guerra
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Alemanha planeia reduzir ajuda militar à Ucrânia para metade em 2025
A Alemanha prevê reduzir para metade a sua ajuda militar à Ucrânia no próximo ano, contando que a rentabilização de ativos russos congelados possa apoiar Kiev, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2025.
De acordo com uma fonte parlamentar citada pela agência AFP, confirmando o que foi noticiado pela imprensa, o Governo de Olaf Scholz, que procura fazer poupanças, não prevê “qualquer ajuda suplementar” aos quatro mil milhões de euros incluídos no Orçamento do próximo ano para a ajuda militar à Ucrânia.
Este ano, a ajuda de Berlim, o segundo maior contribuinte depois dos Estados Unidos da América (EUA), ascende a oito mil milhões de euros.
Para compensar a redução, a Alemanha conta com a criação, no âmbito do G7 (grupo das sete maiores economias) e da União Europeia, de “um instrumento financeiro que utilize os ativos russos congelados”, acrescentou uma fonte do Ministério das Finanças.
“A ajuda bilateral alemã mantém-se ao mais alto nível, mas está a contar com a eficácia deste instrumento”, indicou a mesma fonte.
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Ofensiva ucraniana ameaça os esforços secretos para um cessar-fogo parcial, avança o jornal Washington Post
A ofensiva ucraniana está a perturbar os planos de conversações indirectas no Qatar sobre uma possível pausa nos ataques às infra-estruturas energéticas, escreveu o jornal norte-americano Washington Post este sábado, citando fontes oficiais, que mantiveram o anonimato.
A Ucrânia e a Rússia iam enviar delegações a Doha, Qatar, este mês para negociar um acordo histórico que suspendesse os ataques às infra-estruturas de energia e eletricidade de ambos os lados, segundo diplomatas e funcionários familiarizados com as discussões, o que teria constituído um cessar-fogo parcial.
As conversações indiretas, com o Qatar a servir de mediador e a reunir-se separadamente com as delegações ucraniana e russa, descarrilaram devido à incursão surpresa da Ucrânia na região de Kursk, na semana passada, reporta o jornal norte-americano.
Kiev afirmou anteriormente que pretende realizar a primeira conferência internacional dedicada à segurança energética em agosto, no Médio Oriente, como seguimento da cimeira de paz da Suíça. As autoridades russas e ucranianas não confirmaram quaisquer planos para um alegado acordo de “cessar-fogo energético”.
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Rússia acusa Ucrânia de planear ataque a central nuclear de Kursk
O Ministério da Defesa da Rússia acusou a Ucrânia de planear um ataque à central nuclear de Kursk e de atribuir a culpa dessa “provocação” a Moscovo, noticiou a Reuters, citando a agência noticiosa Interfax.
O ministério afirmou que a Rússia responderia duramente no caso de um ataque deste tipo, que, segundo o ministério, contaminaria uma vasta área circundante. A central nuclear de Kursk continua sob o controlo da Rússia.
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Forças ucranianas “reforçadas” em Kursk, diz Zelensky
Volodymyr Zelenskyy afirma que as forças ucranianas foram “reforçadas” em Kursk e que a dimensão do território “estabilizado” foi alargada. As declarações constam em meios internacionais como a Sky News.
O Presidente da Ucrânia agradeceu às suas forças por terem capturado prisioneiros russos e “assim terem tornado mais próxima a libertação dos nossos soldados e civis detidos pela Rússia”.
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Ataque em Kursk foi necessário para conversações de paz “justas”, diz Kiev
Um conselheiro presidencial ucraniano afirmou que a incursão em Kursk foi necessária para convencer Moscovo a iniciar conversações de paz “justas”, reporta a Sky News.
Mykhailo Podolyak afirmou que a Ucrânia não tem qualquer interesse em ocupar Kursk, mas que tem de forçar a Rússia a iniciar conversações de acordo com as condições de Kiev.
“Precisamos de infligir derrotas táticas significativas à Rússia”, disse Podolyak, citado pelo mesmo meio. “Na região de Kursk, vemos claramente como a ferramenta militar é objetivamente utilizada para convencer a Federação Russa a entrar num processo de negociação justo”.
Altos funcionários ucranianos têm afirmado repetidamente que a soberania e a integridade territorial da Ucrânia devem ser totalmente respeitadas em qualquer acordo de paz, enquanto Vladimir Putin exigiu que a Ucrânia desistisse de um quinto do seu território e de quaisquer aspirações de aderir à NATO.
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Ucrânia abate 14 drones russos disparados num ataque noturno
As defesas aéreas da Ucrânia abateram todos os 14 drones russos disparados num ataque noturno, informou a força aérea ucraniana este sábado, noticia o jornal The Guardian.
Os drones Shahed foram abatidos em seis regiões ucranianas, no sul e no centro do país, segundo um comunicado divulgado pela força aérea através da aplicação de mensagens Telegram.
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