O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, afirmou-se hoje preocupado com informações divulgadas nas redes sociais sobre a suposta presença de mercenários do grupo russo Wagner na Venezuela, alertando que eles levam “morte e desestabilização” aonde quer que vão.

“É um exemplo claro da interferência descarada da Rússia nos assuntos internos de outros países, assim como da sua estratégia habitual de semear o caos em todo o mundo”, afirmou numa mensagem publicada nas suas redes sociais.

Zelenski observou que os venezuelanos estão a atravessar “tempos muito difíceis”, para os quais a única saída possível é através de “vias pacíficas e democráticas”.

“Condenamos o uso da força contra manifestantes pacíficos e pedimos a todos que respeitem a decisão do povo. Os verdadeiros líderes não se escondem do seu próprio povo atrás de mercenários”, concluiu.

Nos últimos dias, vários meios de comunicação social fizeram eco de imagens não verificadas publicadas nas redes sociais que, segundo os seus divulgadores, mostram mercenários do grupo Wagner a colaborar com a polícia venezuelana na repressão dos protestos contra o governo do Presidente venezuelano Nicolás Maduro e a alegada fraude eleitoral nas eleições presidenciais de 28 de julho.

“Temos de terminar a guerra sob os termos da Ucrânia”. Volodymyr Zelensky, na sua mensagem diária, declarou a importância de a guerra terminar sob os termos da Ucrânia, realçando ser possível implementar uma fórmula de paz ucraniana.

“Quanto mais difícil for para Moscovo conseguir manter a sua produção militar e fornecer as suas forças militares, mais pressão para que a Rússia seja forçada à paz fará”. Por isso, declarou, “os nossos pontos para a nossa Fórmula de Paz são implementáveis, porque a maioria a nível mundial está a colocar pressão na Rússia”.

Para o Presidente da Ucrânia, é preciso que a Ucrânia continue a atacar os ocupantes.

A Ucrânia diz ter destruído um submarino russo ancorado no porto da Crimeia, segundo avança a BBC.

Atingido por mísseis em Sebastopol, na sexta-feira, o submarino de 2014 Rostov-on-Don terá sido destruído. Seria um dos quatro submarinos da frota russa no Mar Negro, que conseguem lançar mísseis de cruzeiro Kalibr.

Kiev revelou, ainda, que o ataque terá, ainda, destruiu quatro sistemas de defesa aérea S-400.

Desde 24 de fevereiro de 2022, já morreram 581.760 soldados russos na Ucrânia, de acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas desse país, citado pelo jornal Kyiv Independent. Destes, só nas últimas 24 horas morreram 1170 soldados.

Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, Moscovo já perdeu também 8.406 tanques, 21.926 veículos e tanques de combustível, 16.217 sistemas de artilharia, 363 aviões, 326 helicópteros, 13.057 drones, 28 navios e um submarino.

As forças militares ucranianas disseram este sábado que atacaram o aeródromo russo de Morozovsk na noite da passada sexta-feira.

E ainda vários reservatórios de petróleo e locais de armazenamento de combustível. Os ataques às várias infraestruturas foram distribuídos por três regiões russas, detalha a agência Reuters.

A aviação de combate russa deve ser destruída onde quer que esteja, recorrendo a todos os meios eficazes. Também é perfeitamente justo atacar os aeródromos russos. E precisamos desta solução conjunta – uma solução de segurança”, escreveu o líder ucraniano Volodymyr Zelensky no Telegram.