Momentos-chave
- Zelensky visita norte da Ucrânia a agradece a trabalhadores que mantêm o país a funcionar
- Moscovo afirma ter tomado controlo de nova localidade em Donestk
- Estados Unidos vão equipar F-16 entregues por outros países a Kiev
- Organizações denunciam desaparecimento de presos políticos russos
- Hungria abre a porta a espiões russos, avisa o maior partido da União Europeia
- Ucrânia continua a atacar dentro do território russo: atinge depósitos de petróleo em Kursk e faz dois feridos em Belgorod
- Marinha russa inicia exercícios que envolvem maioria da sua frota
- Kiev atinge bombardeiro a 1.800 km da fronteira
Histórico de atualizações
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Bom dia, continuámos a seguir a atualidade política nacional neste outro artigo em direto.
“Putin perdeu a cabeça”: Zelensky descreve “situação difícil” na Ucrânia
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MNE húngaro acusa UE de orquestrar bloqueio de petróleo russo através da Ucrânia
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, acusou esta terça-feira a Comissão Europeia de orquestrar a interrupção do fornecimento de petróleo russo para o bloco através da Ucrânia, e alertou que a disputa pode implicar uma crise energética.
Em junho, o governo de Kiev aplicou sanções contra a Lukoil — a maior empresa petrolífera não estatal — que impedem o trânsito de petróleo através do oleoduto Druzhba (Amizade) proveniente da Ucrânia e dirigido à Hungria e Eslováquia. A Hungria recebe a maioria do seu petróleo da Rússia, cerca de metade proveniente da Lukoil.
A decisão suscitou fortes protestos de responsáveis eslovacos e húngaros, ao alegarem que o bloqueio poderá interferir na sua segurança energética. Os dois países ameaçaram uma ação judicial contra Kiev, caso a Lukoil não seja autorizada a retomar as suas entregas.
Na terça-feira, e em mensagem na rede social Facebook, Szijjártó emitiu duras críticas ao órgão executivo da União Europeia (UE), ao considerar que “nada fez” desde que Budapeste a Bratislava pediram que interviesse neste contencioso em torno da entrega de crude.
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Zelensky visita norte da Ucrânia a agradece a trabalhadores que mantêm o país a funcionar
O Presidente ucraniano deslocou-se hoje às regiões de Volyn e Rivne, no norte da Ucrânia, onde destacou o trabalho dos vários setores, para além da defesa e segurança, que mantêm o país a funcionar em tempo de guerra e longe da frente de batalha. Na sua habitual comunicação diária, Zelensky começou por assumir que a prioridade ucraniana neste momento é “uma educação normal, sem ser à distância, para as nossas crianças, sempre que possível”, uma vez que “o ano letivo está prestes a começar”. Na região de Volyn, destacou ainda as possibilidades dos setores energéticos e dos transportes, que assume terem “potencial por explorar”. Destaca ainda o investimento em transportes transfronteiriços.
Já na região de Rivne, Zelensky visitou um hospital, onde agradeceu “aos médicos e enfermeiros” pelo seu serviço a tratar de soldados ucranianos. No mesmo local, esteve reunido com as autoridades regionais, sublinhado o papel dos líderes das comunidades em “preservar os empregos do nosso povo e criar novos”.
Today, I visited a hospital in the Rivne region where our soldiers receive care. I express my gratitude to every doctor, every nurse – everyone who brings our defenders back to life.
We also held a regional meeting of the Congress of Local and Regional Authorities. I am grateful… pic.twitter.com/UVbHa7zrqF
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 30, 2024
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Moscovo afirma ter tomado controlo de nova localidade em Donestk
O Ministério da Defesa russo anunciou hoje que o exército controla a localidade de Pivdenne, na região ucraniana de Donetsk. “Unidades do Centro de Grupo de Combate libertaram a localidade de Leninskoye, como resultado das operações ativas e melhoraram a sua posição tática”, pode ler-se no comunicado do Ministério, citado pela agência estatal TASS. Moscovo refere-se à localidade utilizando o nome da era soviética.
A localidade fica próxima de frente de batalha numa das zonas mais ativas de combates, devido à sua proximidade com Toretsk, uma cidade mineira e um reduto da resistência ucraniana, com mais de 30 mil habitantes (antes da guerra). Esta frente tem sido fortemente pressionada pela ofensiva russa desde junho. No domingo, Moscovo declarou ter tomado outras duas localidades, na mesma região. Kiev ainda não comentou as declarações russas, relata a agência Reuters.
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Estados Unidos vão equipar F-16 entregues por outros países a Kiev
Os Estados Unidos aceitaram armar os jatos de combate que vários países estão a enviar para a Ucrânia. Dinamarca, Países Baixos, Bélgica e Noreuga, todos prometeram a Kiev F-16, aviões de fabrico norte-americano, sem assegurarem, contudo, as munições necessárias para os armas. Apesar dos arsenais cada vez mais diminuídos do Pentágono, os norte-americanos terão aceite armar os F-16 que os restantes países entregarem a Kiev com mísseis avançados, também de fabrico nacional.
A informação é avançada por um oficial sénior do exército dos EUA ao The Wall Street Journal. “Estamos confiantes que vamos ser capazes de fornecer todas estas armas, pelo menos os volumes críticos que eles precisam”, declarou o norte-americano ao jornal. Outros equipamentos para os F-16 incluem kits de precisão para bombas, munições ar-terra e mísseis aéreos.
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Organizações denunciam desaparecimento de presos políticos russos
Vários presos políticos russos, incluindo o ativista septuagenário Oleg Orlov, estão desaparecidos depois de terem sido transferidos de prisões, denunciaram hoje organizações de direitos humanos.
Os advogados de Orlov, de 71 anos, perderam o rasto ao seu cliente numa prisão preventiva na cidade de Sizran, na região de Samara, segundo a organização Memorial, Prémio Nobel da Paz de 2022.
As autoridades prisionais recusaram-se a informar os advogados sobre o paradeiro do ativista condenado em fevereiro a uma pena de dois anos e meio de prisão por ter escrito um artigo contra a campanha militar da Rússia na Ucrânia.
A Memorial argumentou que não devia ter havido transferência de prisão até que esteja concluído o processo de recurso.
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Hungria abre a porta a espiões russos, avisa o maior partido da União Europeia
O alerta chegou pela mão de Manfred Weber, o presidente do Partido Popular Europeu, o maior da União Europeia. A flexibilização dos requisitos de entrada para russos e bielorrussos por parte da Hungria vai aumentar o risco de espionagem e vai gerar preocupações à segurança nacional.
Numa carta enviada ao Parlamento Europeu e que é citada pelo Financial Times, Weber defende assim uma “contramedida” europeia, solicitando a Charles Michel que agende o assunto para a próxima cimeira dos chefes de Estado da UE.
A expansão do programa húngaro de elegibilidade de vistos é “questionável” e pode “permitir que um grande número de russos entre na Hungria com uma supervisão mínima, o que representa um sério risco para a segurança nacional”, sublinha Weber.
“Esta política poderia também facilitar a circulação dos russos no espaço Schengen, contornando as restrições exigidas pela legislação da UE”, continua a carta.
No início de julho foi noticiado que a Hungria tinha discretamente alterado as suas regras para o Cartão Nacional, permitindo que russos e bielorrussos (e cidadãos de mais seis países) entrem no seu território através de um processo simplificado de obtenção de vistos que dispensa controlos de segurança reforçados ou outras restrições. E depois de três anos com este cartão os imigrantes desdes países podem obter uma autorização de residência permanente.
O problema coloca-se para o resto da Europa porque não existe um processo especial de controlo a nível europeu para os titulares do Cartão Nacional húngaro.
O artigo do Financial Times está a ser citado por vários meios de comunicação social ucranianos, tendo o ex asessor do ministro dos Negócios Estrangeiros publicado na sua rede social X, a notícia.
Hungary's recent decision to ease visa restrictions for Russian citizens is an open door for spies and EU leaders must take urgent countermeasures, the bloc's largest political party said, Financial Times reports.
Manfred Weber, chairman of the European People's Party, said in a…
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) July 30, 2024
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Ucrânia continua a atacar dentro do território russo: atinge depósitos de petróleo em Kursk e faz dois feridos em Belgorod
Dois civis ficaram hoje feridos em Belgorod, região russa fronteiriça, durante um ataque ucraniano, reportou o governador local no Telegram. E em Kursk, zona que também faz fronteira com a Ucrânia, drones atingiram depósitos de petróleo na noite de domingo para segunda, informou o governador local no Telegram.
Alexei Smirnov diz que três dos depósitos se incendiaram enquanto as Forças Armadas da Ucrânia revelaram que tinham atingido pelo menos quatro destas estruturas.
O governador de Kursk deu hoje também conta da destruição de quatro mísseis ucranianos nos céus da região.
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Marinha russa inicia exercícios que envolvem maioria da sua frota
Vinte mil operacionais, 300 navios e submarinos, 50 aviões, mais de 200 unidades militares e de equipamento especial: a marinha russa iniciou exercícios programados que envolvem uma parte significativa da sua frota em três locais diferentes informou hoje o Ministério da Defesa da Rússia no Telegram.
Segundo o governo russo, os exercícios de vários dias destinam-se a avaliar as estruturas de comando militar de três frotas e da flotilha do Cáspio. A frota do Norte, no Ártico russo, a frota do Pacífico, no Oceano Pacífico, a frota do Báltico, no Mar Báltico, e a flotilha do Cáspio, no Mar Cáspio, participarão nos exercícios que envolvem 300 exercícios de combate.
Ou seja, das quatro frotas que compõem a marinha russa, só a do Mar Negro ficou de fora desta operação.
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Kiev atinge bombardeiro a 1.800 km da fronteira
Um ataque ucraniano ao aeródromo militar de Olenya, na região russa de Murmansk, a 1.800 quilómetros da fronteira danificou no sábado um bombardeiro Tu-22M3, confirmou ontem o porta-voz dos serviços secretos militares ucranianos (HUR), Andrii Yusov, na televisão nacional.
Aviões militares como este Tupalov são um alvo estratégico porque, segundo Yusov, o sector militar-industrial russo não tem atualmente os meios para os fabricar.
“Isto é algo que a União Soviética poderia produzir e é por isso que eles estão a tentar escondê-los tão longe”, disse Yusov.
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Bom dia, vamos continuar a seguir aqui a guerra na Ucrânia. Pode ler o que se passou ontem neste outro artigo em direto.
Estados Unidos aprovam nova ajuda de 1.4 mil milhões de euros à Ucrânia
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