Momentos-chave
- Zelensky pede "reforço da defesa aérea" aos aliados para destruir bombas russas. "É completamente possível" proteger cidades ucranianas
- Papa e embaixador russo no Vaticano discutiram condições de Putin para Ucrânia
- Zelensky agradece vitória da seleção ucraniana em jogo do Euro e elogia sucessos da Ucrânia em todas as oportunidades
- Nigel Farage diz que UE e NATO é que provocaram invasão russa da Ucrânia
- Ucrânia denuncia ataque maciço russo contra infraestruturas energéticas
Histórico de atualizações
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Zelensky pede "reforço da defesa aérea" aos aliados para destruir bombas russas. "É completamente possível" proteger cidades ucranianas
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, publicou um vídeo na rede social X em que pede mais recursos aos aliados do país, argumentando que só desde o início de junho os russos já usaram mais de 2400 bombas aéreas guiadas (também conhecidas como bombas “inteligentes”, com precisão no ataque) e que 700 foram usadas para atacar a região de Kharkiv.
“A Ucrânia precisa dos recursos necessários para destruir os meios que transportam estas bombas, particularmente a aviação de combate russa”. No vídeo, Zelensky agradece aos parceiros da Ucrânia, em especial aos Estados Unidos, pelo apoio que tem levado a Ucrânia a conseguir “destruir lançadores de mísseis russos perto da fronteira”.
“Precisamos de continuar a conseguir tomar estas decisões”, argumenta Zelensky, acrescentando que a redução do “terror dos mísseis” na região de Kharkiv prova que é “completamente possível” manter as cidades ucranianas seguras.
Daí que Zelensky volte a pedir “sistemas modernos de defesa aérea” para a Ucrânia. “São verdadeiramente necessários. Necessários para a proteção de vidas — e só para esse objetivo”.
Since the beginning of this June alone, Russians have used more than 2,400 guided aerial bombs against Ukraine. Of these, around 700 have been targeted at the Kharkiv region, striking our positions, our cities, and communities.
Such Russian strikes are also being carried out… pic.twitter.com/iWSyWLTKCU
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 22, 2024
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Papa e embaixador russo no Vaticano discutiram condições de Putin para Ucrânia
O papa Francisco recebeu o embaixador russo na Santa Sé, com quem conversou sobre as condições do Presidente Putin para a paz na Ucrânia, como a retirada das regiões anexadas e a renúncia à NATO, informou hoje a diplomacia russa.
“Discutiram o conflito ucraniano, incluindo as condições de paz expressas pelo Presidente da Rússia, Putin, durante a sua reunião com a liderança do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia”, disse um representante da diplomacia russa à agência de notícias TASS.
Segundo a mesma fonte, Ivan Soltanovski “agradeceu ao pontífice pela sua posição consistentemente equilibrada e inevitavelmente pacífica” em relação à ofensiva russa na Ucrânia.
A mesma fonte indicou que a Rússia confirma que o papa Francisco procura constantemente uma solução diplomática para a guerra e “compreende toda a complexidade do conflito e os seus verdadeiros motivos”.
“O Vaticano está consciente da falta de perspetivas de um processo de paz sem a participação russa”, acrescentou a Embaixada.
Adicionalmente, segundo esta versão, a Rússia e o Vaticano “partilham a preocupação sobre a crescente degradação da situação internacional” e concordaram em “manter um diálogo regular baseado na confiança”.
O líder russo exigiu, antes da cimeira sobre a Ucrânia realizada na Suíça, a retirada das tropas ucranianas das regiões anexadas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, a renúncia de Kiev à sua entrada na NATO e o fim das sanções ocidentais, em troca de um cessar-fogo imediato e o início de negociações de paz.
Estas condições foram rejeitadas não só por Kiev, mas também pelo Ocidente, que reiterou o seu apoio à causa ucraniana.
O Vaticano, por sua vez, defendeu durante a cimeira suíça, para a qual a Rússia não foi convidada, que “a única forma de alcançar uma paz estável e justa é o diálogo entre todas as partes envolvidas”.
“Em nome do papa Francisco, desejo confirmar a sua proximidade pessoal ao martirizado povo ucraniano e o seu compromisso constante com a paz”, disse então o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.
Três meses antes, Francisco pediu a Kiev “a coragem para carregar a bandeira branca e negociar” com a Rússia face aos recentes avanços das forças russas que poderiam levar à perda de mais vidas e território.
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Zelensky agradece vitória da seleção ucraniana em jogo do Euro e elogia sucessos da Ucrânia em todas as oportunidades
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou na sexta-feira a seleção ucraniana de futebol depois da vitória por 2-1 contra a Eslováquia no Euro 2024, que decorre na Alemanha.
Numa mensagem em vídeo publicada nas redes sociais, Zelensky agradeceu à seleção nacional e salientou a importância de “garantir resultados para a Ucrânia (…) sempre que há uma oportunidade”.
O “sucesso da Ucrânia”, diz Zelensky, acontece “sempre que os ucranianos se esforçam por vencer”.
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Nigel Farage diz que UE e NATO é que provocaram invasão russa da Ucrânia
Líder do partido de direita radical britânico considera que culpa da invasão russa da Ucrânia é da NATO e da UE devido à expansão para leste, que deu a Putin uma “razão” para “ir para a guerra”.
Nigel Farage diz que UE e NATO é que provocaram invasão russa da Ucrânia
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Ucrânia denuncia ataque maciço russo contra infraestruturas energéticas
O Ministério da Energia ucraniano diz que as forças armadas russas lançaram, esta madrugada, um novo “ataque maciço” contra infraestruturas energéticas no oeste e no sul da Ucrânia.
“As instalações do Ukrenergo [operador ucraniano], nas regiões de Zaporijia [sul] e Lviv [oeste] ficaram danificadas”, disse o ministério, referindo que dois funcionários se encontram hospitalizados em Zaporijia.
Este foi o oitavo ataque maciço a centrais elétricas ucranianas nos últimos três meses, ainda de acordo com o ministério.
As autoridades ucranianas afirmaram na quinta-feira que as infraestruturas energéticas, incluindo uma central elétrica, ficaram danificadas após um forte ataque russo durante a noite, que deixou sete funcionários feridos.
De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Rússia destruiu metade da capacidade energética da Ucrânia ao intensificar os ataques.
Zelensky apelou na quinta-feira para a instalação de painéis solares e de unidades de armazenamento de energia “em todas as escolas e hospitais, o mais rapidamente possível”.
O diretor executivo da operadora DTEK, Maxime Timtchenko, disse que a Ucrânia se arrisca a ser “confrontada com uma grave crise este inverno” se os parceiros ocidentais não ajudarem.
Kiev tem pedido aos aliados apoio para reconstruir a rede de eletricidade – um projeto que exige elevados investimentos – e fornecer mais equipamento de defesa aérea para combater bombardeamentos russos.
Neste contexto, Washington “tomou a decisão difícil mas necessária” de dar prioridade à Ucrânia em relação a outros aliados, no que diz respeito ao fornecimento de mísseis utilizados na defesa aérea.
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Bom dia. Arrancamos aqui um novo liveblog sobre os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia. Pode ver o que aconteceu ontem neste artigo em direto.