O Presidente Volodymyr Zelensky anunciou hoje um novo formato de cooperação: a Ucrânia e os países do norte da Europa. “Neste quadro, estamos a reforçar a nossa colaboração em defesa, política e economia”, explicou no habitual discurso diário, partilhado nas redes sociais.

O líder ucraniano deixou um agradecimento à Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia, afirmando que no centro da parceria estão os “valores partilhados”. “Nós imaginamos a Europa que queremos passar para as gerações futuras: uma que seja inegavelmente segura, democrática e capaz de proteger os interesses dos europeus”, sublinhou.

“Todos eles compreendem a importância de uma atitude resoluta e da necessidade de criar desafios ao agressor, para que a Rússia perca a capacidade de disrupção da estabilidade global”, acrescentou.

Today, we are preparing to work with our partners throughout the week, particularly with our European allies who support us in a principled and effective manner. We have established a new format of cooperation—Ukraine plus the countries of Northern Europe. Within this framework,… pic.twitter.com/1PYNhE1woU

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 27, 2024

A nove dias das eleições presidenciais norte-americanas, Andriy Yermak foi também questionado sobre se a Ucrânia receia o seu resultado. “Acho que nenhum líder norte-americano quer facilitar a vitória de um regime autocrático com a Rússia”, afirmou.

O chefe de gabinete presidencial lembrou que Volodymyr Zelensky se encontrou recentemente com a vice-presidente Kamala Harris e o ex-Presidente Donald Trump, candidatos democrata e republicano à Casa Branca.

“Eu estive lá, não vou dar detalhes, mas posso dizer que regressámos dos Estados Unidos certos de que nenhum candidato está disposto a deixar que Putin vença esta guerra e que o apoio militar vai continuar”, afirmou.

A convicção de Yermak contrasta com algumas das declarações que têm sido feitos por Trump, que chegou a ameaçar cortar o apoio à Ucrânia se for reeleito. O candidato republicano também tem sido crítico de Volodymyr Zelensky, que acusou de juntamente com Joe Biden ter contribuído para o início da guerra na Ucrânia. Por outro lado, tem descrito que tem “uma ótima relação” com o Presidente russo, Vladimir Putin.

O chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky também falou durante a entrevista ao Corriere della Sera sobre os relatos do envio de tropas norte-coreanas para apoiar o esforço de guerra russo. “Não há uma declaração oficial de guerra de Pyongyang, mas de facto eles juntaram-se à agressão militar contra o nosso país”, disse Andriy Yermak.

O conselheiro ucraniano foi também questionado sobre se, perante esse reforço russo, Kiev planeia pedir o envio de tropas da NATO. “Quero dizer à Itália e aos nossos aliados que somos um país responsável e confiável. É a propaganda russa que nos acusa de arrastar o mundo para a guerra”, respondeu.

“Nunca pedimos à NATO para participar neste conflito. Estamos a lutar sozinhos, é certo que com o apoio dos nossos parceiros, mas sozinhos”, acrescentou.

O Presidente ucraniano está disposto a ouvir as iniciativas de paz propostas da China, do Brasil e da África do Sul, que juntamente com a Rússia pertencem aos BRICS, e outros países. Quem o diz é Andriy Yermak, chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky.

Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Yermak, a Ucrânia poderá eventualmente até incluir algumas das suas propostas na fórmula de paz proposta por Kiev.

As declarações de Yermak, nota o Kyiv Independent, contrastam com as palavras do líder ucraniano, que no mês passado descreveu seis pontos das propostas desenhadas pela China e pelo Brasil como “destrutivas”.

O primeiro-ministro finlandês revelou este domingo que o Presidente ucraniano estará presente no Conselho Nórdico, que vai decorrer na capital da Islândia entre 28 e 31 de outubro.

“Estou desejoso de me encontrar com o Presidente Volodymyr Zelensky no Conselho Nórdico em Reykjavik. A Finlândia é um dos maiores apoiantes da Ucrânia na Europa”, escreveu numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

I’m looking forward to meet president @ZelenskyyUa at the Nordic Council in Reykjavik.????????

Finland is one of the strongest supporters of Ukraine in Europe. ???????????????? pic.twitter.com/ASR3lpwBRn

— Petteri Orpo (@PetteriOrpo) October 27, 2024

A Ucrânia terá eleições “imediatamente” depois de a guerra terminar, reiterou Andriy Yermak, chefe do gabinete presidencial de Volodymyr Zelensky.

A declaração foi feita em entrevista ao jornal italiano Corriere Della Sera, publicada neste domingo. “Zelensky é muito claro sobre esta matéria: ele quer que todos os soldados e refugiados possam exercer o direito de voto“, afirmou Yermak.

“Nesta fase”, acrescentou, “todos os nossos recursos têm de ser direcionados para o esforço de guerra“.

A Ucrânia deveria ter tido eleições em março ou abril deste ano, no que deveria ter sido a conclusão do mandato de cinco anos de Volodymyr Zelensky. Mas as eleições não aconteceram, devido ao facto de a Ucrânia estar sob invasão por parte da Rússia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que Moscovo utilizará “uma série de respostas” se os EUA e os seus aliados da NATO permitirem que a Ucrânia utilize armas (ocidentais) de longo alcance para atacar o território russo.

O Ministério da Defesa russo “está a pensar em como responder aos possíveis ataques de longo alcance em território russo, e oferecerá uma série de respostas”, disse Putin numa entrevista a uma televisão pública russa. O jornalista que fez a entrevista, Pavel Zarubin, publicou um trecho dessa entrevista através do Telegram.

A Força Aérea Ucraniana derrubou na noite de sábado 41 dos 80 drones que foram lançados contra várias regiões pelo Exército russo, segundo o relatório diário hoje divulgado pelo ramo aéreo das Forças Armadas da Ucrânia.

No relatório, a entidade indica que perdeu o rasto de outros 32 veículos não tripulados, sendo que um saiu do espaço aéreo ucraniano em direção à Bielorrússia.

Os drones — alguns do tipo ‘Shahed’ (fabrico iraniano) e outros desconhecidos — foram lançados das regiões russas de Oriol, Kursk e Primorsko-Akhtarsk.

Os drones intercetados foram abatidos sobre as regiões ucranianas de Odessa, Mykolaiv, Kherson, Kiev, Sumi, Kirovohrad, Tcherkassi, Zhytomyr, Kmenytsky e Chernihiv, no sul, oeste, norte, nordeste e centro do país.

Em Kiev, os fragmentos de um drone provocaram danos numa residência e em carros, causando um incêndio, enquanto na região de Tcherkassi os restos de um veículo não tripulado caíram no recinto de uma infraestrutura pública na zona de Uman.