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    “A terra deve arder sob os seus pés”: Zelensky diz que militares não podem dar tréguas aos russos

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante o fim da tarde e noite?

    Nas últimas horas, a Rússia disse que vai dar uma resposta “simétrica” ao aumento da presença militar da NATO na Finlândia e Suécia, na sequência da adesões à aliança. O serviço secreto da Polónia revelou que os ucranianos capturados são “forçados” a juntar-se ao exército russo. Uma investigação da Reuters mostra que Moscovo enviou agentes secretos para a Ucrânia muito antes do início da invasão.

    Recorde aqui o ponto de situação das últimas horas:

    • No dia em que se celebrou o Dia do Estado Ucraniano, Zelensky insistiu na necessidade de reconhecer a Rússia como um Estado terrorista.
    • O coordenador humanitário das Nações Unidas disse ter esperança de que o primeiro carregamento de cereais possa partir amanhã dos portos.
    • O regulador dos meios de comunicação social da Rússia pediu o cancelamento das licenças de difusão do Novaya Gazeta, que suspendeu o seu trabalho na Rússia.
    • O Presidente da Lituânia esteve reunido com Volodymyr Zelensky, que condecorou com a mais alta distinção do país.
    • A Estónia proibiu os russos de obter autorizações de residência temporária ou vistos para estudar no país.
    • Os EUA anunciaram uma recompensa até 10 milhões de dólares por informações sobre a interferência russa nas eleições norte-americanas.
    • O governo russo abriu nas regiões de Kherson e Zaporíjia, atualmente sob controlo das forças russas, delegações do ministério do Interior.
    • A vice-primeira-ministra da Ucrânia disse aos cidadãos para saírem de zonas ocupadas pelos russos em Donetsk.
    • O designer e diretor criativo da Balenciaga, Demna Gvasalia, anunciou que a marca lançou uma camisola para apoiar Ucrânia.

  • Jornal independente russo Novaya Gazeta ameaçado de encerramento

    O regulador dos meios de comunicação social da Rússia pediu o cancelamento das licenças de difusão do website e da edição impressa do jornal independente Novaya Gazeta, que suspendeu o seu trabalho na Rússia no final de março.

    O órgão de comunicação de referência viu-se obrigado a deixar de publicar na Rússia, devido à repressão no país às críticas feitas ao conflito na Ucrânia, e foi montada uma redação na Letónia, mas a página na Internet da edição europeia foi bloqueada na Rússia.

  • "Ninguém no mundo investe mais em terrorismo do que a Rússia", denuncia Zelensky

    No dia em que se celebrou, pela primeira vez o Dia do Estado Ucraniano, Volodymyr Zelensky voltou a insistir na necessidade de reconhecer a Rússia como um Estado terrorista.

    O Presidente agradeceu aos senadores norte-americanos por um passo nesse sentido, ao aprovarem uma resolução que pede ao departamento do Estado dos EUA para declarar a Rússia como um país que “promove” o terrorismo.

    “Podemos tomar o exemplo de qualquer dia na Ucrânia – hoje ou qualquer outro após 24 de fevereiro – para ver que ninguém no mundo investe mais em terrorismo do que a Rússia“, afirmou no discurso diário.

  • Presidente da Lituânia esteve com Zelensky em Kiev

    No dia em se celebra o Dia do Estado Ucraniano, o Presidente da Lituânia esteve em Kiev. Através do Twitter, Gitanas Nausėda revelou que esteve reunido com Volodymyr Zelensky, que condecorou com a ordem Vytautas o Grande, a mais alta distinção conferida pelo país.

  • Nações Unidas esperam que primeiras exportações de cereais comecem na sexta-feira

    O coordenador humanitário das Nações Unidas, Martin Griffiths, disse ter esperança de que o primeiro carregamento de cereais ucranianos possa partir já amanhã dos portos. Porem, admite que as partes envolvidas no acordo (Ucrânia, Rússia, Turquia e ONU) ainda estão a definir os detalhes para uma passagem segura.

    “O diabo está nos detalhes”, afirmou, citado pela Reuters. Porém destaca que até agora “não surgiram problemas maiores”.

  • Estónia proíbe russos de obter vistos para estudar no país

    Os cidadãos russos vão ser proibidos de obter autorizações de residência temporária ou vistos para estudar na Estónia. “A continuação de sanções contra a Rússia é essencial para garantir uma pressão implacável sobre o país”, justificou a ministra dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

    Urmas Reinsalu acrescentou que se as sanções ajudarem a parar a invsão russa, isso terá um efeito positivo também na segurança da Estónia.

  • EUA oferecem recompensa por informação sobre interferência russa nas eleições

    O departamento de Estado dos EUA está a oferecer até 10 milhões de dólares por informações sobre a alegada interferência russa nas eleições norte-americanas.

    A recompensa foi hoje anunciada através de um comunicado do departamento.

  • Rússia responderá “simetricamente” à presença da NATO na Finlândia e Suécia

    A Rússia dará uma resposta “simétrica” ao aumento da presença militar da NATO na Finlândia e na Suécia, na sequência da adesão dos dois países nórdicos à Aliança Atlântica, declarou esta quinta-feira o vice-presidente do Conselho de Segurança russo.

    Segundo Dmitri Medvedev, também ex-Presidente e ex-primeiro-ministro russo, a Finlândia e a Suécia podem optar “diferentes formas” de instalação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), podendo aceitar a criação de bases nos respetivos territórios, contendo armas ofensivas.

    “A nossa resposta será simétrica a estes passos”, disse Medvedev à imprensa, depois de uma reunião dedicada à segurança da fronteira noroeste e no contexto da possível entrada de Estocolmo e de Helsínquia na NATO.

  • Rússia cria delegações do ministério do Interior em territórios ocupados

    O governo da Rússia abriu nas regiões de Kherson e Zaporíjia, atualmente sob controlo das forças russas, delegações do ministério do Interior.

    As delegações chegaram ao território ocupado para “organizar” o trabalho do departamento temporário e “prestar assistência prática” às autoridades locais, avança a CNN, que cita a agência RIA Novosti.

  • Rússia colocou agentes na Ucrânia antes do início da invasão

    Moscovo enviou agentes secretos para a Ucrânia muito antes do início da invasão a 24 de fevereiro. A notícia é avançada numa investigação da Reuters, que descobriu provas da operação do Kremlin para infiltrar espiões no Estado ucraniano.

    A agência revela que não foi só a superioridade de forças russas que levou à queda da cidade e central nuclear de Chernobil, no primeiro dia de invasão. Segundo o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksi Danilov, a presença de agentes nos setores da defesa, segurança e justiça terá contribuído para isso.

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante a tarde?

    No 155.º dia de guerra, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, avisou que a Ucrânia não vai conseguir derrotar a Rússia se mantiver a atual estratégia de apoio levada a cabo pela NATO. “A guerra não pode ser ganha desta forma”, garantiu Orbán, afirmando que apoiar a Ucrânia com armas e treino “não vai levar ao sucesso”.

    Recorde aqui o ponto de situação das últimas horas:

    • Um ataque russo provocou cinco mortos e 25 feridos em Kropyvnytskyi, denunciou o governador regional.

    • Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa, condenou o disparo de mísseis da Bielorrússia para a Ucrânia.

    • Um tribunal russo multou Marina Ovsyannikova, ex-jornalista e produtora do Canal 1 russo, em 822 dólares por “desacreditar as Forças Armadas”.

    • Olena Zelenska veio comentar a polémica capa da Vogue, afirmando que “milhões” leem a revista e que falar diretamente para eles é o seu “dever”.

    • Um tribunal russo multou o Tinder, WhatsApp e Snapchat por alegadas violações de dados.

    • Autoridades russas no sul da Ucrânia afirmaram que 21 “cúmplices” da Ucrânia foram detidos em Kherson e Zaporíjia.

    • Estão em andamento as negociações entre a Rússia e os EUA para a troca de prisioneiros entre os dois países, mas até agora ainda não há um acordo.

    • O embaixador do Brasil na Ucrânia vai regressar a Kiev, quase cinco meses após ter abandonado a capital ucraniana.

    • Mais de 25 mil pessoas, incluindo quase quatro mil crianças, terão sido retiradas nas últimas 24 horas para a Rússia por separatistas das regiões de Donetsk e Luganks.

    • A Rússia está a concentrar os seus principais esforços para “estabelecer domínio total sobre os territórios de Lugansk e Donetsk”, manter a região capturada do sul de Kherson e partes de Kharkiv, Zaporíjia e Mykolayiv, revelou o Estado-Maior ucraniano.

  • Residentes de Donetsk aconselhados a sair da região

    A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, aconselhou os cidadãos a saírem das zonas ocupadas pelas forças russas na região de Donetsk.

    Os residentes estão em risco de ficarem sem eletricidade, água, alimentos e medicamentos, avisou Vereshchuk através do Telegram. “Sejam sábios e preparem-se para a retirada”, pediu.

  • Demna Gvasalia e Balenciaga lançam camisola para apoiar Ucrânia. Lucros revertem para o fundo United24

    O designer e diretor criativo da Balenciaga, Demna Gvasalia, anunciou que vai apoiar a United24, uma iniciativa do Presidente Zelensky para receber doações para a Ucrânia.

    “Demna e a Balenciaga apoiam a plataforma United 24 para ajudar refugiados”, escreveu numa publicação do Instagram.

    Segundo Gvasalia, a Balenciaga vai lançar uma camisola para arrecadar doações para a Ucrânia e consciencializar para o United24. O designer diz ainda que 100% dos lucros das vendas da camisola vão reverter para o fundo.

    A notícia também foi partilhada no Instagram do United24, onde é referido que Demna se tornou um embaixador dedicado exclusivamente à Rebuild Ukraine Direction, para ajudar refugiados.

  • Prisioneiros ucranianos "forçados" a juntar-se ao exército russo, avança serviço secreto polaco

    Os ucranianos capturados pelas forças russas estão a ser enviados para uma rede de prisões e campos de filtração, divulga o serviço secreto polaco.

    A agência revelou à Sky News que nesses campos é verificado se as pessoas têm experiência em combate, se pertencem às autoridades das administrações ucranianas e quais as suas atitudes sobre a Rússia.

    Segundo a agência polaca, aqueles que não levantam objeções são deportados para a Rússia e alguns são “recrutados à força” para o exército russo e enviados para a Ucrânia. Aqueles que não cumprem são “forçados a testemunhar” contra a Ucrânia ou são levados para um tribunal como parte de “propaganda”.

  • Líder da oposição bielorrussa condena lançamento de mísseis a partir do país para Ucrânia

    Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa, condenou o disparo de mísseis da Bielorrússia para a Ucrânia.

    “Horrorizada por ver como a Rússia continua a usar a Bielorrússia para atacar a Ucrânia. Pelo menos 25 mísseis foram lançados do país e atingiram Kiev, Chernihiv e outras cidades esta manhã”, denunciou.

    Numa publicação no Twitter, a líder da oposição afirma que o Presidente Lukashenko “não engana ninguém”. “É culpado de crimes contra os bielorrussos e os ucranianos e deve ser responsabilizado”, escreveu.

    Esta manhã, o comando operacional do norte da Ucrânia indicou que foram disparados para o país mais de 20 mísseis a partir da Bielorrússia.

  • Ataque russo provoca cinco mortos e 25 feridos em Kropyvnytskyi, diz governador regional

    Mísseis russos atingiram hangares de aviação de um empresa em Kropyvnytskyi, avança o líder da administração regional, Andriy Raikovych.

    “Cinco pessoas foram mortas como resultado de uma ataque com míssil que ocorreu em Kropyvnytskyi”, revelou Raikovych, citado pela Ukrinform. Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas, sendo que 12 eram militares e 13 eram civis.

  • Multada jornalista que interrompeu noticiário russo com cartaz contra a guerra

    Um tribunal russo multou Marina Ovsyannikova, jornalista e ex-produtora do Canal 1 russo, em 822 dólares (cerca de 808 euros) por “desacreditar as Forças Armadas”. Segundo a Sky News, em causa estão publicações nas redes sociais em que condenou a invasão russa.

    A Reuters notícia que, durante a sessão de julgamento, Ovsyannikova disse que não compreendia porque estava a ser acusada. “O que se está aqui a passar é absurdo (…) A guerra é um horror, sangue e uma vergonha”, afirmou.

    Ovsyannikova ficou conhecida quando, em março, interrompeu o noticiário da noite para protestar contra a invasão da Ucrânia, segurando um cartaz onde se lia, em russo: “Parem com a guerra. Não acreditem na propaganda. Aqui, estão a mentir-vos”.

  • Primeiro-ministro húngaro avisa que Ucrânia não vai vencer a guerra com a atual estratégia da NATO

    O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, avisou esta quinta-feira que a Ucrânia não vai conseguir derrotar a Rússia se mantiver a atual estratégia de apoio levada a cabo pela NATO.

    “A guerra não pode ser ganha desta forma”, alertou Orbán, acrescentando que a estratégia dos países da NATO de apoiar a Ucrânia com armas e treino “não vai levar ao sucesso”. Para o primeiro-ministro húngaro, “se a estratégia não mudar não vai haver paz” e sem paz na Ucrânia os países da União Europeia “vão ser empurrados para uma situação de guerra”.

    Viktor Orbán alertou ainda, em conferência de imprensa ao lado do chanceler austríaco Karl Nehammer, em Viena, para as consequências da guerra na economia europeia. Os dois líderes reforçaram a posição contra o embargo às importações de gás de Moscovo: “Encontramos um muro e esse muro é o chamado de ’embargo de gás’. Sugiro à UE que não esbarremos contra esse muro”, disse Orbán.

    O chanceler austríaco, Karl Nehammer, sublinhou a ideia e considera que este embargo “não é possível” porque a Áustria está dependente do gás russo, bem como a indústria alemã. “E se a indústria alemã colapsa, a indústria austríaca também”, atirou.

  • Olena Zelenska comenta polémica capa da Vogue: "Milhões leem a Vogue e falar diretamente para eles é o meu dever"

    Olena Zelenska falou sobre a polémica capa e produção que fez para a revista Vogue, em que surge junto do presidente ucraniano Vlodomyr Zelensky e que gerou controvérsia.

    “Estou a usar todas as oportunidades para falar sobre a Ucrânia e isto foi uma oportunidade gigante. Milhões leem a Vogue e falar diretamente para eles é o meu dever”, disse a primeira-dama ucraniana à BBC. “Na vida pacífica, não estou habituada à atenção. Toda a gente está a lutar na linha da frente e é trabalho e eu tenho de trabalhar.”

    “Vergonhoso”, “narcisista” e de “mau gosto”: Zelensky e Olena criticados por posarem para a revista Vogue

    Olena Zelenska fala ainda sobre restabelecer o sentido de normalidade possível a algumas partes da Ucrânia. “Até os soldados estão a dizer aos amigos para irem beber um café, ver um filme, apreciar a paz que têm. Nós estamos na linha da frente para dar essa paz. É um balanço delicado.”

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