Histórico de atualizações
  • Bom dia e uma boa semana,

    Terminamos aqui esta cobertura ao minuto da guerra na Ucrânia que, durante esta segunda-feira, utilizou pela primeira vez armas norte-americanas em solo russo.

    Pode seguir as atualizações desta terça-feira, 4 de junho, neste novo liveblog:

    Kiev confirma primeiro ataque com armas ocidentais em território russo

  • Rússia pode entrar em batalha direta com a NATO em dois ou três anos, avisa Noruega

    O chefe das forças armadas norueguesas considerou hoje, numa entrevista à Bloomberg, que a NATO tem de se preparar para uma ofensiva russa a médio prazo. Para Eirik Kristoffersen, a Rússia conseguirá reconstruir as suas forças para um ataque convencional no espaço de dois ou três anos.

    “Alguém disse que demoraria 10 anos, mas penso que voltámos a ter menos de 10 anos, devido à base industrial que existe atualmente na Rússia. Vai demorar algum tempo, o que nos dá uma janela nos próximos dois ou três anos para reconstruir as nossas reservas ao mesmo tempo que apoiamos a Ucrânia”, afirmou o norueguês, que alerta para a necessidade de continuar a ajudar a Ucrânia, sem deixar as defesas internas desfalcadas.

    Para Kristoffersen, a solução passa pelo cumprimento das metas da Aliança de gastar 2% do PIB em defesa – a Noruega, apesar da fronteira com a Rússia não cumpre essa meta. Na verdade, quase metade dos países da NATO não cumprem essa meta, incluindo Portugal.

    Entrada atualizada às 23h50

  • Itália vai enviar sistema de defesa anti-aérea para a Ucrânia

    Roma vai responder às preces de Kiev e enviar mais armamento para defesa de ataques russos, avança a Reuters.

    O anúncio foi feito hoje pelo ministro dos negócios estrangeiros italiano em entrevista a uma rádio. Itália vai enviar o sistema MAMBA, que consegue intercetar 10 mísseis de uma só vez. Com construção franco-italiana, é o único sistema de origem europeia capaz de intercetar mísseis balísticos.

  • Lula da Silva quer conferência de paz que inclua a Ucrânia e a Rússia

    Num encontro com o presidente croata, de visita ao Brasil, Lula da Silva aproveitou para falar sobre a Ucrânia.

    O presidente brasileiro, citado pela Lusa, defendeu hoje que sempre condenou a invasão russa, mas que “uma desescalada seria um passo necessário para que as partes possam retomar o diálogo direto”.

    Lula apoiou ainda uma conferência internacional para a paz, que conte com a presença tanto da Ucrânia, como da Rússia. O Brasil não confirmou participação na Conferência de Paz para a Ucrânia, que vai decorrer este mês na Suíça – conferência em que a Rússia não vai estar presente.

  • Ucrânia enfrenta novos cortes de energia

    A empresa pública que controla a rede de eletricidade na Ucrânia, Ukrenergo, anunciou um corte de energia para amanhã.

    Numa publicação nas redes sociais, a empresa explicou que o corte se deve ao aumento no consumo de energia, “devido à onda de calor”. Não é a primeira vez que a rede elétrica ucraniana não consegue fazer frente ao aumento do consumo de energia.

    A falta de capacidade da rede ucraniana justifica-se com a destruição total ou parcial de várias centrais em ataques russos.

  • Ucrânia utiliza armas norte-americanas na Rússia pela primeira vez

    A Rússia acusa a Ucrânia de ter realizado ataques na região de Belgorod, território russo na fronteira com a Ucrânia. A notícia já tinha sido avançada ontem pela agência noticiosa russa, mas foi confirmada hoje pela agência ucraniana.

    Segundo o The Telegraph, o ataque foi realizado com mísseis norte-americanos Himars e destruiu um sistema de defesa anti-aéreo russo com vários mísseis S-300/400. No Telegram, foram partilhadas imagens dos sistemas de defesa russos em chamas.

    Este ataque surge na sequência de os EUA terem autorizado a Ucrânia a utilizar armas ocidentais em territórios russos, ação que já foi condenada pelo Kremlin.

  • Polónia detém 18 pessoas suspeitas de ações pró-Rússia

    A Polónia anunciou hoje a detenção de 18 pessoas suspeitas de atividades pró-Rússia e pró-Bielorrúsia, incluindo um tentativa de assassinato do presidente ucraniano, Volodymir Zelensky.

    “Não temos dúvidas de que, a pedido de um país estrangeiro, a Rússia, há pessoas activas que estão dispostas a ameaçar a vida, a saúde e os bens dos cidadãos polacos”, declarou o ministro do interior polaco, Tomasz Siemoniak, numa conferência de imprensa, citada pelo The Guardian.

    Para além da suspeita do plano para assassinar Zelensky, as ações – que se verificam desde o fim de 2023 – incluem formas de sabotagem como incêndios, ciberataques, o desvio de migrantes na fronteira com a Bielorússia e, de uma forma geral, ameaças à segurança nacional.

  • Kamala Harris vai estar presente na conferência de paz pela Ucrânia

    A Casa Branca confirmou hoje que a vice-presidente norte-americana vai representar os Estados Unidos na conferência global pela paz na Ucrânia, que vai decorrer em Lucerne, na Suíça.

    Kamala Harris marcará presença na conferência organizada por Volodymir Zelensky no dia 15 de junho. Em declarações, citadas pela AP, a diretora de comunicação da Casa Branca defende que a presença de Harris “reafirma o seu apoio ao povo ucraniano no momento em que este se defende da atual agressão russa”.

  • Duas pessoas morreram e uma ficou ferida em ataque russo na região de Donetsk

    A Rússia levou hoje a cabo dois ataques aéreos em Mykhailivka, uma localidade na região de Donetsk, próxima da frente de batalha. Os ataques foram relatados pelo governador regional, Vadym Filashkin, no Telegram.

    Segundo o governador, duas pessoas morreram, uma delas um rapaz de 12 anos, uma pessoa ficou ferida e cinco casas foram destruídas. Os ataques ocorreram esta manhã, com uma diferença de hora e meia entre os dois.

  • Rússia proíbe entrada de "figuras do regime" britânico no país

    A Rússia incluiu várias “figuras do regime” britânico, jornalistas e especialistas à lista de pessoas impedidas de entrar no país, devido às suas ações “hostis”, justifica Moscovo.

    O anúncio foi feito pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado, em que, no entanto, não identifica as pesssoas sancionadas e onde insta o Reino Unido a deixar de apoiar a Ucrânia.

  • Clooney reconhece erro da sua Fundação, que disse querer prender jornalistas russos, mas Duma quer declará-la indesejável na Rússia

    A câmara baixa do Parlamento russo (Duma) deu início ao processo para declarar a Fundação Clooney para a Justiça indesejável no país, apesar de George Clooney ter hoje admitido que alguém tinha “dito falado erradamente” ao afirmar que a Fundação queria prender jornalistas russos.

    O ator, numa publicação feita há três horas na rede social X, lembrou que era filho de um jornalista e que a Fundação (que ele e a mulher, a advogada Amal Clooney, criaram) “nunca iria atrás de jornalistas, mesmo discordando deles”.

    Mas isso não demoveu a Duma. “Apesar desta declaração, continuaremos a monitorizar esta organização não governamental norte-americana, uma vez que é conhecida pelas suas extensas actividades anti-russas. Estamos a preparar os materiais recolhidos para enviar ao Gabinete do Procurador-Geral da Federação Russa, a fim de reconhecer as suas atividades como indesejáveis na Rússia”, declarou Vasily Piskarev, chefe da comissão parlamentar sobre interferência estrangeira no canal Telegram do grupo.

    A polémica estalou na semana passada quando a diretora de assuntos jurídicos do projeto Docket, que faz parte da fundação, disse que estavam a planear pedir a prisão de jornalistas russos acusados de propaganda na guerra na Ucrânia.
    Anna Neistat, numa entrevista à Voz da América, explicou que uma das formas seria recorrer ao Tribunal Penal Internacional, para que os jornalistas fossem acusados de “incitação ao genocídio”.

    Não sendo esse “o caminho mais fácil, dadas as complexidades jurídicas envolvidas na comprovação desse crime”, a jurista considerou então que o melhor seria a acusação de propaganda de guerra”, continuou a funcionária da fundação, referindo que o crime existe em alguns países. Daí que, explicou Neistat, estavam a ser preparados pedidos de abertura de processos em alguns dos países europeus, onde esse crime está previsto, com o objetivo de serem emitidos mandados de captura. “E se um mandado de prisão for emitido contra eles, e por consequência pela Europol, em teoria, podem ser presos e extraditados para o país que está a investigar o caso deles”, afirmou.

    As declarações enfureceram o Kremlin, com o porta-voz Dmitry Peskov a chamar “loucos” à fundação e Maria Zakharova, do Ministério dos Negócios Estrangeiros a pedir que a UNESCO e a OSCE investigassem o que descreveu como um “safari judicial para atingir jornalistas russos”.

  • Maio foi o mês em que a Rússia perdeu mais soldados em combate

    Os números são do Ministério da Defesa ucranianos divulgados na rede social X: em maio, morreram quase 39 mil soldados russos em combate — 38,940 —naquele que é o valor mais alto desde a invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022. Até aqui, o máximo referido pelas autoridades ucranianas — que nunca divulgaram as suas baixas — tinha sido o de dezembro, com 29,970 soldados.

    Ao todo, calcula Kiev, já morreram mais de 511 mil militares nesta guerra.

  • Rússia volta a ameaçar EUA: "Erros podem ter consequências fatais"

    Não é a primeira nem a segunda, nem a terceira vez. Depois de Putin ter avisado na semana passada os países da NATO, Moscovo volta a ameaçar os Estados Unidos da América sob o uso de armas fornecidas pelo país à Ucrânia em território russo. Hoje o alerta veio pela voz do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

    “Gostaria de avisar os líderes americanos contra erros de cálculo que podem ter consequências fatais. Por razões desconhecidas, eles subestimam a gravidade da rejeição que podem receber”, disse Sergei Ryabkov à agência noticiosa estatal RIA.

    O vice-ministro comentava a decisão do Presidente norte-americano na semana passada, de aprovar a utilização de armas fornecidas pelos Estados Unidos para atingir alvos dentro da Rússia de onde partam mísseis ou drones para atacar Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana. Ou seja, Kiev pode utilizar armas norte-americanas em ações de contra-fogo perto da fronteira com a região de Kharkiv.

    “Peço a essas figuras (nos EUA) que gastem algum do seu tempo, que aparentemente gastam em algum tipo de jogos de vídeo, a julgar pela ligeireza da sua abordagem, a estudar o que foi dito em pormenor por Putin”, disse Ryabkov. Na semana passada o Presidente russo avisou que os países da NATO estavam a arriscar uma grave escalada no conflito ao autorizar o uso de armas enviadas pelo Ocidente dentro da Rússia.

  • Aeroporto russo impõe restrições de voo

    O aeroporto da cidade russa de Kazan está sob restrições temporárias de voo por razões de segurança, avança a Reuters, citando o organismo de aviação da Rússia.

    Em geral, estas limitações impõem-se quando há ataques de drones ucranianos previstos ou a decorrer, lembra a agência de notícias britânica.

  • Zelensky: Trump corre o risco de ser um “Presidente falhado” se impuser um mau acordo à Ucrânia

    Volodymyr Zelensky ainda não sabe o que fazer se Donald Trump ganhar as eleições para Presidente dos Estados Unidos da América. Mas uma coisa o Presidente ucraniano sabe: o magnata corre o risco de ser um “Presidente falhado” se impuser um mau acordo de paz à Ucrânia, vaticina.

    O Presidente ucraniano confessa que “ainda não tem uma estratégia” se Trump vencer em novembro e que Boris Johnson abordou o republicano em seu nome, disse em entrevista ao The Guardian: “Lamento estar a usar Boris como um instrumento”.

    O chefe de Estado ucraniano admite que, se Trump vencer, poderá impor uma derrota esmagadora à Ucrânia, se assim o quiser. Pode cortar “o apoio, as armas e o dinheiro” e até “fazer acordos” com os parceiros de Kiev para pararem de fornecer armas vitais. “A Ucrânia, de mãos vazias, sem armas, não será capaz de lutar contra um exército [russo] multimilionário”, admitiu Zelensky ao jornal britânico.

    Apesar de considerar este cenário improvável, avisou que haveria graves consequências para a posição dos EUA no mundo – bem como para Trump. “Será que se quer tornar um Presidente falhado? Entende o que pode acontecer?” questionou, para a seguir explicar.

    É que, sustentou, Vladimir Putin iria violar qualquer acordo negociado por Trump. Depois de uma pausa, o Presidente russo “iria mais longe”, humilhando Trump e fazendo-o parecer “muito fraco” aos olhos do mundo, considerou.

    “Isto não tem a ver com Trump, como pessoa, mas com as instituições dos Estados Unidos. Elas tornar-se-ão muito fracas. Os EUA deixarão de ser o líder do mundo. Sim, serão poderosos, antes de mais, na economia interna, porque têm uma economia poderosa, sem dúvida. Mas em termos de influência internacional será igual a zero”.

  • China nega pressão sobre outros países para evitarem participar na cimeira de paz na Suíça

    A China negou nesta segunda-feira “ter pressionado” certos países para que não participassem na Cimeira de Paz promovida pela Ucrânia, que vai decorrer na Suíça, contrariando comentários do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no fim de semana.

    “Utilizar a política da força não é o estilo da diplomacia chinesa (…). A posição da China é aberta e transparente e, em nenhum caso, exercemos pressão sobre outros países”, disse à imprensa Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

    Falando à margem de um fórum de segurança em Singapura no domingo, o Presidente Zelensky acusou a China de trabalhar para impedir países de participarem na Cimeira de Paz na Ucrânia, marcada para junho na Suíça.

    Dois dias antes, Pequim tinha dito que seria difícil participar nesta cimeira se a Rússia não fosse convidada, declaração aprovada por Moscovo.

  • Zelensky agradece a Ferdinand Marcos presença na cimeira da paz

    O Presidente ucraniano agradeceu hoje ao seu homólogo filipino a participação de Manila na cimeira de paz no final deste mês, na Suíça, descrevendo-a como um “sinal muito forte” para conseguir uma solução para a guerra na Ucrânia que foi invadida pela Rússia há mais de dois anos.

    Volodymyr Zelensky agradeceu também ao Presidente Ferdinand Marcos Jr. pela “posição clara” das Filipinas relativamente à “ocupação dos territórios” ucranianos pela Rússia, enquanto o líder filipino lhe garantiu o seu apoio contínuo embora não fosse claro se estaria no cimeira ou se se faria representar.

  • Zelensky nas Filipinas para promover cimeira de paz

    O Presidente da Ucrânia visitou hoje as Filipinas, um dia depois de participar num fórum de segurança regional em Singapura para promover a cimeira mundial de paz, marcada para a próxima semana, na Suíça.

    Volodymyr Zelensky, cuja viagem a Manila não foi anunciada oficialmente pelo seu gabinete ou pelas autoridades filipinas, reuniu-se com o homólogo, Ferdinand Marcos, que expressou todo o apoio possível para resolver o conflito no país europeu, informou a televisão filipina ABS-CBN.

    O líder ucraniano compareceu, de surpresa, no domingo no Diálogo de Shangri-La, o principal fórum de segurança e defesa da Ásia, para pedir apoio dos países da Ásia-Pacífico para a cimeira mundial de paz que vai decorrer, de 15 a 16 de junho, na estância suíça de Bürgenstock.

    No discurso em Singapura, Zelensky manifestou “a deceção” por alguns países, como a China, não terem confirmado a presença na cimeira e acusou Moscovo de tentar “fazer descarrilar” os esforços para alcançar a paz.

  • Bom dia, vamos continuar a seguir aqui a guerra na Ucrânia. Pode ler o que se passou ontem neste outro artigo em direto.

    Zelensky convida líderes da Ásia-Pacífico para cimeira mundial para a paz e Presidente timorense já confirmou presença. Reunião com secretário da Defesa dos EUA foi “muito boa”

    Obrigada por nos acompanhar, até já!

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