Momentos-chave
- Seis pessoas mortas por ataques israelitas no campo de refugiados de Nuseirat
- "Uma reivindicação histórica dos direitos dos palestinianos": Amnistia Internacional reage a decisão do TIJ
- Blinken diz que negociações de cessar-fogo estão na reta final
- "Uma vitória para a justiça": Autoridade Palestiniana elogia decisão do TIJ
- "O nosso povo quer pôr um fim a esta ocupação": embaixador palestiniano na ONU agradece decisão do TIJ
- Ministros israelitas reagem a decisão do TIJ e apelam à anexação
- Netanyahu critica decisão do TIJ que classifica colonatos como ilegais
- Reparações, apoio internacional e fim da ocupação: a decisão do TIJ
- TIJ classifica ocupação israelita dos territórios da Palestina como ilegal
- Poliovírus altamente infecioso detetado em esgotos na Faixa de Gaza
- União Europeia anuncia pacote de ajuda de 435 milhões de euros à Autoridade Palestiniana
- Reino Unido retoma financiamento à UNRWA
- Drone utilizado pelos houthis em ataque em Telavive foi fabricado no Irão, diz Israel
- Presidente da Autoridade Palestiniana visita Rússia a 12 de agosto
- Um morto em explosão em Telavive em possível ataque aéreo
Histórico de atualizações
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Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com o conflito no Médio Oriente ao longo do dia de ontem, sexta-feira.
Continue, por favor, a acompanhar-nos nesta nova ligação. Muito obrigado!
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Israel ataca Deir el-Balah no centro de Gaza
Os reportéres da Al Jazeera Arabic na faixa de Gaza relataram que Israel bombardeou um edifício em Deir el-Balah, no centro do enclave palestiniano. Várias pessoas terão ficado feridas neste ataque.
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Seis pessoas mortas por ataques israelitas no campo de refugiados de Nuseirat
Israel bombardeou hoje novamente o campo de refugiados no centro de Gaza em dois ataques separados, avança a Al Jazeera.
Um bombardeamento numa casa matou quatro pessoas. O outro ataque foi numa rua onde estavam reunidos vários palestinianos, onde foram mortas duas pessoas.
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"Uma reivindicação histórica dos direitos dos palestinianos": Amnistia Internacional reage a decisão do TIJ
“O Tribunal Internacional de Justiça emitiu a sua opinião e a conclusão é clara: a ocupação e anexação de Israel dos territórios palestinianos é ilegal e as suas leis e políticas discriminatórias contra os palestinianos violam a proibição de segregação racial e apartheid”, declarou a diretora da Amnistia Internacional.
Para Erika Guevara Rosas, a decisão histórica do TIJ é uma “reivindicação dos direitos dos palestinianos, que suportaram décadas de crueldade e violações de direitos humanos sistémicas, decorrentes da ocupação ilegal de Israel”.
A Amnistia Internacional apelou ainda à comunidade internacional para agir contra as atividade ilegais israelitas, em vez de as apoiar, forçando Israel a seguir a decisão do Tribunal de Haia.
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Blinken diz que negociações de cessar-fogo estão na reta final
“Acredito que estamos na linha das 10 jardas e a caminho da linha de golo”, declarou o secretário de Estado norte-americano numa referência aos momentos chave do futebol americano. Antony Blinken argumentou que Israel e o Hamas concordaram na base do plano apresentado pelos Estados Unidos, mas chegaram a um impasse nos detalhes.
Ainda assim, Blinken manteve-se positivo, explicando que as negociações, mediadas pelos Estados Unidos, chegaram à reta final e que é norma que os “detalhes críticos” levem mais tempo. “As últimas dez jardas são as mais díficeis”, declarou o norte-americano num fórum de segurança no Colorado, citado pela Al Jazeera.
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Decisão do TJI é "mais uma derrota para Netanyahu"
Vítor Gabriel Oliveira não tem dúvida de que a decisão do TJI é mais uma derrota para Israel. Ainda, é importante que o Reino Unido mantenha a postura de não agressão à Rússia.
Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
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"Uma vitória para a justiça": Autoridade Palestiniana elogia decisão do TIJ
“A presidência palestiniana insta a comunidade internacional a exigir que Israel, enquanto potência ocupante, ponha fim à ocupação e se retire incondicionalemente”, declarou Mahmoud Abbas, reagindo à decisão do TIJ que classifica os colonatos israelitas na Palestina como anexação ilegal.
O Presidente da Autoridade Palestiniana agradeceu a decisão, declarando-a como uma “vitória para a justiça”, avança o jornal Haaretz.
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"O nosso povo quer pôr um fim a esta ocupação": embaixador palestiniano na ONU agradece decisão do TIJ
“O que acontecer hoje é um passo significativo na direção de acabar a ocupação e alcançar direitos inalienáveis para o povo palestiniano, incluindo o direito à auto-determinação, a um Estado de direito e o direito dos refugiados regressarem”, afirmou Riyad Mansour, que se disse “agradecido” pela “força adicional”.
Depois das reações críticas de Israel, a Palestina reage com alívio e com disponibilidade para continuar contra a ocupação israelita, ilegal à luz do direito internacional. “O nosso povo quer pôr um fim a esta ocupação”, realçou o embaixador palestiniano junto da ONU, em declarações citadas pela Al Jazeera.
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Ministros israelitas reagem a decisão do TIJ e apelam à anexação
Vários políticos israelitas já reagiram à histórica decisão do Tribunal Internacional de Justiça, reações avançadas pelo Times of Israel. Os ministros de extrema-direita, Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir — que ocupam respetivamente as pastas das finanças e da segurança nacional — declararam que Netanyahu deve decidir a anexação total dos territórios da Palestina, indo ao encontro do que já Smotrich tinha defendido no início da semana.
Ministro das Finanças de Israel pede anexação da Cisjordância
O ex-ministro e ex-comandante das IDF criticou por sua vez “a interferência externa” do TIJ que afeta a “segurança e estabilidade regional” e “ignora o massacre do 7 de outubro”. “Vamos continuar a defender-nos face àqueles que querem a nossa destruição e a proteger o único Estado Judaico”, declarou Benny Gantz.
O deputado da oposição, Avigdor Lieberman classificou a decisão como “mais uma demonstração antissemita do TIJ“. “Enquanto uma guerra foi lançada contra o Estado de Israel em seis frentes diferentes, o TIJ em Haia escolhe lançar a sua própria campanha, cujo propósito é atacar o direito de Israel se defender contra o terrorismo”, acusou Lieberman.
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Netanyahu critica decisão do TIJ que classifica colonatos como ilegais
O primeiro-ministro israelita reagiu à decisão do tribunal da ONU, que insta Israel a terminar a anexação dos territórios palestinianos, tal como definido à luz do direito internacional. “O povo judeu não pode ser um ocupador na sua própria terra — não na sua capital eterna Jerusalém, não na terra dos nossos antepassados da Judeia e Samaria. Nenhuma decisão falsa de Haia vai distorcer a verdade histórica, tal como a legalidade dos colonatos israelitas em todos os territórios da nossa pátria não podem ser contestados”, declarou Benjamin Netanyahu, citado pelo Times of Israel.
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Reparações, apoio internacional e fim da ocupação: a decisão do TIJ
“Colonatos israelitas na Cisjordânia e Jerusalém este, e o regime associado a estes, foram estabelecidos e estão a ser mantidos violando o direito internacional”, declarou hoje o Presidente do Tribunal Internacional de Justiça, Nawaf Salam.
O painel de 15 juízes assinalou que se trata de uma “ocupação permanente”, reconhecendo a anexação ilegal por parte de Israel e aceitou as acusações dos 52 Estados e organizações apresentadas durante as audiências, que incluíam deslocação dos habitantes, exploração e políticas de colonização, que violam as Convenções de Genebra do direito humanitário e a Carta da ONU.
Segundo a decisão do tribunal, para além de cessar a ocupação, Israel deve pagar reparações aos palestinianos afetados e instou a comunidade internacional a reconhecer esta ocupação como ilegal e a parar o apoio a Israel para a manter, avança a Reuters.
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TIJ classifica ocupação israelita dos territórios da Palestina como ilegal
O Tribunal Internacional de Justiça pronunciou-se hoje sobre a ocupação de Israel dos territórios da Palestina. Segundo a decisão do tribunal de Haia, Israel deve parar o mais rapidamente possível a construção de novos colonatos na Cisjordânia, Jerusalém Este e Gaza, regiões que pertencem à Palestina. À luz do direito internacional esta ocupação é ilegal.
As decisões do tribunal das Nações Unidas não são vinculativas, mas, ainda assim, esta é uma decisão histórica: é a primeira vez que o TIJ classifica a ocupação israelita, que se prolonga há décadas, como ilegal, avança a BBC.
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Poliovírus altamente infecioso detetado em esgotos na Faixa de Gaza
O Ministério da Saúde de Gaza diz ter detetado, numa análise feita a águas de esgotos, em coordenação com a UNICEF, um “componente do poliovírus tipo 2” que pode causar vários sintomas, incluindo paralisia.
“A deteção do vírus que causa a poliomielite nas águas residuais anuncia uma verdadeira catástrofe sanitária e expõe milhares de habitantes ao risco de contrair poliomielite”, declarou o Ministério em comunicado citado pela Al Jazeera. O vírus pode ser encontrado nas águas residuais “que se acumulam e circulam entre as tendas dos desalojados”, lê-se.
Num cenário de crescente escassez de água potável na Faixa de Gaza, as autoridades locais preveêm que “as estradas sejam inundadas pelas águas residuais” e que “as doenças se comecem a propagar”.
A OMS confirmou a presença do poliovírus, embora não tenham sido detetados casos de paralisia até agora, como informa Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização.
Six environmental samples of variant poliovirus type 2 have been detected from Khan Younis and Deir al Balah in #Gaza. No paralytic cases have been detected.
@WHO, the Ministry of Health, @UNICEF, @UNRWA and partners are conducting a risk assessment on the scope of poliovirus…— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) July 19, 2024
Este vírus, que se propaga mais frequentemente através de esgotos e água contaminada, surgiu há mais de 40 anos, mas nos últimos anos registou-se um ressurgimento em países como o Afeganistão, Paquistão e Nigéria.
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União Europeia anuncia pacote de ajuda de 435 milhões de euros à Autoridade Palestiniana
A Comissão Europeia anunciou hoje que vai enviar à Autoridade Palestiniana 400 milhões de euros em apoio financeiro de emergência já nos próximos dois meses.
Today, the ????????@EU_Commission & Palestinian Authority agreed on:
???? short-term emergency financial support worth €400 million – based on a substantial reform agenda
???? principles for a recovery & resilience programme
???? proposal to set up a ???????? donor coordination platformMore ⤵️
— EU Neighbourhood & Enlargement ???????? (@eu_near) July 19, 2024
A ajuda financeira vai ser distribuída em três fases — entre julho e setembro — sempre sujeita à avaliação dos progressos na sua implementação.
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Gallant avisa: Israel "vai acertar contas"
Em resposta ao ataque dos houthis, os rebeldes do Iémen, durante esta madrugada que matou uma pessoa em Telavive, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, promete retaliar.
Depois de reunir com as Forças de Defesa de Israel (IDF), Gallant assegurou um reforço de segurança e garantiu um ajuste de contas.
“As IDF estão a trabalhar para reforçar imediatamente todos os sistemas de defesa e vai acertar contas com quem prejudicar ou aterrorizar o Estado de Israel”, afirmou, em declarações citadas pelo The Times of Israel.
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Reino Unido retoma financiamento à UNRWA
O novo governo trabalhista britânico disse hoje que vai retomar o financiamento da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, UNRWA, o principal organismo de distribuição de ajuda humanitária em Gaza.
O Reino Unido foi um dos vários países — a par dos Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Canadá — a suspender o financiamento à UNRWA em janeiro deste ano, depois de Israel ter alegado que alguns funcionários da agência tinham estado envolvidos no ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, disse ao parlamento que estava seguro de que a agência tinha tomado medidas para “garantir que cumpre os mais elevados padrões de neutralidade”, em declarações citadas pela Reuters.
A primeira verba disponibilizada, anuncia o ministério britânico na rede social X, será de 21 milhões de libras (24,9 milhões de euros).
The government has ended the funding pause on @UNRWA – effective immediately.
This begins with £21m to support the humanitarian response in Gaza, provide essential services for refugees across the region, and alleviate the suffering of civilians.
Read more ➡️… pic.twitter.com/mwItbABdf5
— Foreign, Commonwealth & Development Office (@FCDOGovUK) July 19, 2024
Neste momento, os EUA são o único país que mantém o financiamento à UNRWA suspenso.
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Drone utilizado pelos houthis em ataque em Telavive foi fabricado no Irão, diz Israel
Israel afirma que o drone utilizado no ataque levado a cabo pelos rebeldes houthis do Iémen, durante esta madrugada, foi fabricado no Irão, avança a Reuters.
O porta-voz das forças militares israelitas, Daniel Hagari, disse que o drone era um modelo Samad-3 atualizado, fabricado no Irão, e que “a estimativa é que tenha chegado do Iémen a Telavive”.
A explosão ocorreu horas depois de o exército israelita ter confirmado que tinha matado um comandante do Hezbollah, no sul do Líbano.
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Presidente da Autoridade Palestiniana visita Rússia a 12 de agosto
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, vai fazer uma visita oficial à Rússia para se encontrar com Vladimir Putin, informou a agência noticiosa estatal russa RIA Novosti, que cita uma fonte diplomática.
A viagem planeada terá lugar de 12 a 14 de agosto e o encontro com o Presidente russo está agendado para o dia 13.
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Houthis reivindicam ataque que fez um morto em Telavive
Os rebeldes huthis do Iémen reivindicaram hoje a autoria de um ataque com ‘drone’ contra Telavive, que matou pelo menos uma pessoa esta madrugada.
“A Força Aérea das Forças Armadas do Iémen [como os huthis se autodenominam] levou a cabo uma operação militar qualitativa, que consistiu em atacar um dos alvos importantes na região ocupada de Jaffa, chamada Telavive israelita”, afirmou o porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, em comunicado.
O veículo aéreo não tripulado utilizado “é capaz de evitar os sistemas de interceção do inimigo e não ser detetado pelos radares”, acrescentou Sarea, na mesma nota, publicada na rede social X (antigo Twitter).
“A operação atingiu com sucesso os objetivos”, disse o responsável, alertando que os huthis “declaram a região ocupada de Jaffa uma área insegura e será um alvo principal dentro do alcance das armas” do grupo.
O ataque foi realizado “em apoio ao povo palestiniano” e “em resposta aos massacres israelitas em Gaza”, indicou.
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Um morto em explosão em Telavive em possível ataque aéreo
Pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas numa explosão em Telavive, de acordo com um novo balanço das autoridades, que investigam a possibilidade de se tratar de um ataque aéreo.
Uma investigação preliminar indica que a explosão, ouvida pelas 3h15 (1h15 em Lisboa) na área central de Telavive, “foi causada pela queda de um alvo aéreo”, disse o exército de Israel em comunicado, assegurando que as sirenes antiaéreas do sistema de defesa não foram ativadas.
“O incidente está a ser analisado minuciosamente [mas, por enquanto] não há qualquer alteração nas orientações defensivas do Comando da Frente Interna”, acrescentou o exército, que enviou para o local soldados, peritos em desativação de bombas e equipas de resgate.
A polícia declarou ter encontrado “o corpo de um homem sem vida num apartamento perto do local da explosão”. Agentes estão a efetuar uma “busca por objetos suspeitos e ameaças adicionais”.
A explosão deixou ainda duas pessoas ligeiramente feridas, disse à agência de notícias France-Presse o porta-voz do Magen David Adom, o equivalente israelita à Cruz Vermelha.
Um relatório anterior da polícia dava conta de sete feridos ligeiros, mas maioria estava em estado de choque, notou Zaki Heller.