Obras de Joana Vasconcelos serão apresentadas este mês na Austrália, Brasil e em Viana do Castelo, no âmbito das Festas da Senhora da Agonia, das quais a artista plástica é presidente da comissão de honra. A partir de 13 de agosto, duas peças da artista, “Holy Blood” (2013) e “Majestic Lion” (2014), estarão patentes na Melbourne Art Fair, na Austrália.

A primeira peça, com as dimensões 205x120x50 cm, é definida pelo ateliê como “um mosaico pastilha, croché em lã feito à mão, adereços, poliéster, MDF [e] ferro”; “Magestic Lion” (149x219x65 cm) é um “croché em lã feito à mão, [com] adereços, poliéster, sobre tela, estuque, folha de ouro, MDF [e] ferro”, segundo a mesma fonte.

A artista plástica está representada nesta feira internacional de arte através da Pearl Lam Galleries, “assinalando o início da parceria entre a artista e as galerias sediadas em Xangai, Hong Kong e Singapura”, segundo comunicado do seu ateliê.

Ainda durante o mês de agosto, de 20 a 24, Joana Vasconcelos apresenta a obra “Coração Independente”, no Centro Cultural de Viana do Castelo. A artista é, este ano, a presidente da Comissão de Honra da Romaria da Senhora da Agonia, que se realiza naquela cidade, e um dos pontos altos do calendário das romarias minhotas.

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A partir de 23 de agosto, “a icónica obra ‘A Noiva’ é exibida pela primeira vez no Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo”, onde ficará patente até 27 de outubro.

A peça faz parte da exposição “Ciclo”, que celebra o centenário da criação dos primeiros “ready-made” por Marcel Duchamp, e apresenta obras de, entre outros artistas, Daniel Senise, Ryan Gander, Song Dong e Tara Donovan, sob curadoria de Marcello Dantas.

Também na capital paulistana, Joana Vasconcelos irá apresentar dois novos trabalhos, “Valquíria Matarazzo” e “Piano Dentelle #2”, a partir de setembro, no âmbito da mostra “Made by… Feito por Brasileiros”, que inaugura as novas funções do antigo Hospital Matarazzo, no bairro da Bela Vista, após 20 anos de inatividade.

A partir de 9 de setembro e até 12 de outubro, “a gigantesca área do hospital irá receber obras de cerca de 100 artistas contemporâneos de vários países, entre os quais Adel Abdessemed e Tony Oursler, e também de consagrados artistas brasileiros” como, entre outros, Beatriz Milhazes e Vik Muniz, que expuseram nos últimos anos em Portugal, em instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian e o Museu Berardo, respetivamente.

“A obra Valquíria Matarazzo foi concebida especificamente para o interior da capela do hospital e será a primeira obra da série Valquírias a integrar luz, ‘crochetada’ com milhares de LEDs”, explica em comunicado o ateliê da artista.

Joana Vasconcelos, que garantiu a representação oficial de Portugal na Bienal de Artes de Veneza, no ano passado, apresentou, há seis anos, a monumental intervenção “Contaminação”, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e, em março passado, expôs “Casarão” e “Água viva” na Galeria Triângulo, em S. Paulo.

A autora de “Lilicoptère 2012” apresentará também, em setembro, no dia 19, obras suas, pela primeira vez, em Milão, no norte de Itália, por ocasião da apresentação da coleção primavera/verão 2015 da estilista Marina Rinaldi, no Palácio Bocconi, no âmbito da “Fashion Week” transalpina.

“Inspirada pela coleção, Joana Vasconcelos criou uma nova obra da série Valquírias integrando tecidos e peças de vestuário Marina Rinaldi, combinados com técnicas artesanais que caracterizam esta série. Outras obras icónicas — ‘Marilyn’, ‘Coração Independente’ e ‘Carmen’ – farão, também, parte deste ‘happening’, criando um diálogo com a arquitetura palaciana e a moda”, atesta o ateliê da criadora portuguesa.

Em outubro, Joana Vasconcelos apresenta “Microvalkyrie”, uma nova obra criada para o projeto “Chapeau!”, concebido por Raphael Cuir, que “desafiou 14 artistas a criar [uma peça] a partir de um chapéu de coco”.

A exposição estará patente de 3 a 30 de outubro na La vitrineam, em Paris, e contará com obras de artistas como Ben, Yoko Ono e ORLAN, entre outros.

O filme “Joana Vasconcelos: Time Machine”, de Joana Cunha Ferreira, que documenta “a mais ambiciosa exposição da artista no Reino Unido”, realizada em fevereiro último na Manchester Art Gallery, é exibido no Artecinema — 19.º Festival Internazionale di Film sull’Arte Contemporanea, em Nápoles, no sul da Itália.

Com 42 anos, Joana Vasconcelos é uma das mais internacionais artistas plásticas nacionais. No passado mês de fevereiro, inaugurou uma exposição, no Museu de Arte de Manchester, no Reino Unido, e, no ano passado, apresentou obras suas numa galeria da ilha espanhola de Maiorca, a Horrach Moya, e no Museu Gucci, em Florença.

Também em 2013, as suas obras “Blue Champagne” e “Coração Independente — Vermelho” fizeram parte da exposição “Sculpture Walk”, no Royal Hospital Chelsea, em Londres.

Joana Vasconcelos foi a primeira mulher e a mais jovem a expor no Palácio de Versalhes, em França, superando recordes de público, em 2012. A esta exposição sucedeu-se a concebida para outra antiga residência régia, o Palácio da Ajuda, em Lisboa, no ano passado.