“Estes são alguns dos melhores trabalhos eróticos do momento”, pode ler-se num artigo publicado pelo espanhol El País. Entre as novas fotógrafas eróticas em destaque, os olhos fixam-se em Rita Lino, única portuguesa de uma lista seleta de autoras com uma visão contemporânea do sexo no feminino.
Rita nasceu em 1986 e começou a fotografar em 2007. Desde então, já viveu em Barcelona e encontra-se agora na capital alemã, Berlim, com a fotografia como vício. Com uma particularidade pouco habitual dentro da fotografia erótica: Rita Lino fotografa-se a si própria.
“Não me considero uma fotógrafa erótica. Ter essa label pode ser redutor no meu trabalho”, disse, por e-mail, ao Observador, enquanto viajava de Arles para Berlim. Rita esteve na cidade francesa a promover o seu livro, Entartete, com sessões de autógrafos prometidas para Lisboa e Porto, ainda com datas a confirmar.
No site onde expõe os seus trabalhos encontram-se diferentes séries de fotografias, com títulos como “Love my bread” e “Try to make myself a work of art“. São “exercícios visuais que exploram a obsessão natural com o eu e com a persona“, pode ler-se na página da artista. O corpo é a matéria-prima, pronto a ser recriado e exorcizado num contínuo trabalho em desenvolvimento.
A espanhola Sarah Pain, a russa Arina Sergei, a francesa Bettina Rheims e a inglesa Jessica Roder são os outros nomes em destaque no El País, e cujos trabalhos também merecem um olhar atento.
Rita Lino saiu de Portugal por razões “profissionais e pessoais”. Lá fora tem mais oportunidades, mais movimento e mais pessoas. “Nunca fico muito tempo parada no mesmo sítio”, disse ao Observador, num aeroporto em França. Mas fazer disto vida profissional em Portugal parece-lhe “praticamente impossível”, admitiu. “Viver numa cidade como Berlim sempre torna um pouco mais fácil”.
Texto atualizado a 12 de julho com declarações de Rita Lino.