Momentos-chave
- Cinco milhões de veículos afectados vão ser chamados para reparação
- Comissão foi avisada das manipulações em 2013
- Matthias Mueller, da Porsche, confirmado como novo CEO
- Volkswagen enfrenta "multas enormes", diz a EPA
- Fraude da VW foi gerida a partir da sede na Alemanha
- Carrinhas de transporte também foram manipuladas, avança ministro alemão
- EPA norte-americana vai alterar a forma como testa as emissões
- Ativistas da Greenpeace em protesto à frente da sede da VW
- Filial espanhola da Volkswagen pede desculpa
- Presidente da Porsche será o novo presidente executivo da Volkswagen?
Histórico de atualizações
-
Este Liveblog fecha por aqui, mas poderá continuar a acompanhar as notícias que vão saindo sobre a Volkswagen no Observador. Obrigada por nos acompanhar e tenha um excelente fim de semana.
-
Cinco milhões de veículos afectados vão ser chamados para reparação
A notícia foi avançada pelo Financial Times ao começo da noite. Um relatório interno da Volkswagen admite que o número de veículo em circulação afectados pela manipulação das emissões pode ascender a cinco milhões de unidades. No entanto, garante o jornal, os veículos mais recentes da VW — e que cumprem a norma de emissões EU6, entrada em vigor na União Europeia em meados de 2014 — não estão incluídos nessa lista.
E desses veículos fazem parte as novas gerações dos modelos Golf, Passat e Touran. Agora, a marca de Wolfsburgo vai coordenar-se com as fábricas e concessionários que tem espalhados pelo mundo e proceder à recolha desses veículos para a reparação devida. A marca garante no mesmo relatório que, apesar das emissões adulteradas, os veículos mantêm-se “seguros” para condução.
-
A capa da Der Spiegel é, no mínimo, elucidativa quanto à crise que a Volkswagen atravessa por estes dias — e quanto à a visão que os alemães têm da contenda. O título, traduzido, diz somente “O funeral” — numa alusão clara ao slogan da marca, “Das Auto”, ou o “O carro”.
Guten Abend aus Hamburg! Der neue #SPIEGEL ist da. Titel: "Der Selbstmord." https://t.co/09Ht7MA1c4 pic.twitter.com/Qedwocqsr4
— SPIEGEL ONLINE (@spiegelonline) September 25, 2015
-
Novo CEO promete não deixar "pedra sobre pedra"
Matthias Mueller terminou agora a sua primeira conferência de imprensa como CEO da Volkswagen, que não acrescentou muito ao que já se sabe sobre este escândalo.
“A minha tarefa mais urgente é reconquistar a confiança em relação ao grupo Volkswagen”, disse o ex-líder da Porsche. Para isso, “terei de não deixar pedra sobre pedra [no apuramento do que se passou] com a máxima transparência, bem como tirar as conclusões certas a partir da situação atual”.
“Sob a minha liderança, a Volkswagen vai fazer tudo o que puder para desenvolver e implementar as regras da forma mais cumpridora”, afirmou Mueller, confiante de que a empresa tem “a oportunidade de sair desta crise ainda mais forte do que era”.
-
Comissão foi avisada das manipulações em 2013
O Financial Times está a noticiar que representantes da Comissão Europeia foram avisados em 2013 por um grupo de pesquisa interno de Bruxelas – o Joint Research Centre – de que muitos carros a diesel tinham mecanismos instalados que ajudavam a mascarar as emissões poluentes.
-
Matthias Mueller, da Porsche, confirmado como novo CEO
A reunião do Conselho de Supervisão da Volkswagen terminou e – confirma-se – Matthias Mueller, que era presidente da Porsche, irá substituir o demissionário Martin Winterkorn na liderança do grupo alemão. A notícia está a ser avançada pelo jornal alemão Handelsblatt.
-
Mudanças na gestão da VW podem ser mais profundas
A agência Reuters está a noticiar que o Conselho de Supervisão está a equacionar alterações mais profundas na governação da empresa, mais do que a mera substituição do presidente-executivo.
-
Volkswagen enfrenta "multas enormes", diz a EPA
A norte-americana Environmental Protection Agency (EPA) deu esta tarde uma conferência de imprensa sobre o escândalo da Volkswagen e avisou que o grupo alemão poderá enfrentar “multas enormes“, à escala da penalização que foi aplicada à petrolífera BP pelo derrame no Deepwater Horizon.
Um responsável da EPA relembrou que o organismo tem poder para multar a Volkswagen em até 37.500 dólares por cada veículo que tivesse o mecanismo que a empresa “enterrou no fundo de 100 milhões de linhas de código do software dos carros”. Era essa instrução no código do software dos carros que, segundo a acusação, mascarava as verdadeiras emissões poluentes quando o carro estava a ser testado.
-
Motores "diesel" 1.200 também poderão ter recebido "kit fraudulento"
O escândalo em torno da Volkswagen poderá envolver mais automóveis do que se estimava. O ministro alemão dos Transportes diz que “agora também há uma discussão sobre os carros com motores 1,2 litros estarem afetados”.
“Pelo menos por agora acreditamos que possíveis manipulações podem vir à luz do dia, também, aqui”, afirmou Alexander Dobrindt numa alusão aos carros com motorização menos potente. Inicialmente acreditava-se que apenas os motores 1.6 e 2.0 estariam envolvidos.
-
Críticas à Volkswagen são "exageradas"
É a opinião de Hans Werner Sinn, presidente do instituto de pesquisa Ifo, que nos últimos meses tem estado nas notícias por defender abertamente que a Grécia devia sair da zona euro.
Na opinião de Sinn, citada pelo Handelsblatt, os americanos tentam há décadas manter fora do mercado os automóveis mais pequenos e mais eficientes, a diesel. Isto para protegerem o seu mercado, porque eles próprios – os americanos – não têm esta tecnologia apurada.
-
Fraude da VW foi gerida a partir da sede na Alemanha
A fraude da VW nasceu nos EUA, mas a Bloomberg diz que as ordens vieram de Wolfsburgo. A fraude foi montada a partir da sede na Alemanha, garante a agência noticiosa.
Com esta notícia, as ações da Volkswagen em Frankfurt caíram para os níveis mais baixos da sessão. Estão a cair 5,7%.
-
Carrinhas de transporte também foram manipuladas, avança ministro alemão
O ministro alemão dos transportes, Alexander Dobrindt, revelou, esta sexta-feira, que as carrinhas de transporte também são afetados pelo escândalo das emissões da Volkswagen, de acordo com a Reuters.
-
Escândalo sem impacto na procura de carros VW na Alemanha, segundo site AutoScout24
Ao passo que por cá, o Dinheiro Vivo noticia que, de acordo com o site Standvirtual, as vendas de carros da Volkswagen triplicaram esta semana, na Alemanha não há sinais de que o escândalo da Volkswagen esteja a prejudicar as vendas de carros a gasóleo. A Reuters cita Sebastian Lorenz, do site AutoScout24, que diz que não se está a sentir impacto na procura de carros novos ou usados a diesel da VW, nem nos preços.
-
EPA norte-americana vai alterar a forma como testa as emissões
Casa roubada, trancas à porta. A Environmental Protection Agency (EPA) norte-americana deverá anunciar ainda hoje mudanças na forma como são feitos os testes às emissões poluentes. A informação, avançada pela Associated Press e que cita fonte da EPA, diz que passarão a ser feitos não só testes em laboratórios mas, também, em ciclos de condução em estrada.
-
Há candidatos para o "pior emprego executivo do mundo"?
Um analista do banco de investimento Bernstein diz que o próximo presidente-executivo deverá ter, no mínimo, de disponibilizar quase cinco mil milhões de euros para recomprar todos os carros de motor diesel envolvidos na fraude, acabar com as vendas de automóveis com esta motorização nos EUA e encontrar-se com responsáveis do governo, incluindo Obama.
Será o “pior emprego executivo do mundo”, afirma o Bernstein. E o melhor candidato é Herbert Diess, um antigo executivo da BMW, diz a Bernstein, porque seria a melhor forma de sinalizar uma mudança de regime na Volkswagen. A informação consta de uma nota de análise citada pela Bloomberg.
-
Investimento em Espanha não está em risco, repete o governo espanhol
O ministro da Administração Interna de Espanha, José Manuel Soria, está a acompanhar de perto a situação da Volkswagen, garante a primeira-ministra adjunta Soraya Saenz de Santamaria. Estão garantidos os investimentos e os empregos ligados à presença da Volkswagen em Espanha, assegura o governo espanhol, que tem tido contactos de alto nível com a administração do grupo alemão.
Ontem, António Pires de Lima diz que o governo português está a limitar-se a contactos com responsáveis da AutoEuropa e que não está a tentar “obter sinais de tranquilidade” junto da Volkswagen neste momento. Porquê? “Porque era estar a enganar-me a mim próprio”, afirmou o ministro da Economia.
-
China diz que não tem carros manipulados
As duas “joint-venture” do construtor alemão Volkswagen na China, onde em 2014 foi líder de mercado, asseguraram hoje que os seus produtos não estão envolvidos no escândalo de manipulação dos teores de emissão de gases poluentes. A China é o maior mercado automóvel do mundo e tem sido crucial para a Volkswagen, cujas vendas no país, no ano passado, alcançaram 3,67 milhões de unidades, superando a rival norte-americana General Motors.
-
Merkel "apoia totalmente" a indústria automóvel alemã
“O governo alemão apoia totalmente a indústria automóvel, porque esta é uma das maiores indústrias na Alemanha”, afirma um dos porta-voz do governo de Merkel, Georg Streiter.
Perante acusações dos sindicatos locais de que a atuação do governo neste caso tem sido “inaceitável”, o porta-voz diz que o governo “sempre teve em conta os interesses da indústria e vai continuar a fazê-lo. Não apoiamos práticas fraudulentas mas isso não altera o facto de garantirmos o nosso apoio ao setor automóvel”.
-
CEO da Tesla Motors alerta para a questão do CO2
A Tesla Motors Inc. – fabricante de carros elétricos – já se veio pronunciar sobre este escândalo. Segundo a Bloomberg, o CEO da Tesla, Elon Musk, disse ontem que as revelações sobre a fraude da Volkswagen são “obviamente más”, mas pior do que isso são as emissões de dióxido de carbono e é para esse problema que o mundo deve olhar realmente.
-
Ações da VW estão a subir 1,92%
No dia em que deverá ser anunciado o novo presidente executivo da empresa Volkswagen e se aguarda a lista com os carros manipulados, as ações da Volkswagen estão a subir 1,92%. Por esta hora estão a ser negociadas a 114,35 euros. Ontem ao fecho dos mercados estavam a valer 112,15 euros.