Momentos-chave
- Passos: "CDS não é adversário político que é preciso combater"
- Lobo d' Ávila consegue 23% do conselho nacional
- "Vou fazer várias coisas e diferentes umas das outras", diz Portas sobre futuro pós-CDS
- Assunção Cristas diz que lista alternativa é sinal de "vivacidade" do partido
- Lista de Lobo d'Ávila "não é lista de apoiantes de Nuno Melo"
Histórico de atualizações
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O liveblog do XXVI congresso do CDS fica por aqui. Obrigada por nos ter acompanhado!
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Quem é Filipe Lobo d’ Ávila, o desafiador de Assunção Cristas? Damos algumas pistas: é adepto do FC Porto, primo afastado de Manuel Alegre e pertence à ala mais conservadora do CDS. Lei aqui o perfil.
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Nesta fotogaleria, pode acompanhar os dois dias de congresso e o momento da entronização de Assunção Cristas, a primeira mulher a chegar à liderança do CDS.
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Como balanço e análise ao que mais importante aconteceu no congresso, pode ler aqui os 7 sinais mais importantes para o futuro do CDS.
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Reação de João Galamba sobre o Banco de Portugal.
Depois de o próprio CDS ter desperdiçado a anterior https://t.co/dUwh8e6Atf
— Joao Galamba (@Joaogalamba) March 13, 2016
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"Concordo praticamente com tudo", diz Lobo d'Ávila sobre discurso de Cristas
“Concordo praticamente com tudo”. Foi assim que Filipe Lobo d’Ávila reagiu ao discurso de Assunção Cristas no encerramento do congresso do CDS. E considerou que “marca o ritmo para os próximos tempos”, sublinhando que também refere “aquilo que é importante na oposição ao governo de António Costa”.
À RTP, Lobo d’Ávila ainda falou do resultado que a sua lista ao conselho nacional leva do congresso de Gondomar, dizendo que olha para o resultado com “grande responsabilidade” e com o “compromisso de ser assumido pela positiva”, de acordo com Lobo d’Ávila. O centrista disse ainda que o resultado conseguido na eleição para o Conselho Nacional do partido já revela que entre o “espírito de unidade consegue-se uma diversidade que acrescenta para o futuro”.
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"Não estou cansada, estou animada"
Assunção Cristas saiu do pavilhão multiusos de Gondomar entre grande confusão, juntamente com a família que, em declarações aos jornalistas, disse ser “a parte mais estrutural” da sua vida. Ainda atirou não sair “cansada”, mas “animada”. “Foi muito motivador”, garantiu.
Na primeira fila, assistiram ao discurso de Cristas o marido, os quatros filhos, os pais, os irmãos e os sobrinhos.
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Manuel Pizarro, dirigente do PS-Porto, critica o “desvario sectário” do PSD por votar contra artigos do Orçamento do Estado “com os quais concordou”, referindo-se ao dinheiro que Portugal se comprometeu a dar à Grécia (por causa do programa de assistência financeira) e à Turquia (por causa da resposta à crise dos refugiados).
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Passos: "CDS não é adversário político que é preciso combater"
Pedro Passos Coelho, aos jornalistas, começa por elogiar Portas apesar das “diferenças partidárias do passado” e deseja-lhe “muita sorte” ao regresso de Portas à vida civil.
Sobre Cristas, o líder do PSD diz que “é muito bem preparada” e que “fará o CDS crescer”. “O CDS é um partido que sempre será parceiro natural e preferencial e que faz falta ao país. Desejo os maiores sucessos na liderança do CDS. Contará sempre do lado do PSD com apoio leal, apesar de serem partidos diferentes. São partidos que têm grande proximidade. Se o CDS crescer será importante para o futuro do país e para uma perspetiva de maior convergência com as nossas ideias”, acrescenta.
“O CDS abrirá um novo ciclo” e Passos olha para isso “com muita naturalidade e normalidade”. “Não estamos a olhar para o CDS como um adversário político que é preciso combater. O CDS vai consolidar-se e crescer no seu espaço político“, frisa.
Passos recusa falar sobre a nomeação do governador do Banco de Portugal e sobre a polémica sobre a votação dos artigos do OE sobre o dinheiro que Portugal dará à Grécia e à Turquia e que está em risco pois a esquerda não deve aprovar esses dois artigos.
“O PSD esclareceu muito bem como ia votar todos os termos do OE apresentado pelo PS. PSD esclareceu com muita clareza portanto não percebo a sua pergunta”, limitou-se a dizer.
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PS diferencia postura do CDS da posição do PSD
Pedro Nuno Santos diferenciou a posição do CDS no debate orçamental da postura do PSD: “Saudamos a forma como o CDS tem estado no debate da especialidade [do Orçamento do Estado para este ano], de forma responsável e construtiva, apresentando propostas e avaliando o valor intrínseco de cada artigo”. Recorde-se que o PSD colocou-se à margem do debate da especialidade.“Temos a expectativa que o CDS na oposição tenha a atitude séria e responsável”, acrescentou o representante do governo PS no congresso do CDS, recusando pronunciar-se sobre o desafio deixado aos socialistas pela presidente do CDS para uma reforma do sistema de pensões. “Todas as propostas concretas que têm para apresentar serão avaliadas no tempo certo”, disse o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, dando a mesma resposta para a proposta do CDS de mudar a forma de designação do governador do Banco de Portugal. -
“Estou otimista. Estou certa que vamos ser a primeira escolha dos portugueses”. É assim que termina o discurso de Assunção Cristas de cerca de 25 minutos.
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“Esta é uma governação errática. Lança Portugal desprotegido às intempéries. Tem desfaçatez de aumentar imposto sobre gasolina e depois diz aos portugueses para não irem abastecer a Espanha. Francamente!”, atira.
É “um PS igual a si mesmo, dar o que não têm, prometer o que é impossível de cumprir e alimentar uma ilusão o máximo de tempo possível. Quando tudo rebenta esperam que nós arrumemos a casa”, critica. “Não sou adepta do quanto pior, melhor”, diz, considerando que este OE é o OE “ideal para entrar em vigor no dia 1 de abril”.
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Cristas quer candidatura "forte e mobilizadora" para a Câmara de Lisboa
No capítulo das autárquicas, Cristas ainda definiu que em Lisboa o partido deve ter uma candidatura na linha do antigo autarca do CDS, Krus Abecassis, assumindo um “desafio exigente” para o qual o partido “deve ter coragem” para “apresentar uma candidatura forte mobilizadora”. Cristas não diz quem pode protagonizar essa candidatura, mas muito se tem especulado sobre a hipótese de ser a própria a assumi-la. O vereador do CDS na CML, João Gonçalves Pereira, disse no sábado no congresso que o CDS teria uma “grande candidata em Lisboa”.
No Porto, a presidente do CDS anunciou o apoio a uma recandidatura de Rui Moreira, que o partido já apoiou nas últimas autárquicas. Nas restantes câmaras onde o CDS tem maioria, Cristas pediu para reforçar “a marca CDS”.
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“Depois das eleições regionais nos Açores, o nosso primeiro desafio são as autárquicas”, avisa, defendendo que quer reforçar a presença do CDS nas autarquias. Reconhece que é difícil (o CDS tem cinco câmaras). “Em política, não se está para corridas de 100 metros mas para maratonas”.
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Cristas defende, tal como Portas, que seja o PR a nomear o governador do Banco de Portugal. “Estamos fartos de ver bancos a cair e reconhecemos que a supervisão não funciona. Não sou de ficar calada e ignorar os problemas”, disse, avisando contudo que não irá fazer política partidária com isso.
“Em matérias laborais, não faz sentido ter dois países”, acrescenta, sobre as 35 horas na função pública. Defende que a ADSE seja alargada a todos os portugueses, tal como propôs na moção.
Promete ainda identificar dificuldades setor a setor na fiscalidade, na simplificação de processos e redução de custos de contexto. “Não acreditar nas empresas privadas é não acreditar nas pessoas”, diz.
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"Se PS recusar" reforma do sistema de pensões "cairá a máscara a António Costa"
No topo das prioridades do CDS, a nova líder coloca a reforma do sistema de pensões que “irá falhar”, garantiu. Assunção Cristas diz que “identificar um problema não é motivo de nenhuma satisfação mas é o primeiro passo para o resolvermos”.E anunciou que vai propor método de trabalho aos outros partidos, pretendendo “estudar com profundidade” a solução. E deixou o desafio direto ao PS: “Veremos qual a posição do PS, porque esta é uma prioridade. Se o PS recusar cairá a máscara a António Costa”.
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Assunção Cristas destaca o facto de a cúpula do CDS ter duas mulheres: ela própria e Cecília Meireles. Como ambição, Cristas diz que quer um Portugal “moderno”, “com estabilidade e bons resultados”, “um ensino dinâmico”.
“A minha ambição para Portugal é máxima e também é máxima para o nosso partido”.
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"Paulo, é uma enorme responsabilidade suceder-te"
Assunção Cristas inicia o discurso de entronização como presidente do CDS com os agradecimentos da praxe e um rasgado elogio ao líder cessante. “Paulo, é uma enorme responsabilidade suceder-te mas o teu exemplo continuará a ser muito inspirador”.
Do líder que cessa hoje funções, Cristas destacou o “rasgo e imaginação, a sensibilidade politica diária acutilante” e a “sua capacidade de antecipar”.
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O ecrã de 71 metros da sala enche-se de fotos de Assunção Cristas, enquanto ministra da Agricultura e em campanha.
Está escolhida a música de Cristas: "Changes" pic.twitter.com/fJYOAjM0S8
— Rita Dinis (@DinisRita) March 13, 2016
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Assunção Cristas entra na sala ao som de “Changes” de Faul & Wad Ad vs. Pnau.
Letra da música escolhida por Cristas:
Baby, I don’t know
Just why I love you so
Maybe it’s just the way
That God made me this day (x2)Honey, I hear you
And I feel for you
It won’t be too long ’til
We’re back as one againBaby, I don’t know
Just why I love you so
Maybe it’s just the way
That God made me this day (x2)Honey, I hear you
And I feel for you
It won’t be too long ’til
We’re back as one again