Histórico de atualizações
  • Este liveblog fica por aqui. Antes de me despedir, deixo-lhe o que ler: as reportagens da Rita Dinis e do Rui Pedro Antunes, que acompanharam desde manhã as comemorações do 25 de Abril. Até mais!

    Reportagem. “Já ninguém grita: está na hora, está na hora, do Governo ir embora”

    “São Bento Abril Fest”. Celebrar a liberdade é um festival

  • O astronauta francês Thomas Pesquet‏, da Agência Espacial Europeia, publicou esta terça-feira várias fotografias de Portugal visto do espaço — algumas são mais pormenorizadas e dão destaque a Lisboa –, uma homenagem ao 25 de Abril num país que, escreve Pesquet, “tem tanto para oferecer”.

  • Cauda do desfile chega ao Rossio. Para o ano há mais

    Chega a cauda do desfile ao Rossio. Como habitual, crianças sobem para a chaimite da Associação 25 de Abril para tirarem fotos e os populares vão desmobilizando, enquanto alguns responsáveis políticos e sindicais vão dando algumas entrevistas a órgãos de comunicação social. Para o ano há mais.

  • São sempre os cravos a dar cor na lapela dos fatos escuros da cerimónia. Ou os molhos das flores que decoram a Assembleia da República. Com cravos, as fotografias são sempre melhores, mais vivas, mais contrastantes.

    No dia 25 de Abril de 1974 distribuíram-se cravos vermelhos e cravos brancos pelas ruas, que passaram para as espingardas dos soldados. Mas os cravos brancos desapareceram das comemorações. O desfile na Avenida da Liberdade e a festa nos jardins da residência oficial de São Bento — por onde passeava Salazar no outro tempo — ilustram um dia de festa e celebração.

    Trabalhos de Henrique Casinhas e André Marques, fotógrafos do Observador.

    Fotogaleria. Cravos vermelhos, Zé Povinho e portas abertas

  • Cartaz do Bloco de Esquerda pede “Portugal fora da NATO”, mas pode ler-se no mesmo cartaz a hashtag #NaosomosTrump. Há um pormenor: Trump também não é o maior entusiasta da NATO.

  • Costa diz que trabalha todos os dias para mais crescimento e menos desigualdades

    O primeiro-ministro afirmou hoje que o seu Governo trabalha todos os dias para corresponder aos desafios colocados pelo Presidente da República para que o país registe a prazo mais crescimento e possua uma melhor distribuição de riqueza.

    António Costa falava aos jornalistas cerca de uma hora depois da abertura ao público dos jardins da residência oficial do primeiro-ministro, depois de ter sido questionado sobre o teor do discurso esta manhã proferido por Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia da República, em que pediu “mais crescimento e melhor distribuição da riqueza” em Portugal.

    O primeiro-ministro respondeu imediatamente: “Todos os dias trabalhamos para isso”.

    Já quando foi interrogado sobre o teor global da intervenção do chefe de Estado na sessão comemorativa do 43.º aniversário do 25 de Abril no parlamento, António Costa advertiu que “o Governo não dá notas aos Presidentes da República”, mas “ouve com atenção e medita”.

    “Acho que a relação com o Presidente da República tem sido sempre muito franca e leal das duas partes. Entendemos essas palavras como um grande estímulo. Considero que foi de grande otimismo relativamente à experiência destes 43 anos de democracia e à energia que todos temos de colocar para que os próximos 43 anos sejam ainda melhores”, sustentou o primeiro-ministro.

    Ainda sobre a questão do crescimento económico, o líder do executivo defendeu que as metas que o Governo fixou são as metas que se encaminham para aquilo que é necessário conseguir: “retomar uma trajetória de convergência com a União Europeia” e voltar ao ritmo de crescimento registado até ao início deste século.

    “Desde 2000 até agora, a média de crescimento foi de 0,2% ao ano, porque a economia portuguesa tem levado tempo a adaptar-se ao euro, à globalização e ao alargamento a leste. Temos de nos centrar numa visão de médio prazo, investindo em áreas essenciais para que haja um crescimento sustentado: qualificação dos cidadãos e inovação tecnológica das empresas”, apontou.

    Tendo ao seu lado o dirigente histórico socialista e ex-candidato presidencial Manuel Alegre, assim como o presidente do PS, Carlos César, o primeiro-ministro defendeu “uma democracia de portas abertas todos os dias”.

    “No ano passado, neste mesmo local, com o presidente da Câmara de Lisboa [Fernando Medina], anunciámos que todos os domingos estes jardins de São Bento estariam abertos ao público – e passaram a estar. Este dia 25 de Abril é um dia especial de festa”, declarou.

    O socialista referiu que o programa das celebrações inclui, entre outros, a espetáculos de Jorge Palma e das crianças do Cant’art, e a inauguração de uma escultura de Vhils.

    Lusa

  • A leitura de poemas de Manuel Alegre era uma das atrações desta tarde na residência oficial do primeiro-ministro.

  • Marcelo: "O português tem a sabedoria para evitar aventuras [populismo] que são desnecessárias"

    “Quando aqui cheguei [Palácio de Belém] ao meio-dia tinham visitado o jardim mais de 700 pessoas. Depois, apanhei umas 300 que queriam tirar fotografias comigo. Ainda tive as condecoração, ainda recebi Associação Portuguesa de Imprensa e agora, até às cinco [da tarde] e antes de ir para o Palácio de Queluz, ainda vou tirar mais umas 200 ou 300 fotografias”, começou por dizer à TVI 24 Marcelo Rebelo de Sousa, entre uma selfie e outra.

    Quanto ao discurso que fez na Assembleia da República, o presidente explicou o porquê de afirmar que os portugueses estão “escudados” contra o populismo que assola as democracias um pouco por todo o mundo. “Estão escudados, estão. E estão por várias razões: pela história, pela experiência, pela cultura, também pelos partidos e pelo poder local, também pelas redes de segurança social, IPSS, misericórdias, por instituições muito prestigiadas como as Forças Armadas. Há uma rede política e social de base, uma cultura, que faz do português alguém naturalmente moderado, que não entra em aventuras e que pensa duas vezes. Porquê? Porque já viu tudo, perdeu a independência, voltou a recuperá-la, esteve em todo o mundo — onde os outros chegaram já os portugueses tinham estado –, e isso dá-nos uma sabedoria que faz com que evitemos entrar em aventuras que são desnecessárias”, lembrou.

    Essa sabedoria e “tolerância” é, segundo Marcelo, a chave para evitar a ascensão dos extremismos políticos e do terrorismo no país.”Está provado que muitos daqueles que são os protagonistas do terrorismo não vêm de fora mas de dentro. É necessário ter atenção à resolução dos problemas, à inclusão, para não surgirem guetos, setores marginalizados onde nascem as violências e o terrorismo, mas também o fenómenos populista”, começou por dizer. E concluiu: “A capacidade de compreender, de incluir, de resolver os problemas, é essa capacidade que reduz o risco de populismo e de violência.”

  • Marcelo presta homenagem à imprensa e pede medidas que ajudem setor

    O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou hoje homenagem à imprensa portuguesa, no Dia da Liberdade, e manifestou-se preocupado com a sua sobrevivência económica e financeira, pedindo medidas que ajudem o setor.

    Numa cerimónia na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, em que condecorou a Associação Portuguesa de Imprensa com o título de membro honorário da Ordem do Mérito, o chefe de Estado realçou o “peso esmagador da publicidade de grandes empresas multinacionais no que respeita à imprensa eletrónica”.

    “Estamos a falar de 80% ou mais da publicidade detida por um número muito limitado de empresas multinacionais”, referiu, acrescentando que, num prazo muito curto, a situação “constitui um problema”.

    “Sei que o Governo está atento a esse problema, que impõe [a necessidade de] medidas que permitam ir ao encontro das vossas aspirações e das vossas necessidades”, acrescentou.

    Marcelo Rebelo de Sousa falava perante cerca de 30 representantes de órgãos de comunicação social centenários, membros da Associação Portuguesa de Imprensa, como o Açoriano Oriental, o Diário de Notícias, A Voz do Operário, o Jornal de Notícias e a Folha de Tondela.

    “Homenageio a vossa coragem, a vossa determinação, a vossa persistência, mas estou seriamente preocupado com o panorama da imprensa em Portugal”, declarou.

    O Presidente da República acrescentou que está “preocupado, não por falta de liberdade, não por falta de criatividade, não por falta de determinação, mas porque as condições objetivas, nomeadamente económicas e financeiras, são cada vez mais limitativas”.

    Referindo que conhece bem o setor, afirmou: “Acompanho as vossas vicissitudes. Sei bem como é difícil a produção, como é muito difícil a distribuição, como é um problema cada vez mais grave a publicidade e, portanto, a sobrevivência económica e financeira da imprensa portuguesa”.

    Agência Lusa

  • Quem são as noivas entre a JS e a JCP?

    São noivas que distribuem cravos e entraram no desfile popular já depois do início. Trata-se de uma performance da artista Regina Frank que faz intervenções no espaço público desde 2014. Desta vez, as atrizes e ativistas interpretam o jornal “A voz das camaradas”, sobre o papel das mulheres comunistas na clandestinidade.

  • "Somos muitos, muitos mil, para continuar abril"

    A CGTP segue com as palavras de ordem de sempre:

    • “Somos muitos, muitos mil, para continuar abril”;
    • “Abril, de novo, com a força do povo”;
    • “Abril está na rua, a luta continua”;
    • “Defender a Constituição, é a nossa obrigação”;
    • “Não queremos mais, injustiças sociais”

    O hino da CGTP vai tocando nas colunas da carrinha da central sindical.

  • "António, António!" Música e selfies nos jardins de São Bento

    Os jardins de São Bento abriram as portas ligeiramente mais cedo do que o combinado, antes das 14h30, devido à quantidade de gente que estava à porta. António Costa chegou a pé para ouvir o grupo musical infantil Cant’arte entoar canções da revolução.

    Primeiro-ministro assistiu à atuação na terceira ou quarta fila, e só no fim a secretaria de Estado adjunta o puxou para a primeira fila. Assim que as crianças o avistaram irromperam em aplausos e a chamar o seu nome “António, Antonio!”

    Seguiram-se as selfies e os beijinhosdo costume.

  • Movimento em defesa da cultura com reivindicação antiga: 1% para a Cultura

    Movimento em Defesa da Cultura reitera reivindicação antiga nunca conquistada: 1% do Orçamento do Estado para a Cultura. “É cultura, não é fatura”, gritam os membros do movimento.

  • Jotas da "geringonça". Tão longe e tão perto

    Cinco metros apenas separam a JCP da JS. As juventudes dos partidos da “geringonça” não se misturam. Os jovens socialistas levantam o punho esquerdo na direção dos jovens comunistas. Partilham as mesmas palavras de ordem (“25 de abril sempre, fascismo nunca mais”), excepto quando há pequenas provocações.

    A JS que vai atrás, vai entoando: “Deixem passar”. Alguns da JCP respondem, a espaços, não passarão. Uma alusão ao “no pasarán” do Partido Comunista Espanhol durante a Guerra Civil espanhola (contra os fascistas de Franco).

    Apesar de pequenas picardias, tudo pacífico.

  • O que disse Marcelo nas entrelinhas

    A análise do editor de Política do Observador, Vítor Matos, ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa. Leia aqui.

  • Arranca o desfile popular do 25 de Abril na Avenida da Liberdade

  • Marcelo condecora “com emoção” Sá Carneiro, Ferreira Gomes e Siza Vieira

    O Presidente da República condecorou hoje “com emoção”, a título póstumo, o antigo primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e o antigo bispo do Porto António Ferreira Gomes, na mesma ocasião em que agraciou o arquiteto Siza Vieira.

    Numa cerimónia curta, de menos de 15 minutos, Marcelo Rebelo de Sousa recordou a relação entre Sá Carneiro, agraciado hoje com a Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, e António Ferreira Gomes, a quem foi atribuída a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

    “É pois com emoção que recordo estas duas figuras e a ligação que existiu entre elas, neste aniversário do 25 de Abril. Através das condecorações que hoje lhes atribui, o Presidente da República recorda a contribuição que tiveram e deram ao nosso país”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia que decorreu na Sala dos Embaixadores no Palácio de Belém.

    Agência Lusa

    Sobre Siza Vieira, distinguido com a Grã Cruz da Ordem da Instrução Pública, o chefe de Estado disse que condecorá-lo hoje “é também festejar o 25 de Abril, no que ele representa de cultura democrática, liberdade de criação, inovação e realização”.

  • Carlos César diz que "Portugal está a crescer mais do que a Alemanha"

    Carlos César, do Partido Socialista, é questionado pelos jornalistas sobre a mensagem de Marcelo a pedir mais crescimento económico, mas a resposta veio preparada: César destaca a “unanimidade sobre a significação do 25 de Abril nas nossas vidas”. “O 25 de Abril trouxe, como o sr. Presidente da República referiu, uma nova dimensão a Portugal, de um país que se afirmava através da sua oligarquia como um país orgulhosamente só a um país integrado na União Europeia e é nesse convívio que Portugal se deve afirmar”.

    O líder parlamentar do PS diz que Portugal vem de “um período de depressão, de degradação social e económica” mas que, “aos poucos, todos os indicadores económicos e sociais vão revelando uma recuperação que é significativa também do ponto de vista do investimento privado, do investimento público e do crescimento da economia”.

    “Temos um crescimento que já é significativo, que já é superior ao de outros países da zona euro, como a Alemanha, a França, Áustria e Itália”. “A confiança que hoje os agentes económicos têm na nossa condução política levará a um reforço da confiança dos investidores”, conclui Carlos César.

  • Bloco de Esquerda critica "constrangimentos europeus" e pede "outra postura europeia"

    Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, destaca três notas do discurso “consensual” do Presidente da República:

    • “Uma primeira nota, que consideramos bastante importante, que é que a liberdade, o Estado Social e o desenvolvimento da democracia foi feito por todos aqueles e aquelas que no pós-25 de abril meteram mãos ao trabalho, fazendo a escola pública, o serviço nacional de saúde, fizeram os que são hoje os pilares da democracia e do Estado Social”;
    • “Uma segunda nota para nos lembrar que para que a democracia tenha a legitimidade popular necessária, não pode nunca esquecer a luta pela transparência, pela sua credibilização, algo que o Bloco de Esquerda leva muito a sério”;
    • “Em terceiro lugar, uma nota europeia, que é lembrar-nos a todos que todos somos filhos e filhas de imigrantes, mães e pais de imigrantes, que o nosso mundo é feito do cruzamento de mundos e, portanto, temos a obrigação de combater os nacionalismos xenófobos que crescem na Europa”.

    “Há escolhas que temos de fazer e para termos o crescimento económico não podemos aceitar os constrangimentos europeus, que têm alimentado o crescimento das políticas do ódio”, conclui Catarina Martins, que pede “outra postura europeia”.

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