Durante os 15 dias do festival, companhias portuguesas e estrangeiras mostrarão o que de melhor fazem em teatro, sendo que esta edição do festival vai contar com cinco criações de companhias portuguesas.

A 34.ª edição do certame conta com criações do suíço Christoph Marthaler, do italiano Pippo Delbono, da romena Gianina Cãrbunariu, dos belgas Peeping Tom e do grupo inglês 1927.

A 34.ª edição do festival conta ainda com um ciclo dedicado ao Novíssimo Teatro Português, no âmbito do qual o Teatro do Elétrico apresentará “Karl Valentin Kabarett” e finalistas da licenciatura em teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema representarão “Primeira imagem”, entre outros.

O artista plástico, cenógrafo e figurinista António Lagarto é o homenageado nesta edição do festival, que lhe dedicará uma retrospetiva e uma instalação na Escola D. António da Costa, em Almada.

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Rodrigo Francisco, diretor da Companhia de Teatro de Almada (CTA), anfitriã do festival, afirmou em conferência de imprensa que este ciclo surge depois de ter percebido que o público do festival estava “muito recetivo” para assistir a espetáculos “mais pequenos e mais intimistas”.

“Tanto assim é que em 2016 elegeram’Hedda Gabler’ como espetáculo de honra, e trata-se de uma peça que leva o máximo de 70 pessoas em cada sessão”, explicou.

Já a iniciativa de formação “O sentido dos mestres” será orientada, este ano, pela norueguesa Juni Dahr, coautora da dramaturgia do espetáculo “Hedda Gabler”, que regressa à Casa da Cerca por ter sido escolhido pelo público, em 2016, como espetáculo de honra.

Quanto ao orçamento deste festival, o diretor da CTA diz fixar-se nos 820.000 euros, dos quais 257.000 euros são provenientes da Câmara Municipal de Almada, 363.000 resultantes de parcerias e receitas próprias do festival e 200.000 euros provenientes da subvenção do Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes.

Na apresentação do festival à imprensa, Rodrigo Francisco lamentou que as companhias subvencionadas pelo Estado continuem quase no final de junho sem saber que verbas vão receber para o próximo ano, considerando que esta atitude do Governo resulta de uma “grande falta de estruturação da cultura”.

“O que existe são sempre medidas de circunstância, mas nunca houve uma estruturação eficaz das políticas de cultura”, frisou.

Quanto às expectativas de público, o diretor do certame diz que ronda sempre os 20.000 espetadores, dos quais 500 são da venda de assinaturas.

“Na quinta-feira, quando ainda nem sequer tínhamos divulgado o programa já estavam vendidas metade das assinaturas”, indicou.