Histórico de atualizações
  • Constança Urbano de Sousa: "Tirarei naturalmente as devidas ilações"

    Em entrevista ao Diário de Notícias/TSF, gravada na última sexta-feira (horas antes de ser conhecido o relatório da Proteção Civil que dava conta de uma falência grave do SIRESP que se prolongou por quatro dias) e publicada este domingo, a ministra da Administração Interna admite retirar consequências das investigações à operação em Pedrógão Grande que estão em curso. “Tiraremos as devidas ilações e eu tirarei naturalmente as devidas ilações”, diz Constança Urbano de Sousa. Mas ressalva: “Neste momento, eu acho que é muito prematuro estar aqui a seguir pelo caminho que é fácil, era o caminho mais fácil a seguir, ia satisfazer uma certa apetência que alguns têm pelo sangue, se quisermos. Mas ia resolver algum problema pergunto-lhe a si eu agora?”.

    Com a época de incêndios só agora a chegar ao período mais crítico, Constança Urbano de Sousa considera, no entanto, que retirar consequências práticas de eventuais erros cometidos, seria “fragilizar” a estrutura da Proteção Civil. “Acho que, neste momento, numa altura em que o país precisa de tantas respostas, em que o país necessita de regressar à normalidade, nós temos que ter também a coragem para enfrentar os problemas”. Questionada diretamente sobre se pondera apresentar a demissão, a ministra recua: “Enquanto eu tiver a confiança política do senhor primeiro-ministro não me demito, mais uma vez o digo, essa seria a via mais fácil”, reitera a governante, na entrevista ao Diário de Notícias/TSF.

    Não correu tudo bem no combate ao incêndio de Pedrógão Grande. A própria ministra reconhece-o. Mas também considera que “não é o momento para repensarmos o sistema em toda a sua globalidade, porque este é o momento do combate e nós temos que ter o país preparado para um combate que ainda temos que enfrentar nos próximos dois, três meses”.

    Sobre a origem do incêndio que vitimou 64 pessoas, e considerando as declarações do presidente da Liga de Bombeiros — Jaime Marta Soares, que defendeu ter havido “mão criminosa” no fogo –, Constança Urbano de Sousa diz que ao ministério nunca chegou essa indicação. “Não, nunca recebi nenhum tipo de informação”, garante.

  • Incêndio de Pedrógão Grande dado como extinto

    O incêndio de Pedrógão Grande foi dado como extinto este sábado a meio da tarde, uma semana depois de ter deflagrado, estando ainda no local cerca de 570 operacionais, segundo fontes da Proteção Civil. “O incêndio em Pedrógão Grande foi dado como extinto a meio da tarde”, disse à Lusa o adjunto nacional de operações da Proteção Civil, Miguel Cruz, acrescentando que no local estão ainda cerca de 800 meios: 570 operacionais apoiados por 214 veículos.

    Na página oficial da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o incêndio é dado como em fase de conclusão — o que significa que o fogo está extinto, mas que tem ainda pequenos focos de combustão dentro do perímetro do incêndio. Os operacionais permanecem no terreno em vigilância no perímetro afetado pelas chamas onde ainda há pequenos focos de incêndios, disse também à Lusa o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut.

    Augusto Arnaut disse também que foi já desativado o Plano de Emergência da Proteção Civil de Leiria.

    O incêndio que deflagrou há uma semana, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos. O fogo atingiu também os concelhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, e chegou aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas foi dado como dominado na quarta-feira à tarde.

    Lusa

  • Doações. Roupa, mobília e eletrodomésticos podem ser entregues em Leiria

    O Regimento de Artilharia n.º 4, em Leiria, passa a receber roupa, mobiliário e eletrodomésticos que a população queira doar na sequência dos incêndios que atingiram a região Centro e que provocaram 64 mortos.

    O envio de alimentação e ração para animais continua a ser enviado para Pedrógão Grande, concelho onde começou o incêndio no dia 17 e que atingiu também Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, e os distritos de Castelo Branco e de Coimbra, mas que foi dado como dominado na quarta-feira à tarde, disse à agência Lusa o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Carlos David.

    “Estávamo-nos a sentir sufocados com tanto donativo e chegada de roupa”, contou Carlos David, referindo que toda a roupa, mobiliário, eletrodomésticos e recheios de casa passam agora a ser encaminhados para o Regimento de Artilharia n.º 4, em Leiria, onde foi criado “um centro de recolha e de tratamento”. Os produtos vão ser selecionados e armazenados naquele local, sendo encaminhados, no futuro, para a zona afetada pelos incêndios, face às necessidades identificadas no terreno.

    “Somos um concelho relativamente pequeno e não estávamos a ter capacidade para armazenamento, nem para a triagem desses bens”, notou. “A alimentação e a ração para animais podem continuar a ser enviados para cá”, bem como pequenas quantias transportadas em veículos ligeiros. O restante pode ser enviado diretamente para o regimento, em Leiria, esclareceu.

    Lusa

  • Número de casas afetadas foi atualizado: são 90

    O número de casas fortemente afetadas pelo incêndio que afetou Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos subiu para 90, disse este sábado, ao final do dia, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande.

    O incêndio que deflagrou há uma semana, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos. O fogo atingiu também os concelhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, e chegou aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas foi dado como dominado na quarta-feira à tarde.

    Noventa casas de habitação e 26 empresas, que representam 273 postos de trabalho, foram afetadas pelo incêndio que começou no dia 17 em Pedrógão Grande, disse à agência Lusa o presidente daquele município, Valdemar Alves.

    Este sábado, ao final da manhã, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, tinha falado em 63 habitações “profundamente afetadas” na sequência do incêndio e 25 unidades empresariais, com base em dados recolhidos até sexta-feira à noite. Em declarações à agência Lusa, o autarca de Pedrógão Grande referiu que, com a nova atualização da informação recolhida nos levantamentos no terreno, passam a ser 90 casas e 26 empresas afetadas, sendo que “o número poderá aumentar”.

    “Agora estamos no terreno e vamos continuar” o levantamento, afirmou. Segundo Valdemar Alves, esta é uma “altura para se repensar a floresta”. “A floresta não deve estar tão sobrecarregada, como estava, de eucaliptos”, notou, sublinhando que, para além de eucaliptos e pinheiros bravos, tem também surgido a acácia, uma espécie invasora – “uma nova praga que anda por aí”.

    Para o presidente da Câmara, com um novo tipo de floresta, onde também deve estar presente o regresso à exploração agrícola, pode surgir “uma nova economia”. “O mais difícil é levantar a moral” e não tanto as casas, sublinhou, mostrando-se confiante em relação o auxílio financeiro aos municípios.

    Dois grandes incêndios, que provocaram a morte a 64 pessoas e ferimentos a mais de 200, deflagraram no dia 17 na região Centro e mobilizaram mais de dois milhares de operacionais. Estes incêndios, que deflagraram nos concelhos de Pedrógão Grande e Góis, consumiram cerca de 53 mil hectares de floresta e obrigaram à evacuação de dezenas de aldeias.

    O fogo que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos. As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas o fogo foi dado como dominado na quarta-feira à tarde. O incêndio que teve início no concelho de Góis, no distrito de Coimbra, atingiu também Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais. Foi extinto este sábado, às 13h00.

    Lusa

  • Todas as vítimas foram identificadas

    O Ministério da Justiça (MJ) anunciou, este sábado, que as 64 vítimas do incêndio de Pedrógão Grande já foram identificadas. Em comunicado publicado na página do Governo, o MJ refere que “o trabalho de identificação da totalidade das 64 vítimas dos incêndios que deflagraram no passado sábado na Região Centro foi concluído”.

    A identificação esteve a cargo do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) “através do recurso à comparação genética”. Foi dessa forma que os técnicos INMLCF conseguiram completar “a identificação das últimas vítimas sinalizadas pela Polícia Judiciária, pelo que foram emitidos os certificados de óbito correspondentes, o que permite a libertação dos corpos”, refere o comunicado.

    Das 64 vítimas motais, 18 foram identificadas “por recurso ao ADN”. Até ao final da tarde de sábado tinham sido levantados 45 corpos. “Todos os demais corpos estão em condições de entrega às famílias”, refere o MJ, concluído que está o processo de identificação e a emissão das respetivas certidões de óbito. “Permanecem acomodados nas instalações de Coimbra todos os corpos ainda não entregues às famílias”, diz o mesmo documento.

    Os trabalhos de identificação começaram na madrugada de dia 19 de junho e só ficou concluída no dia 23. Participaram nesse trabalho a Policia Judiciária, o Instituto Nacional de Medicina Legal e o Instituto dos Registos e do Notariado, através da Conservatória do Registo Civil de Coimbra, acrescenta o MJ, que destaca uma menção aos técnicos que estiveram no terreno durante a última semana: “A conclusão do trabalho de identificação da totalidade das vítimas neste curto período de tempo só foi possível com o excecional empenho e esforço das equipas, que assim procuraram responder ao sofrimento das famílias enlutadas.”

  • Catarina Martins: "É preciso apurar todas as responsabilidades"

    A coordenadora do Bloco de Esquerda defende que é preciso “responsabilizar quem se deve responsabilizar” pelos falhas que venham a ser apuradas no incêndio de Pedrógão Grande. “Este é o momento para agir rapidamente: com segurança, sensatez, apurando o que aconteceu, mas tirando consequências”, sublinhou Catarina Martins, depois de o primeiro-ministro ter pedido novos esclarecimentos à ministra da Administração Interna, na sequência da divulgação do relatório da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Também o Presidente da República defendeu que “é tempo de apurar tudo, sem limites nem medos”.

    No Entroncamento, Catarina Martins defendeu ainda que, “até ao fim do mês” de junho, a Proteção Civil “tem de ser capaz de apresentar um programa de emergência ao país, tirando consequências daquilo que correu mal na tragédia de Pedrógão Grande”. E deixa um alerta: “O verão só está a começar.”

    Sobre o sistema de comunicação partilhado entre as entidades de socorro e segurança, o SIRESP, a coordenadora do BE diz que a rede “nunca devia ter existido assim”. “O Governo de José Sócrates não quis, como o BE exigia na altura, acabar com esta PPP e ter outro modelo”, referiu Catarina Martins, sem referir que foi António Costa, atual primeiro-ministro, quem concretizou a implementação do SIRESP. Agora, a bloquista dia que o sistema “não é solução, nem o modelo financeiro nem o modelo operacional”. A rede de comunicações tem de ser uma “responsabilidade integralmente pública”.

    Catarina Martins destacou ainda o “trabalho incansável” de todas as entidades que estiveram no terreno a combater as chamas, prestar apoio às populações, garantir a segurança e a coordenar os trabalhos. E, ressalva, “não é menos confiança em quem está no terreno dizer que quando algo corre mal é preciso corrigir”.

  • Trezentos escuteiros envolvidos no apoio às populações

    Trezentos escuteiros estão a prestar apoio no norte do distrito de Leiria, região afetada pelo incêndio que começou no dia 17 e que provocou 64 mortos, disse o delegado do departamento de proteção civil do Corpo Nacional de Escutas.

    Os cerca de 300 escuteiros já envolvidos no apoio no terreno são “da região de Coimbra, Castelo Branco e Leiria” e estão a dar apoio em toda a zona afetada no interior norte do distrito de Leiria, disse à agência Lusa, em Pedrógão Grande, o delegado do Departamento Nacional de Proteção Civil e Segurança do Corpo Nacional de Escutas, Rui Proença.

    Segundo o responsável, a resposta por parte dos escuteiros foi “rápida, pronta e organizada”, havendo já equipas formadas para reforçar a operação no terreno. “Temos várias equipas a fazer a recolha, seleção e triagem dos bens entregues”, sendo que, no início do combate às chamas, os escuteiros garantiram “a parte de alimentação e abastecimento de água aos bombeiros, para evitar a deslocação” dos operacionais para fora do teatro de operações, explanou.

    Dois grandes incêndios, que provocaram a morte a 64 pessoas e ferimentos a mais de 200, deflagraram no dia 17 na região Centro, tendo obrigado à mobilização de mais de dois milhares de operacionais.

    Estes incêndios, que deflagraram nos concelhos de Pedrógão Grande e Góis, consumiram cerca de 53 mil hectares de floresta [o equivalente a 53 mil campos de futebol] e obrigaram à evacuação de dezenas de aldeias.

    O fogo que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos. As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas o fogo foi dado como dominado na quarta-feira à tarde.

    O incêndio que teve início no concelho de Góis, no distrito de Coimbra, atingiu também Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais. Foi extinto hoje, às 13:00.

    Lusa

  • Proteção Civil identifica incumprimento da lei na proteção de vias e casas

    A Proteção Civil disse este sábado que não está a ser cumprida a lei relativamente às áreas de proteção para estradas e habitações em Pedrógão Grande, afetado pelo incêndio que começou no dia 17 e que provocou a morte a 64 pessoas.

    “Há falta de cumprimento com as áreas de proteção, quer de vias, quer de habitações”, disse o chefe da Divisão de Verificação e Fiscalização (DVF) na área da segurança contra riscos de incêndios em edifícios da Proteção Civil, Carlos Souto, que já está há vários dias no terreno com uma equipa de três elementos a fazer um levantamento dos fatores que contribuíram para o resultado final do incêndio que afetou o interior norte do distrito de Leiria.

    Questionado pela agência Lusa, Carlos Souto recordou que a lei prevê uma área de proteção de 50 metros à volta das habitações e dez metros no caso de estradas.

    Do relatório que irá apresentar, estará lá a falta de cumprimento dessas medidas preventivas.

    Carlos Souto contou que esteve numa localidade em que encontrou “uma casa branca, impecável, rodeada pelo incêndio”, e que no espaço da habitação “não aconteceu nada” porque o proprietário “teve o cuidado de limpar, cortar, molhar” a área circundante.

    O responsável da DVF da Proteção Civil para a área de segurança contra riscos de incêndios sublinhou também que em “90% dos incêndios que entraram pelos telhados” verificou-se que tal aconteceu porque a estrutura de suporte das telhas “é madeira”.

    Para além da falta de limpeza à volta das estradas e das habitações, faltam também pontos de água que permitam “uma primeira intervenção da população”.

    “Eles querem defender o que é deles. Não têm falta de coragem”, constatou, sublinhando que os meios que usam, nomeadamente baldes de água ou mangueiras com calibre pequeno, são ineficientes.

    Para isso, seria necessário existir, nas aldeias, pontos de água, com dois lances de mangueira e uma agulheta para uma maior eficiência da defesa das habitações.

    Carlos Souto notou ainda que também se verificou “falta de água”.

    “As estações elevatórias deixaram de funcionar”, face ao corte de eletricidade, sublinhou, defendendo que é necessário que estas mesmas estações elevatórias da rede de abastecimento de água tenham “meios alternativos de emergência”, para garantir que as populações têm água para combater o fogo.

    Dois grandes incêndios, que provocaram a morte a 64 pessoas e ferimentos a mais de 200, deflagraram no dia 17 na região Centro, tendo obrigado à mobilização de mais de dois milhares de operacionais.

    Estes incêndios, que deflagraram nos concelhos de Pedrógão Grande e Góis, consumiram cerca de 53 mil hectares de floresta [o equivalente a 53 mil campos de futebol] e obrigaram à evacuação de dezenas de aldeias.

    O fogo que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos.

    As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas o fogo foi dado como dominado na quarta-feira à tarde.

    O incêndio que teve início no concelho de Góis, no distrito de Coimbra, atingiu também Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais. Foi extinto hoje, às 13:00.

    Lusa

  • Bombeiros pedem suspensão da entrega de bens solidários

    O presidente da Associação de Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande apelou hoje para que as pessoas suspendam por “alguns dias” a entrega de ajuda.

    É um sufoco. É muita coisa. São toneladas e toneladas de roupa, de sapatos”, notou o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Carlos David, pedindo à população para suspender por alguns dias a entrega de ajuda.

    Segundo Carlos David, a ajuda recebida no quartel dos bombeiros é “demasiada” para esta fase, sendo que, face à quantidade de apoio recebido, ainda não foi possível organizar a operação.

    “Não estamos a fazer a triagem, a selecionar a roupa, que tem de se catalogar. Quanto mais chega, menos tempo” há para a seleção, frisou, pedindo às pessoas para deixarem os bombeiros organizarem-se.

    “Deixem-nos respirar e organizar. Queremos organizar bem e servir a população, mas temos que ter aqui alguma disciplina. O apoio foi do tamanho do mundo e nós somos pequeninos. Não temos dimensão para isso”, disse à agência Lusa Carlos David.

    De acordo com o presidente da associação de bombeiros, há pequenos armazéns que estão a ser utilizados para armazenar a ajuda recebido, sendo que há instalações em “stand by” para o caso de ser necessário utilizá-las.

    Lusa

  • Comissão de Coordenação: valor-limite de partículas foi excedido no Centro

    A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) confirmou hoje que o valor-limite diário de partículas em suspensão no ar foi excedido na segunda-feira, na região Centro, e que se registou uma avaria que impediu a divulgação.

    “Na Zona Centro Litoral, na Estação da Qualidade do ar de Ervedeira, concelho de Leiria, verificou-se, no passado dia 19 de junho [segunda-feira], duas excedências relativas ao poluente ozono, com valores respetivamente de 187µg/m3 e 195µg/m3, sendo o valor limiar de informação da população de 180µg/m3. A partir do 20 de junho, não se verificaram excedências relativas a este poluente”, revelou.

    Numa nota enviada à agência Lusa, a CCDRC esclarece que a divulgação destas incidências é automática, sendo feita através de ‘email’ para diversas entidades, como os centros de saúde, municípios, escolas ou comunicação social. No entanto, esta divulgação não ocorreu na segunda-feira.

    “No passado dia 19 de junho, a divulgação nesta estação não ocorreu devido a uma avaria na comunicação dos dados”, refere.

    Lusa

  • Pedrógão Grande: 63 habitações profundamente afetadas

    Sessenta e três habitações ficaram profundamente afetadas na sequência do incêndio que começou no dia 17 em Pedrógão Grande e que provocou a morte a 64 pessoas, disse este sábado o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

    Também 29 unidades industriais, que representam 263 postos de trabalho, ficaram afetadas pelas chamas, disse igualmente o governante, realçando que, destas, duas unidades “muito grandes”, com 180 postos de trabalho, poderão mesmo ter de suspender a atividade face aos danos.

    Espera-se que essas duas empresas, uma unidade de ‘pellets’ em Pedrógão Grande e uma serração em Castanheira de Pera, “tenham mais dificuldade em retomar a sua laboração imediata”, sublinhou Pedro Marques, que falava aos jornalistas durante uma visita que hoje realiza a Pedrógão Grande, um dos concelhos atingidos durante a última semana por violentos incêndios.

    Nos outros casos, espera-se que as unidades continuem “a laborar, embora afetadas na sua atividade”, referiu, realçando que todas as pessoas e empresas terão apoio.

    Segundo o membro do executivo, o Governo vai procurar “soluções do ponto de vista dos apoios sociais, do apoio à empresa, aos próprios trabalhadores, para que não haja perda de vínculos” ou de postos de trabalho.

    Lusa

  • Figueiró dos Vinhos apela à suspensão de oferta de roupas

    A Câmara de Figueiró dos Vinhos, um dos concelhos atingidos pelos incêndios da semana passada na zona Centro, apelou esta sábado às populações para suspenderem a entrega de roupa, já que a capacidade de armazenamento está esgotada.

    Numa publicação divulgada na rede social Facebook, a autarquia diz que os donativos de roupa que chegaram até ao momento são para já suficientes para as necessidades sentidas.

    “Figueiró dos Vinhos agradece a solidariedade de todos quantos têm ajudado a população”, lê-se também na nota.

    Lusa

  • Incêndio de Góis foi extinto

    Carlos Tavares, comandante da Proteção Civil, afirmou à SIC este sábado que o incêndio no concelho de Góis foi extinto pelas 13h.

    “Todo o perímetro está consolidado”, acrescentou.

    Apesar de não haver risco de reativação, os meios vão continuar em “vigilância”, referiu ainda Carlos Tavares.

    O comandante adiantou ainda que a demora na extinção do incêndio deveu-se ao facto de quererem assegurar que não voltaria a ocorrer “nenhuma reativação”, sublinhando que o local tem uma demografia “acentuada”, em que é “difícil chegar a determinados pontos”.

  • Governo: Condições legais da limpeza das bermas têm de ser analisadas

    O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou este sábado que as condições legais e operacionais da limpeza das bermas das estradas terão de ser analisadas.

    É um processo que, como tudo o que ocorreu, tem de ser analisado”, disse aos jornalistas o membro do executivo, que realiza hoje uma visita por Pedrógão Grande, um dos concelhos do interior norte do distrito de Leiria fortemente afetados pelo incêndio que começou no dia 17.

    Pedro Marques recordou que a concessionária, a Ascendi, fez uma “ceifa integral até aos três metros” da faixa de combustível próxima à estrada nacional 236-1, entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, onde morreram a maioria dos 64 mortos provocados pelo incêndio.

    “Há muita complexidade no acesso à propriedade privada. Há um conjunto de características que torna mais difícil aquilo que é a limpeza a dez metros, que já é uma limpeza seletiva, que já não implica abate de árvores”, notou o ministro do Planeamento e Infraestruturas.

    No entanto, Pedro Marques referiu que “há muito trabalho a fazer, nomeadamente o acesso a propriedades privadas e a complexidade desse processo”.

    Segundo o ministro, há que apurar “se as condições legais e operacionais que existem são as adequadas em situações como esta”.

    Apesar disso, o membro do executivo socialista frisou que “um fogo daquelas condições não é com três ou dez metros de limpeza” que é travado.

    Aquele fogo foi absolutamente extraordinário, que levou às ocorrências trágicas como as que tivemos naquele troço” da nacional 236-1, realçou.

    Lusa

  • Terras sem dono: aqui não há dragões, mas também não há proprietários

    Ainda existem muitas terras sem dono em Portugal, apesar das várias tentativas de cadastrar o território. A situação complica a limpeza das terras. Não há a quem pedir responsabilidades.

    Terras sem dono: aqui não há dragões, mas também não há proprietários

  • Ministro do Planeamento em Pedrógão Grande para acompanhar equipas no terreno

    O ministro do Planeamento, Pedro Marques, está em Pedrógão Grande a acompanhar as equipas multidisciplinares que estão no terreno a fazer um levantamento e a avaliar os prejuízos causados pelo incêndio.

    O Governo já tinha avançado que, até ao final da semana, iria finalizar o levantamento dos prejuízos dos incêndios e avançaria com as medidas concretas a adotar no terreno.

    Pedro Marques adiantou que as equipas estão no terreno desde quarta-feira e que “a área da recuperação das infraestruturas está mais adiantada”. Mas há muito trabalho pela frente, como “recuperar a habitação das pessoas”, “garantir condições de alojamento”, “a recuperação de infraestruturas municipais” e “a salvaguarda dos postos de trabalho nas empresas”.

    No final da visita deste sábado, o ministro irá fazer um ponto de situação para “transmitir os dados provisórios” do que já se encontrou no terreno.

  • Instituto de Conservação da Natureza mantém dispositivo programado para incêndios

    O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) vai manter o planeamento para a época de incêndios, após os grandes fogos na última semana na região centro do país, disse a entidade à Lusa.

    Esse planeamento tem por base os recursos disponíveis e os vários cenários de risco, incluindo o máximo, pelo que não está previsto alterar o programado, não obstante possam ocorrer ajustamentos ao longo do período crítico”, afirmou o ICNF, questionado acerca da possibilidade de reforçar meios devido à dimensão de incêndios que já ocorreram.

    O ICNF participa no dispositivo de combate aos incêndios florestais com vários meios, como 53 equipas de assistentes operacionais e vigilantes e 255 equipas de sapadores florestais, com 1.275 profissionais.

    A entidade, tutelada pelos ministérios do Ambiente e da Agricultura, integra o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF), com “53 equipas de assistentes operacionais e de vigilantes da natureza, num total de 167 elementos e 47 viaturas”, refere o ICNF, em resposta a questões da agência Lusa.

    O objetivo daqueles meios é a gestão, defesa e salvaguarda do património florestal, vigilância e primeira intervenção em áreas tuteladas pelo ICNF e pela Rede Nacional de Áreas Protegidas.

    Da lista de meios afetos à DECIF constam também 255 equipas de sapadores Florestais, num total de 1.275 sapadores e 255 viaturas, pertencentes a câmaras municipais, organizações de produtores florestais, organizações de baldios.

    Aqueles, explica, no exercício do serviço público definido pelo ICNF e financiado pelo Fundo Florestal Permanente, realizam ações de vigilância, de primeira intervenção em incêndios nascentes e prestam apoio ao rescaldo e vigilância após incêndio.

    O ICNF refere também a participação direta de 18 técnicos coordenadores da prevenção estrutural a nível de distrito.

    Fora do DECIF, o instituto afeta os técnicos e as equipas de assistentes operacionais e de vigilantes da natureza à prevenção e vigilância, “em função do índice de perigo”, aponta ainda a entidade.

    O planeamento e programação das ações e meios que o ICNF direciona para a defesa da floresta contra incêndios realiza-se no início de cada ano, em articulação com as restantes entidades responsáveis pelo Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

    Lusa

  • Ministério da Agricultura vai ajudar no levantamento de prejuízos

    Técnicos do Ministério da Agricultura deslocam-se na segunda-feira e na terça-feira a Pedrógão Grande para colaborarem no preenchimento da ficha de levantamento dos prejuízos de incêndios em explorações agrícolas e pecuárias, foi este sábado anunciado.

    Em edital divulgado este sábado à população e que a agência Lusa consultou, a Junta de Freguesia de Pedrógão Grande liderada por Pedro Nunes explica que estes técnicos estarão nos serviços administrativos da Junta e também na zona agrária, nas instalações da antiga escola C+S, no Largo da Devesa, a partir das 09h30, naqueles dois dias.

    Nestes prejuízos, ainda de acordo com a junta, poderão estar contemplados tratores, motocultivadores, alfaias agrícolas, animais (bovinos, caprinos, suínos, aves, entre outros), culturas, armazéns agrícolas e outros utensílios.

    Todos os lesados poderão também preencher a referida ficha no site do Ministério da Agricultura.

    Os residentes e não residentes na freguesia podem aceder a estes serviços deslocalizados do Governo.

    Lusa

  • 39 concelhos de sete distritos do país em risco máximo de incêndio

    Trinta e nove concelhos de sete distritos de Portugal continental apresentam este sábado risco ‘máximo’ de incêndio, segundo informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

    De acordo com a informação disponível do site do Instituto, estão sob risco máximo de incêndio vários concelhos dos distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Leiria, Portalegre e Faro.

    No distrito de Leiria, onde há uma semana um fogo que deflagrou em Pedrógão Grande, o IPMA coloca este sábado o concelho de Alvaiázere como estando em risco máximo de incêndio.

    O IPMA colocou também em risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de incêndio vários concelhos dos 18 distritos de Portugal continental.

    Lusa

  • Uma semana depois do início do fogo em Pedrógão Grande

    Bom dia,

    Faz hoje uma semana desde o início do fogo em Pedrógão Grande, que fez 64 mortos e 254 feridos.

    Todas as vítimas mortais já foram identificadas, avançou o Ministério da Justiça esta sexta-feira. 45 corpos já foram levantados pelas famílias. Os corpos das outras vítimas já podem ser levantados pelos familiares.

    O fogo em Pedrógão Grande (distrito de Leiria) foi dado como dominado na quarta-feira. No dia seguinte, o incêndio no concelho em Góis (distrito de Coimbra) — que não fez vítimas mortais — foi dado como dominado. Os dois incêndios consumiram cerca de 50 mil hectares de floresta, o que equivale a 50 mil campos de futebol.

    Em resposta às perguntas colocadas por António Costa, o presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Joaquim Leitão, assumiu falhas na rede SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), entre sábado e terça-feira, durante o combate ao incêndio de Pedrógão Grande, mas alegou que foram supridas por “comunicações de redundância”.

    Tendo em conta a resposta da Proteção Civil, ainda na sexta-feira, o primeiro-ministro assinou um despacho a pedir à ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, um “cabal esclarecimento” sobre as falhas no SIRESP.

    Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações ao Expresso, afirmou que “é tempo de, sem limites ou medos, se apurar o que, estrutural ou conjunturalmente, possa ter causado ou influenciado, quer o sucedido quer a resposta dada” no incêndio em Pedrógão Grande, “agora, que a fase do combate parece estar a chegar ao seu termo, e que os passos para a reconstrução já começaram”.

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