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As principais ideias do discurso de Juncker
Está encerrado o debate sobre o estado da União que se seguiu a um discurso em que Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, fez um balanço de mais de meio mandato e lançou algumas ideias para futuro.
O Observador deixa-lhe um resumo em jeito de despedida:
- Uma união monetária composta por todos os membros da união política
- Um serviço de informações e uma procuradoria europeus e uma união da Defesa até 2020
- Um presidente único aos comandos da União
- Listas transnacionais para candidatos ao Parlamento Europeu
- Acordos comerciais concluídos até ao final do seu mandato
- A criação de uma agência europeia de cibersegurança
- Um ministro das Finanças e da Economia europeu
Em breve poderá ler um texto mais alargado sobre as várias ideias que Juncker lançou para cima da mesa (e quais as posições dos principais grupos europeus a respeito das mesmas).
Obrigado por ter acompanhado a nossa cobertura do debate sobre o Estado da União.
Boa tarde.
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Em reação ao discurso de Juncker, o comissário europeu Carlos Moedas considerou que o presidente da Comissão “fez uma análise clara”. À TSF, Moedas considerou que a ideia de unir os presidentes da Comissão e do Conselho Europeu numa única figura, aberta a candidaturas, “foi de um concreto extraordinário”, uma proposta “de uma grande coragem”.
Para o comissário para a Investigação, Ciência e Inovação encontra no discurso sobre o estado da União uma mensagem de “esperança”, ao dizer: “Queremos uma Europa que seja, de certa forma, uma Europa mais justa, menos ingénua naquilo que faz”, recordou Moeda à TSF.
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Portugal fora da União?
Uma das passagens do discurso de mais de uma hora de Juncker já está a dar que falar. Ao defender a igualdade entre os Estados da União, o presidente da Comissão Europeia disse:
Não se iludam, a Europa estende-se de Vigo a Varna. De Espanha à Bulgária”.
E Portugal? Essa ideia não passou despercebida à eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias, que no twitter se questionou-se sobre isso significaria uma espécie de Portugalexit imposto pela própria Comissão Europeia.
"A Europa vai desde Espanha até à Bulgária" ???? #Juncker no estado da União. Ja assumiu que estamos de fora? #SOTEU pic.twitter.com/fhshK3h6R0
— Marisa Matias (@mmatias_) September 13, 2017
A intenção seria pintar uma imagem dos extremos geográficos da União Europeia, mas saiu claramente ao lado, de um lado e do outro. Nem Vigo é o extremo ocidental da Europa — esse título cabe aos Açores — e, do lado oposto, um eventual título de “extremo oriental da Europa” caberia, possivelmente, a uma pequena terra finlandesa chamada Hattuvaara. Pelo menos até (e se) a Turquia entrar para o grupo.
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Últimas notas a fechar o debate sobre o estado da União.
Os Verdes, por Le Lambert, concluem dizendo que, “no Reno Unido, há torres que continuam a pegar fogo” porque não se regulamenta a utilização de determinados produtos.
O italiano Gianni Pittella, líder dos Socialistas e Democratas Europeus (S&D), sublinha que “há forças na Europa e neste Parlamento que trabalham para que a Europa não funcione para continuar a recolher votos nos seus países e isso é o contrario do que queremos”. Depois, assinala as limitações que o Parlamento Europeu tem para avançar com legislação: “Digam-me que Parlamento no mundo não pode fazer propostas legislativas?”. Quanto ao presidente único: “Temos de garantir a investidura popular”, defendem os Socialistas & Democratas europeus.
Manfred Weber, presidente do Partido Popular Europeu (PPE), diz que a primeira preocupação dos responsáveis europeus deve recair sobre “os milhões de jovens europeus que nao têm emprego”. A esses, defende, não se pode dizer que a Europa vai abrir as portas à imigração ilegal.
Depois de um dos deputados já ter feito menção ao desafio de Juncker, o presidente da maior família europeia deixa claro: “O PPE não é a favor de listas transnacionais de deputados porque não estamos convencidos da argumentação principal”, diz Weber. Se é certo que “o Parlamento Europeu é mais do que 27 eleitorados nacionais”, não é será menos verdade que “a larga maioria” dos eurodeputados “mostra claramente que não somos apenas deputados nacionais e que fazemos o melhor pelo interesse de todos nós”.
Sobre a união social, Weber dirige-se diretamente a Pittella: “Permitam a ideia de que outros grupos também defendem a união social, que ela não é apenas defendida pelos socialistas, é de todos nós”.
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A "ciática" obriga Juncker a resposta rápida
O presidente da Comissão responde às questões e comentários dos parlamentares. “Tenho uma ciática muito dolorosa”, admite Juncker para desculpar-se por não poder responder “em muito pormenor”. Pede “esforços” do Parlamento Europeu para a legislação de matérias de âmbito social; remete para a carta de intenções a descrição, mais alongada, das intenções da Comissão para o próximo ano.
E fica-se por aqui.
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Juncker volta a tomar a palavra, depois das intervenções de dezenas de deputados ao Parlamento Europeu.
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Um apontamento sobre a indumentária de Gianni Pittella pelos gestores da página espanhola do Parlamento Europeu.
Most interesting element of the #SOTEU: the European Parliament Twitter account analyzing the fashion choices of its members #SOTEU2017 pic.twitter.com/QpzCjG9Wst
— Thomas Jacobs (@TPA_Jacobs) September 13, 2017
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Paulo Rangel propõe Proteção Civil Europeia
Paulo Rangel destaca discurso de Juncker que “dá novo impulso” aos responsáveis europeus.
Social-democrata fala nos “incêndios com consequências trágicas” que este ano voltaram a atingir Portugal e de outras tragédias que assolaram vários Estados europeus para propor a criação de uma Proteção Civil europeia.
Um organismo que “poderia, em poucas horas, deslocar-se para o local dos desastres e ajudar as autoridades nacionais” no combate ao fogos, resposta a cheias, terramotos e outras calamidades. Uma proposta, assume Rangel, que “poderia ser embrião de umas Forças Armadas europeias”.
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A curta intervenção de Farage. O político britânico, rosto do Brexit, resume numa frase a leitura que faz do discurso de Juncker: “Tudo o que posso dizer é: graças a Deus que estamos de saída.”
https://twitter.com/NewshubIreland/status/907893381858283520
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Um exercício sempre interessante: comparar as intervenções (2016 à esquerda e 2017 à direita) de Juncker do ponto de vista das palavras-chave usadas pelo presidente da Comissão Europeia.
Compare @JunckerEU 's top 100 words in last year's (left) and this year's (right) #SOTEU address. pic.twitter.com/PDzw2GAG2z
— Mario Munta (@MarioMunta) September 13, 2017
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A carta de intenções do presidente da Comissão
E a carta de intenções que seguiu para os vários responsáveis europeus antes do discurso e do debate sobre o estado da União’17
????????#FutureofEurope Roadmap Read @JunckerEU's letter to @EP_President @eucopresident & 4 @eucouncil presidencies #SOTEU #EU60 ???????????????????????????????? pic.twitter.com/jVrbOHJhQq
— EUCommissionScotland (@EUCommScotland) September 13, 2017
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O roteiro que Jean-Claude Juncker enviou a Antonio Tajani e Donald Tusk em nome de uma Europa “mais unida, forte e democrática”, tendo como momento final as eleições europeias de junho de 2019:
#SOTEU Plan za budućnost Europe @JunckerEU.a @EP_President @eucopresident & 4 predjed. @eucouncil = https://t.co/ITZE3mlyBz #FutureOfEurope pic.twitter.com/jaYUXMTZQM
— Europska komisija u Hrvatskoj (@EK_Hrvatska) September 13, 2017
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Rina Ronja Kari diz que os jovens “vêem uma União Europeia que não resolve os seus problemas”. União com um presidente é “arrogância, diz a deputada da Esquerda Unitária.
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Sucedem-se as intervenções de um minuto de eurodeputados dos vários grupos do Parlamento Europeu.
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Juncker “discursou durante uma hora para construir castelos na areia”, acusa o alemão Bernd Lucke, alemão dos Conservadores e Reformistas Europeus.
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Europa é uma "máquina de desigualdades", diz Maria João Rodrigues
Maria João Rodrigues (PS) fala em inglês. “Queremos uma União Europeia como uma grande entidade democrática que apoie o nosso estilo de vida”. A socialista, que tem trabalho do Pilar Social Europeu, considera que é necessário “um novo orçamento da UE, virado para o futuro” e a garantia de que “as empresas pagam os seus impostos”.
No plano social: “Queremos que todos os que trabalham possam dispor de contrato de trabalho e proteção social”. E alerta para a ideia de que “a Europa continua a ser uma máquina de desigualdades”.
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Daniel Caspary (Partido Popular Europeu) defende a proteção das empresas europeias contra os “investimentos agressivos” vindos de fora. Sobre as listas transnacionais, o alemão diz que o PPE “vai ser contra estas listas”.
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Há dois portugueses inscritos para intervir no debate sobre o estado da União: Maria João Rodrigues (PS) e Paulo Rangel (PSD). A socialista está prestes a intervir.
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O discurso de Juncker em inglês
O discurso de Juncker no Parlamento Europeu pode ser consultado neste link, ainda em inglês (versão em português deverá ser disponibilizado mais tarde).
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“Há milhões de africanos e árabes que estão a chegar ao nosso continente e terroristas também”, defende o austríaco enquanto Juncker vai cumprimentando alguns eurodeputados presentes no plenário.