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  • E agora Catalunha? 4 pistas para entender o futuro

    Os resultados de hoje deixam mais dúvidas do que certezas. O João de Almeida Dias, enviado do Observador à Catalunha, faz a análise e deixa quatro pistas para entender o futuro da região. E é com esta sugestão de leitura que fechamos a noite. Muito obrigado por ter acompanhado mais este dia decisivo para o futuro da Catalunha, de Espanha e da União Europeia com o Observador.

    E agora, Catalunha? 4 pistas para entender o futuro

  • Os editoriais dos jornais espanhóis sobre as eleições de hoje

    Os editoriais de amanhã dos jornais espanhóis trazem visões muito distintas do que se passou hoje na Catalunha. A Cátia Bruno já os leu e faz um resumo aqui:

    “Independentistas nos braços da CUP”, “o descalabro de Rajoy” e “eleições gerais, já”. O que dizem os jornais espanhóis

  • As eleições catalãs na imprensa internacional

    À medida que chegamos ao final da noite eleitoral, vale a pena passar os olhos pelo que a imprensa internacional diz do que se passou hoje na Catalunha:

    “O choque independentista”. As reações internacionais às eleições na Catalunha

  • A presidente da comunidade de Madrid e do Partido Popular de Madrid, Cristina Cifuentes, enviou desde a capital a sua solidariedade para com o PP catalão. “Todo o nosso apoio para que continuem a defender a unidade e o regresso da Catalunha à lei e ao sentido comum”, escreveu Cifuentes.

  • "Adeus, 155"

    “Adeus, 155”, escreve o Juntos pela Catalunha, coligação liderada por Carles Puigdemont, no Twitter. De recordar que o artigo 155 da Constituição espanhola foi ativado por Mariano Rajoy em outubro, como resposta à declaração unilateral de independência que se seguiu ao referendo de 1 de outubro. O parlamento e executivo regionais foram dissolvidos e a administração central assumiu o controlo da Generalitat. Muitos líderes catalães foram detidos, acusados de crimes de sedição, e continuam a aguardar julgamento.

  • Puigdemont no Twitter: "A receita que Rajoy vendeu na Europa falhou"

    Carles Puigdemont deixou, no Twitter, um dos destaques do seu discurso de hoje: “A República Catalã derrotou a monarquia do 155. Agora precisamos de uma retificação, uma reparação e uma restituição. A receita que Rajoy vendeu na Europa falhou. Que tomem nota”.

  • Guy Verhofstadt: "O maior desafio permanece"

    O presidente da Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa (ALDE), grupo político europeu de que o Ciudadanos faz parte, Guy Verhofstadt, já parabenizou Inés Arrimadas e os Ciudadanos, “que se tornou no maior partido na Catalunha”. Verhofstadt sublinha, contudo, que “o maior desafio permanece: encontrar uma forma comum para curar a sociedade catalã”. “A generosidade de todos tem de prevalecer agora”, remata.

  • Memes: zero graus na sede dos Ciudadanos

    A noite eleitoral catalã não passou ao lado das redes sociais. Vale a pena passar os olhos pelas melhores piadas que passaram pela Internet durante esta noite decisiva na Catalunha:

    Memes. Sede dos Ciudadanos não passa dos zero graus

  • Carme Forcadell: catalães escolheram "liberdade, democracia e dignidade"

    “Entre o [artigo] 155 e a repressão ou a liberdade e a dignidade, os catalães e as catalãs tornaram a escolher a liberdade, a democracia e a dignidade com uma participação recorde”, escreveu no Twitter a ex-presidente do parlamento catalão, Carme Forcadell, que está acusada de sedição e chegou a ser detida depois da aplicação do artigo 155.

  • Independentistas com mais de metade dos deputados mas sem a maioria dos votos

    Analisando os resultados já praticamente consolidados (estão contados 99,55% dos votos) há um facto que salta à vista: os três partidos que formam o bloco independentista (Juntos pela Catalunha, ERC e CUP) conseguem somar 70 deputados. Ou seja, mais de metade dos 135 assentos que compõem o parlamento catalão. Os independentistas ficam assim com a maioria absoluta e podem juntar-se para formar governo. Contudo, este resultado não corresponde a uma maioria dos votos.

    Pelo contrário: pelos números oficiais disponíveis, esses três partidos somam 47,52% dos votos.

    É esta matemática que leva Inés Arrimadas, a líder do Ciudadanos, a considerar que a lei eleitoral catalã é “injusta” pois “dá aos independentistas uma maioria em deputados que não têm nos votos, nas ruas”.

  • Carles Puigdemont durante o discurso no centro de convenções de Bruxelas.

    (JOHN THYS/AFP/Getty Images)

  • "A República Catalã ganhou à Monarquia do 155", declarou Carles Puigdemont em Bruxelas

    Puigdemont é o último a falar nesta noite eleitoral, a partir de Bruxelas, recebido com gritos de “Presidente, Presidente!”

    “A República Catalã ganhou à Monarquia do 155”, começou por dizer o líder do Juntos Pela Catalunha. “Entendem bem isto. Tomem nota”, aconselhou. “O Estado espanhol saiu derrotado e Rajoy recebeu uma bofetada dos catalães.”

    “Com os resultados em mão, a situação exige uma retificação, uma reparação e uma restituição.” Puigdemont pede a “restituição do Governo legítimo” e a libertação dos “presos políticos”e que estes “regressem ao Palácio da Generalitat”.

    “Houve eleições preparadas para que ganhasse o unionismo e apenas conseguiram uma redistribuição que prova que a maioria do independentismo continua intacta”, acrescentou. “Há 78 deputados a favor de um referendo, contra apenas 57”, disse, somando os deputados do Podemos aos independentistas.

    O líder do Juntos Pela Catalunha fez um discurso recheado de avisos à Europa. “A receita de Rajoy não funciona”, disse, dirigindo-se aos líderes da UE. “Nós temos receitas que funcionam, que têm em conta a opinião das pessoas”, acrescentou mais tarde, referindo-se aos independentistas.

    Mas Puigdemont também impôs condições ao Estado espanhol, exigindo a libertação dos presos como Oriol Junqueras, e pediu “negociação política”. “Faça política, senhor Rajoy”, disse.

  • Inés Arrimadas celebrou a vitória junto a Albert Rivera, líder do Ciudadanos.

    (JOSEP LAGO/AFP/Getty Images)

  • Albert Rivera: "Arrimadas deveria ser a presidente da Catalunha"

    Albert Rivera, líder nacional do Ciudadanos, também está em Barcelona e discursou. “Inés Arrimadas é uma grande política e uma grande pessoa, que deveria ser — e deve ser — a presidente da Catalunha”, disse.

    Numa referência aos resultados dos outros partidos nacionais (PSC, Podemos e PP), Rivera destacou que o Ciudadanos foi o partido com representação nacional que conseguiu mais votos. “Não podemos fazer mais”, acrescentou.

    “Espanha tem de derrotar o nacionalismo nas urnas, como nós fizemos”, disse o líder do partido. “A vitória de hoje não é do Ciudadanos, é da Catalunha, de uma Espanha unida e da Europa.”

  • Inés Arrimadas faz discurso de vitória: "Os partidos nacionalistas nunca mais poderão falar em nome da Catalunha"

    Mesmo que saiba a pouco, a vitória da noite é do Ciudadanos e de Inés Arrimadas. “Os partidos nacionalistas nunca mais poderão falar em nome da Catalunha, porque a Catalunha somos todos”, atirou Arrimadas, entre gritos de “presidenta!” e “eu sou espanhol!” dos muitos apoiantes que assistiram esta noite ao discurso de vitória.

    “Hoje, um em cada quatro catalães confiaram neste partido”, afirmou a cabeça de lista, recordando a história do partido, que nasceu há 11 anos. “Disseram-nos que não iríamos repetir o milagre, depois disseram-nos que iríamos desaparecer. Hoje podemos dizer que somos os vencedores das eleições na Catalunha. Sempre nos disseram que era impossível, mas acabámos por conseguir”, disse.

    “A maioria social da Catalunha sente-se catalã, sente-se espanhola e sente-se europeia, e vai continuar a sentir”, afirmou ainda a candidata do Ciudadanos, que sublinhou que a vitória do partido “torna mais visível que a situação política não é como a tentam vender”. “A Catalunha é diversa, plural”, rematou.

  • ERC: "Senhor Rajoy, retire o Artigo 155, liberta os presos políticos e sente-se à mesa de negociações"

    Acaba de falar Marta Rovira, número dois da ERC e principal cara da campanha do partido independentista, uma vez que o número um, Oriol Junqueras, está preso.

    “Esta noite, o independentismo voltou a ganhar as eleições e quem as perdeu foi o senhor Mariano Rajoy”, disse Marta Rovira, que lançou um desafio ao Presidente de Governo: “Senhor Mariano Rajoy, retire o Artigo 155, liberte os presos políticos e sente-se a uma mesa de negociações como sempre lhe pedimos”.

    “Fará o favor de se sentar à mesa de negociações como tantas vezes lhe pedimos? Vai respeitar o jogo democrático?”, lançou a Mariano Rajoy.

    Marta Rovira sublinhou que o independentismo venceu “apesar da repressão policial, apesar da pressão judicial”.

    O discurso de Marta Roviera terminou com um “viva a república” e “viva Oriol Junqueras, que certamente nos está a ver”.

    senhor mariano rajoy retire o artigo 155, liver os presoso pol´tiicos e sente-se a uma mesa de negociaç~eos como sempre lhe pedimos

  • CUP: "Estes quatro lugares são de ouro"

    A formação independentista de extrema-esquerda CUP deu um grande tombo no seu número de deputados e o seu candidato principal, Carles Riera, assumiu que este não era um bom resultado para o partido.

    No entanto, clarificou que os membros da CUP estão “orgulhosos” dos seus quatro lugares no parlamento. “São quatro lugares de ouro, servem para continuar a termoas a chave e são determinantes”, disse, referindo-se a um acordo de governação. Tal como em 2015, os independentistas necessitam da CUP para ter maioria parlamentar.

  • Já estão contados 97,86% dos votos e consolida-se a maioria absoluta dos independentistas, mesmo com a vitória do Ciudadanos como primeira força política do parlamento.

  • "Estes não eram os resultados que esperávamos". Coligação do Podemos desiludida com eleição de 8 deputados

    O líder da coligação CatComú-Podem, que junta os Comuns e o Podemos, Xavier Domènech, admitiu que “estes não eram os resultados que esperávamos” e que os números terão de “levar a uma reflexão” sobre o trabalho “deste conjunto de forças progressistas e de esquerda”.

    “Vimos como se mobilizaram aquelas partes do país que tradicionalmente foram negligenciadas pelas políticas da Generalitat nos anos recentes foram massivamente mobilizados”, disse Domènech.

    Os resultados provisórios dão oito deputados a esta coligação, com 7,41% dos votos. Em 2015, o Podemos tinha concorrido com a coligação “Cat Sí que es Pot” e eleito 11 deputados.

  • "Um resultado excepcional para umas eleições excepcionais", diz o Juntos Pela Catalunha de Puigdemont

    Foi num ambiente de euforia que Elsa Artadi decretou o fim do Artigo 155. “Hoje, o 155 perdeu. Hoje, o 155 acabou nas urnas”, disse, depois de ter arrancado o discurso dizendo que este é “um resultado excecional para umas eleições excecionais”. “Puigdemont: 34; Rajoy: 4. Independência: 70; 155: 57”, disse.

    Eduard Pujol decretou a derrota de Rajoy e decretou que esta era uma questão de dignidade. “É a hora de restituição de um Governo legítimo”, disse.

    O Juntos Pela Catalunha partiu nas sondagens como terceiro partido mais votado — atrás dos antigos parceiros de coligação da ERC –, mas a força política de Puigdemont termina esta noite eleitoral como segundo partido mais votado (atrás do Ciudadanos) e a primeira força independentista. Puigdemont poderá ainda falar esta noite, a partir de Bruxelas.

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