A peça “O Olhar Inabitado das Manhãs” vai estar em cena no Palmário do Jardim Botânico de Lisboa, entre 17 e 19 de julho. Com inspiração da vida e na obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, até o local, em comunhão com a natureza, foi cuidadosamente escolhido.

“Quis pôr a Sophia no meio da natureza porque é disso que ela fala maravilhosamente e achei que o sítio ideal seria o Jardim Botânico”, contou ao Observador Daniel Gorjão, diretor artístico da peça “O Olhar Inabitado das Manhãs”. O espaço contamina imenso o espetáculo. Não sabemos, por exemplo, se os pássaros vão cantar”.

A peça do Teatro do Vão conta com texto de Cátia Terrinca, a partir do universo de Sophia de Mello Breyner, que a 30 de junho foi trasladada para o Panteão Nacional.

“A inspiração partiu mais da Sophia e do seu universo, não só enquanto poetisa, mas naquilo que ela transmite nas fotografias, nos documentários, naquilo que deixou escrito como as cartas para Jorge de Sena. Foi a partir disso que pedi um texto à Cátia”, explicou Daniel Gorjão. O facto de terem passado recentemente 10 anos sobre a sua morte e a própria entrada para o Panteão foi “uma feliz coincidência que permitiu homenagear a poetisa”.

“O Olhar Inabitado das Manhãs”, monólogo interpretado por Sara Carinhas, pode ser visto quinta, sexta e sábado às 21h, com os bilhetes a custarem seis euros. Depois da exibição no Palmário do Jardim Botânico, Daniel admite querer levar a peça para outros palcos e outros sítios onde o texto se enquadre, “mas ainda não está nada fechado”.

 

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