O Apple Watch e o Samsung Galaxy Gear Watch estão prestes a ganhar um concorrente de peso. A revista americana Forbes adiantou que a Microsoft pretende lançar nas próximas semanas o seu smartwatch de olho nas compras do Natal. Assim como os modelos das outras marcas, vai monitorar a frequência cardíaca do utilizador e integrar-se com diferentes dispositivos móveis. O diferencial competitivo, entretanto, estará na duração da bateria: o aparelho poderá passar dois dias de uso contínuo sem necessidade de carregamento, um a mais do que o Galaxy Gear e o Apple Watch.

Segundo a Forbes, a Microsoft estaria a trabalhar no seu primeiro wearable desde 2012, quando planeava lançar um acessório para a prática de atividade física a ser integrado com o Kinect, leitor de movimento utilizado na consola Xbox. Em março deste ano, a empresa teria gasto cerca de 117 milhões de euros na compra de patentes relacionadas a auscultadores e a um dispositivo semelhante a um relógio, ambos desenvolvidos pela Design Group Osterhout. A última ação ocorreu em maio, quando a equipa responsável pelo Kinect teria começado a adaptar a tecnologia de engenharia ótica do seu dispositivo para a produção do relógio inteligente.

A transversalidade entre plataformas é uma das apostas do smartwatch da Microsoft. Satya Nadella, diretor executivo da Microsoft, já havia afirmado que a empresa apostaria na integração dos produtos com todos os dispositivos, incluindo de outras empresas. É o caso recente do lançamento do Microsoft Office para iPad em março, um passo à frente em relação à política de exclusividade do antigo líder executivo da empresa, Steve Ballmer. A decisão também é estratégica: enquanto o Apple Watch funciona apenas em dispositivos com o sistema operativo iOS, o relógio inteligente da Microsoft poderá alcançar um mercado maior.

Sobre a duração da bateria, a empresa espera satisfazer uma das principais queixas em relação aos smartphones e marcar a diferença sobre os seus concorrentes, beneficiando da experiência no desenvolvimento de software que aumenta a eficiência de outros programas e dispositivos. Tim Cook, diretor executivo da Apple, já reconheceu que o Apple Watch necessita de uma recarga diária; já o modelo Moto 360 da Morotola tem uma atividade média de 24 horas segundo diversos registos de utilizadores. Tecnologias wearable como o relógio Pebble e a pulseira para monitoração cardíaca Jawbone já superaram o desfio da durabilidade da bateria, mas nenhuma delas possui um ecrã colorido – e aí estaria a principal vantagem competitiva do relógio inteligente da Microsoft.

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Ainda não há previsão para a data de lançamento, preço e até mesmo nome do dispositivo. Entretanto, com um mercado que moverá cerca de 5,7 mil milhões de euros em 2015 e com a eminente chegada do Natal, espera-se que os consumidores ganhem outra opção para a lista de compras.

E como imagina o smartwatch da Microsoft?