A Google anunciou nesta terça-feira que está a trabalhar no desenvolvimento de nanopartículas que possibilitem o diagnóstico precoce de cancro, ataques de coração e outras doenças, através de identificação de alterações bioquímicas no corpo que deem sinais de alerta. A empresa, com sede em Mountain View (Califórnia), admitiu que as nanopartículas, a serem ingeridas através de uma cápsula, possam transmitir informação sobre células doentes para um computador equipado com sensores.

O gigante tecnológico recordou hoje, em comunicado, que as taxas de sobrevivência do cancro dependem em grande medida do diagnóstico precoce e lamentou que, em muitos casos, como nos tumores do pâncreas, esses diagnósticos avançados não estejam disponíveis.

A GoogleX, o departamento da Google que desenvolve automóveis auto dirigíveis, óculos inteligentes e balões para levar internet a comunidades remotas trabalha também no projeto das nanopartículas. “GoogleX está a explorar se partículas diminutas (nanopartículas) no fluxo sanguíneo e um dispositivo equipado com sensores especiais que podem ajudar os médicos a detetar a doença quando ela começa a se desenvolver no corpo”, referiu a empresa.

Todavia, o projeto está na sua fase inicial e os especialistas calculam que podem ser necessários cinco a sete anos para que se complete. Ainda assim, a Google acredita que a tecnologia poderá ter muitos potenciais usos.

A empresa explicou ainda que pode ser possível desenvolver um teste para detetar enzimas geradas por placas nas artérias que estejam prestes a explodir e a causar um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. As nanopartículas identificariam as células malignas e transmitiriam informação para dispositivos. A Google destacou que tecnologias desenvolvidas nos últimos anos como sensores diminutos e poderosos microscópios aumentaram a esperança de novos sistemas de diagnóstico.

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