A Apple tem várias centenas de trabalhadores a trabalhar num projeto secreto, chamado “Titan“, que poderá ser a próxima grande aposta da empresa norte-americana e, quem sabe, a próxima revolução de uma classe de produtos. Trata-se de um carro elétrico que, segundo a Reuters, terá a capacidade de se conduzir a si próprio, dispensado um condutor humano.

O The Wall Street Journal escreve este sábado que o conceito inicial daquele que poderá ser o primeiro carro da Apple a circular nas ruas é de um monovolume, alimentado a energia elétrica e, segundo a Reuters, irá conduzir-se de forma automática, dispensando um condutor humano.

Os rumores de que a Apple irá apostar num carro elétrico não são de agora, mas esta intenção da “gigante” norte-americana tornou-se mais clara nas últimas semanas. Segundo o The Wall Street Journal, o projeto está a ser liderado por Steve Zadesky, um antigo engenheiro da Ford Motor que a Apple contratou há alguns anos. Este engenheiro terá autorização para contratar até mil pessoas para a sua equipa, incluindo ir buscar funcionários a outras áreas da empresa. A Apple contratou em setembro Johann Jungwirth, que foi presidente das operações de pesquisa e desenvolvimento da Mercedes-Benz na América do Norte.

A Apple estará, assim, interessada em concorrer com a Tesla Motors, do carismático milionário Elon Musk, na produção de automóveis elétricos e com tecnologia de ponta. O que continua a gerar dúvidas entre os analistas é que a indústria automóvel geralmente utiliza instalações próprias para produzir e montar os automóveis, ao passo que a Apple tem por tradição contratar fornecedores e empresas externas para produzir os componentes e montar os equipamentos.

O The Wall Street Journal adianta que vários executivos da Apple voaram até à Áustria para se encontrar com produtores de automóveis de alta gama, como a Magna Steyr, uma unidade da Magna International. Ainda assim, uma fonte com conhecimento do processo disse à Reuters que “eles [a Apple] não parecem querer muita ajuda por parte das marcas existentes neste setor”.

A mesma fonte garantiu, contudo, à agência noticiosa, que os planos passarão, certamente, por um automóvel que dispensa o condutor humano, pelo menos numa fase mais adiantada. “A automatização completa nos transportes é uma questão de evolução“, diz o especialista. “Os fabricantes vão, lentamente, criar um mercado para os carros automatizados, começando por produzir carros parcialmente automatizados, com ligação à internet”, acrescenta a mesma fonte.

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