Um estudo da Universidade de Brown, no Estado de Rhode Island (EUA), indica que os jogos de vídeo estimulam as habilidades cognitivas e visuais dos jogadores. O trabalho foi publicado na revista científica digital PLOS One e, segundo Aaron Berard, do Laboratório de Aprendizagem Cognitiva e Percetual da instituição e um dos autores, “a grande quantidade de treino visual dos jogadores ao longo dos anos pode ajudar a melhorar os mecanismos de consolidação do cérebro”.

“Muita gente ainda olha para os jogos de vídeo como uma perda de tempo, mas as pesquisas começam a mostrar os seus benefícios”, acrescenta Berard.

No entanto, um outro estudo recente, realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, considera que as crianças que jogam mais de três horas por dia estão mais propícias a tornarem-se hiperativas e agitadas, ou a perder o interesse na escola.

Esta outra pesquisa foi publicada na revista Psychology of Popular Media Culture e salienta que tais riscos estão relacionados com o tempo que se gasta a jogar e não propriamente com o tipo de jogo em si. Os autores dizem mesmo que não foi encontrada qualquer ligação entre jogos violentos e comportamentos agressivos na vida real, ou menor desempenho escolar.

Allison Mishkin, um dos autores deste último estudo, afirma que “estes resultados mostram que os jogos de vídeo podem ser outra forma de brincar para as crianças da era digital, com todos os benefícios trazidos pelo ato de jogar em si e não pelo meio utilizado” para o efeito.

Os dois estudos, noticiados pelo jornal francês Les Echos, mostram assim os prós e os contras dos jogos. Se é verdade que existem benefícios associados aos jogos digitais,  jogar durante muito tempo também representa um risco para a saúde das crianças.

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