Os seres humanos terão, dentro de 200 anos, tantas parecenças com a sua forma atual quantas temos, hoje, com os chimpanzés. Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, e uma das vozes mais reconhecidas nestes temas, diz que a raça humana está a entrar na maior “evolução biológica” de sempre, que levará a que os homens se tornem seres “quase divinos“, compostos por “parte humano, parte máquina“. Mas apenas os mais ricos terão acesso a este upgrade.

A desigualdade foi um dos temas mais discutidos na academia no último ano, muito por culpa do livro O capital no Século XXI, de Thomas Piketty. Mas, ao longo dos próximos 200 anos, vai gerar-se um novo tipo de desigualdade, antecipa Yuval Noah Harari, autor do bestseller Sapiens: A Brief History of Humankind. Os mais ricos passarão a ter acesso a uma tecnologia que os transformará em ciborgues, –metade máquina, metade humano – capazes de vencer a morte. “Em Silicon Valley [capital americana da inovação tecnológica], acredita-se que a morte não é mais do que um problema tecnológico que se pode resolver“.

“Acredito que é provável que nos próximos 200 anos o homo sapiens irá sofrer um upgrade [uma evolução] e tornar-se uma espécie de ser divino, seja através da manipulação genética ou da criação de ciborgues, parte orgânicos, parte não orgânicos”, afirma o cientista, citado pelo The Telegraph.

“Será a maior evolução na biologia desde o aparecimento da vida”, antecipa Yuval Harari, notando que “muito pouco mudou nos últimos quatro mil milhões de anos, em termos biológicos, mas com isso seremos tão diferentes dos humanos de hoje quanto os chimpanzés são diferentes de nós”.

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