“Time to say goodbye” dá a banda sonora ao trailer da temporada seis de “Downton Abbey” e sabemos porquê. Ao fim de cinco anos, a família Crawley despede-se da televisão, com 11 Emmy, três Globos de Ouro e três BAFTA na mala. E mortes, muitas mortes importantes na memória. Haverá mais personagens a morrer? A resposta começa a ser dada a partir desta terça-feira em Portugal, na Fox Life, às 22h20. Se não gosta de surpresas antes de tempo, o melhor é ter cautela com as linhas que se seguem.

Ao todo haverá oito episódios para ver (mais um especial de Natal), mas já é possível antecipar que a taxa de mortalidade vai continuar alta para os lados de Yorkshire, no norte de Inglaterra. A sexta temporada de “Downton Abbey” já começou no Reino Unido em setembro e, ao sétimo episódio, emitido no domingo, Charlie Rogers perde a vida — embora os fãs não tenham ficado muito tristes com isso.

Lorde Robert Crawley, que na quinta temporada já dava sinais de saúde debilitada, não poderá esconder mais o seu problema e vai protagonizar uma das cenas mais sangrentas da série. Teme-se o pior.

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A questão não se põe na última temporada mas, entre 2010 e 2014, foram ficando para trás vários personagens por razões que não se prendem com a trama. Foi o caso de Lady Sybil e Matthew Crawley.

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A saída de Dan Stevens forçou a série a ‘matar’ o personagem Matthew Crawley

Jessica Brown Findlay, por exemplo, que teve com Lady Sybil o papel de maior visibilidade na sua carreira, quis sair. “É bom estar envolvida numa coisa de que as pessoas gostam, mas não queria interpretar a Sybil durante anos e depois descobrir que é a única coisa que sei fazer”, justificou a atriz. 

Dan Stevens, que interpretava Matthew Crawley, quis sair no final da terceira temporada, apesar dos pedidos do autor da série, Julian Fellowes, para que ficasse pelo menos até ao início da quarta. Como não aceitou, o público teve de ver, em pleno dia de Natal, um personagem apaixonado por Lady Mary e que tinha acabado de ser pai de um recém-nascido morrer abruptamente. “Fiquei extremamente desapontado na altura, mas o Dan estava no seu direito”, disse Fellowes na altura. Para evitar mais situações destas, tentou prolongar os contratos do elenco até 2015, ou seja, até ao final da série.

Isis, a cadela do Earl de Grantham, também morreu, embora a produção negue que tenha sido por causa do aparecimento do Estado Islâmico, inicialmente conhecido pela sigla ISIS.

Nesta sexta e última temporada, passada em 1925, há também a morte simbólica da sociedade britânica de final do século XIX que os Crawley tanto preservavam. O século XX trouxe novos costumes e uma classe média forte, difícil de agradar à aristocrática. Ainda haverá Craweys espalhados pelo Reino Unido, mas o fim de Downton Abbey simboliza também o fim de uma era.

Para o fim guardámos um nascimento: Julian Fellowes, já tem um novo projeto em mente, em parceria com a NBC. Chama-se “The Gilded Age” e será mais um drama de época, desta vez passado no século XIX do outro lado do Oceano Atlântico.