A grafite é formada por átomos de carbono. E os diamantes também. Mas neste último caso a pressão e temperatura a que são sujeitos origina a característica estrutura cristalina. Agora, os investigadores demonstraram que é possível criar diamantes à temperatura ambiente e pressão atmosférica, conforme publicaram na revista científica Journal of Applied Physics.

Os átomos de carbono sem uma estrutura definida foram aquecidos durante uma fração de segundo – 200 nanosegundos, para ser mais preciso – por um laser. Parece pouco tempo (muito pouco mesmo), mas é o suficiente para o carbono chegar aos 3.700º C – quase o dobro da temperatura a que será formado um diamante natural. Depois o carbono arrefece rapidamente e fixa-se nesta estrutura cristalina, chamada Q-carbono.

Este método pouco dispendioso é uma forma de converter carbono em pequenos diamantes a baixas temperaturas e pressão atmosférica. A produção destes nano e microdiamantes pode ser usada nos pós abrasivos, dispositivos inteligentes e em várias aplicações biomédicas, microeletrónicas e nanoeletrónicas. Mas a técnica é tão recente que os investigadores admitem que ainda têm de testar as características deste novo cristal.

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