A segunda edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCO Lisboa realiza-se de 18 a 21 de maio, a pedido das galerias portuguesas, segundo a organização, que quer aproveitar a presença de público internacional residente em Lisboa.

“Vamos continuar a organizar anualmente” a ARCO Lisboa, “porque as galerias portuguesas [de arte] queriam uma feira e pediram ao IFEMA [Instituição de Feiras de Madrid] se podia organizar conjuntamente” esse certame, explicou à agência Lusa o diretor da ARCO, Carlos Urroz.

A 35.ª edição da conhecida feira Internacional de Arte Contemporânea de Madrid (ARCO Madrid) realizou-se no ano passado, pela primeira vez, fora de Espanha, em Lisboa (ARCO Lisboa).

O certame regressa à capital espanhola, nos próximos dias 22 a 26 de fevereiro, mas a edição portuguesa vai continuar a realizar-se na Cordoaria Nacional, em Lisboa, este ano de 18 a 21 de maio.

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“A partir de agora vai realizar-se todos os anos”, assegura Carlos Urroz, sobre a ARCO Lisboa, acrescentando que a edição da capital portuguesa, com quase 50 galerias presentes, representa cerca de um quarto da de Madrid, que tem 200 galerias este ano, numa correspondência com o próprio mercado.

O diretor da ARCO está convencido, no entanto, de que “há um interesse do público internacional por Lisboa”, que pode vir a refletir-se na edição portuguesa da feira de arte contemporânea.

Urroz refere-se em particular a uma nova faixa de população que “está a instalar-se”, em Lisboa, a “muito público europeu que está a comprar residências aí”, na capital portuguesa.

A primeira edição da ARCO Lisboa, que decorreu de 26 a 29 de maio do ano passado, contou com mais de 12.800 visitantes e a presença de 45 galerias de oito países, 18 delas portuguesas, segundo a organização.

No fecho da primeira edição da ARCO Lisboa, Carlos Urroz disse à agência Lusa que o certame “não podia ter sido mais positivo, em todos os aspetos”.

“As nossas expectativas foram largamente superadas, não apenas no número de visitantes”, segundo Urroz, que disse que as galerias também ficaram “muito contentes com as visitas que tiveram em Lisboa, tanto de profissionais, como de colecionadores, portugueses e estrangeiros, diretores de museus, e também do público, em geral, que fez fila para entrar”.

O sucesso da primeira edição lisboeta, segundo o responsável, foi determinante para continuar em Portugal, na mesma altura do ano, no mesmo espaço, nas instalações da antiga Cordoaria Nacional e no mesmo formato, uma “feira boutique, adequada ao mercado português e ibérico”.

“Será sempre uma ‘feira boutique’. Queremos crescer em qualidade e não em metros quadrados”, disse Urroz à Lusa, no fecho da primeira edição da ARCO Lisboa.