Histórico de atualizações
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Paulo Macedo termina lembrando que “a Caixa tem o maior número de agências e, mesmo após a execução do plano vai continuar a ter o maior número de agências bancárias”.
Obrigado por acompanhar este liveblog da audição a Paulo Macedo na comissão de orçamento e finanças, na Assembleia da República.
Boa noite e bom descanso.
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Macedo mostrou aos deputados uma imagem da carrinha-modelo que poderá ir às vilas onde não houver agências. Mas não se pode, ainda, distribuir a imagem por razões de segurança.
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Caixa Móvel é opção para vilas onde forem fechadas agências
Paulo Macedo diz que a Caixa admite que seja criado um serviço de Caixa Móvel, uma carrinha que possa deslocar-se em zonas onde forem fechadas agências para ajudar no acompanhamento, durante o tempo que for necessário, das pessoas que ficarem sem agência.
Já foi pedida autorização do Banco de Portugal mas o serviço ainda está a ser elaborado.
Além disso, Macedo lembra que em muitas agências três quartos das operações que são feitas são a atualização da caderneta. Para esses casos, pode continuar a haver máquinas automáticas para fazer essa operação.
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Miguel Tiago, do PCP, diz que não faz sentido convocar uma Comissão de Inquérito para discutir as necessidades de recapitalização, já que “se demonstrou que em alguns minutos” numa sessão como a de hoje, chega perfeitamente.
PCP não concorda que se diga que ou era este plano ou era a resolução. “Ficámos a saber que as imparidades da Caixa são comparáveis em origem e em volume com as necessidades de outros bancos (privados)”, diz Miguel Tiago.
Recuperando a expressão usada por Paulo Macedo, Miguel Tiago pergunta se “o anterior governo deixou ou não a Caixa num estado de banco zombie“.
O PCP diz que se a Caixa receber capital para, depois, fechar agências e perder negócio para bancos privados, então o capital está a ser transferido para os outros bancos, “incluindo para bancos que nem deviam existir como o Banco CTT, que vai disputar esses balcões que vão fechar”.
Miguel Tiago passa a palavra a Paulo Sá, deputado do PCP, que esta manhã esteve numa vila da Guarda onde vai ser fechado o balcão. Fala da vila de Almeida, que só tem banco da CGD, o mais próximo é Vilar Formoso, que fica a 18km sem transportes públicos. “Fazer uma simples operação a um balcão obriga a perder um dia inteiro. O táxi não é alternativa. Havia uma grande revolta com o encerramento do balcão”.
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Miguel Tiago, do PCP, diz que não faz sentido convocar uma Comissão de Inquérito para discutir as necessidades de recapitalização, já que “se demonstrou que em alguns minutos” numa sessão como a de hoje, chega perfeitamente.
PCP não concorda que se diga que ou era este plano ou era a resolução. “Ficámos a saber que as imparidades da Caixa são comparáveis em origem e em volume com as necessidades de outros bancos (privados)”, diz Miguel Tiago.
Recuperando a expressão usada por Paulo Macedo, Miguel Tiago pergunta se “o anterior governo deixou ou não a Caixa num estado de banco zombie“.
O PCP diz que se a Caixa receber capital para, depois, fechar agências e perder negócio para bancos privados, então o capital está a ser transferido para os outros bancos, “incluindo para bancos que nem deviam existir como o Banco CTT, que vai disputar esses balcões que vão fechar”.
Miguel Tiago passa a palavra a Paulo Sá, deputado do PCP, que esta manhã esteve numa vila da Guarda onde vai ser fechado o balcão. Fala da vila de Almeida, que só tem banco da CGD, o mais próximo é Vilar Formoso, que fica a 18km sem transportes públicos. “Fazer uma simples operação a um balcão obriga a perder um dia inteiro. O táxi não é alternativa. Havia uma grande revolta com o encerramento do balcão”.
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"Não confundo ser um banco público com ter de dar prejuízo"
Paulo Macedo diz que “as condições do plano são duras, mas a alternativa era a resolução do banco”. Por outro lado, “se o plano for cumprido com sucesso, a CGD poderá, no futuro, vir a decidir mais a sua vida quando não estiver submetida a metas de curto prazo. Se o caminho for feito, a CGD fica numa posição bastante distinta daquela em que continuaria se estivesse com falta de capital e prejuízos”.
Quanto à “natureza pública da Caixa”, Macedo diz que “a Caixa tem, claramente, características relacionadas com a sua função pública. A forma como a Caixa sempre financiou a habitação, ao passo que outros bancos entram e saem deste mercado. A primeira campanha de crédito que a Caixa fez foi de taxa fixa, diz Macedo. Depois há um incentivo à inovação e empreendedorismo, que também é uma componente pública”.
“O que eu não confundo é ser público com ter de dar prejuízo”, diz Paulo Macedo.
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CDS-PP diz que sempre defendeu um banco público, a Caixa. Também esteve sempre de acordo com as necessidades de recapitalização — “esta existia, porque o plano anterior não pôde ser executado, as taxas de juro foram mais baixas, a economia não cresceu tanto e houve alterações regulatórias (com isso o plano era impossível).
Mas o CDS-PP lembra que o Governo disse inicialmente que a recapitalização era “urgente” e depois adiou-a para 2017. Ainda assim, o CDS-PP diz que elogiou a obtenção do acordo com a Comissão Europeia para não ser considerada ajuda de Estado, mas depois conheceu os detalhes e tem muitas discordâncias com alguns pressupostos.
Além disso, o deputado João Almeida diz que partilha das dúvidas sobre a quantidade de capital necessário, que teve de ser obtido junto dos contribuintes (e uma parte no mercado). “Ainda não é claro, até hoje”.
No final da sua intervenção de João Almeida, o deputado pergunta em que é que a Caixa, em concreto e no dia-a-dia, é diferente de um banco privado. “Até que ponto é que este plano de recapitalização não reduziu a zero o papel de banco público da Caixa?”
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CDS-PP diz que sempre defendeu um banco público, a Caixa. Também esteve sempre de acordo com as necessidades de recapitalização — “esta existia, porque o plano anterior não pôde ser executado, as taxas de juro foram mais baixas, a economia não cresceu tanto e houve alterações regulatórias (com isso o plano era impossível).
Mas o CDS-PP lembra que o Governo disse inicialmente que a recapitalização era “urgente” e depois adiou-a para 2017. Ainda assim, o CDS-PP diz que elogiou a obtenção do acordo com a Comissão Europeia para não ser considerada ajuda de Estado, mas depois conheceu os detalhes e tem muitas discordâncias com alguns pressupostos.
Além disso, o deputado João Almeida diz que partilha das dúvidas sobre a quantidade de capital necessário, que teve de ser obtido junto dos contribuintes (e uma parte no mercado). “Ainda não é claro, até hoje”.
No final da sua intervenção de João Almeida, o deputado pergunta em que é que a Caixa, em concreto e no dia-a-dia, é diferente de um banco privado. “Até que ponto é que este plano de recapitalização não reduziu a zero o papel de banco público da Caixa?”
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Paulo Macedo diz que porque a dívida emitida nunca será convertida em capital — porque a Caixa é 100% pública — há maior risco, daí o juro elevado de 10,75%.
Além disso, Macedo explica que a operação é, também, uma forma de comprovar que existe interesse privado para investir no banco — ou seja, para demonstrar que não se está a injetar dinheiro público como ajuda de Estado (ilegal).
Foram 500 milhões que saíram caros? “Esta emissão deu o acesso a três mil milhões de euros, isso também deve ser considerado”, diz Paulo Macedo.
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Palavra a Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, que quer sistematizar as utilizações para o capital que foi injetado. Que parte é que vem para cobrir prejuízos anteriores, prejuízos atuais, medidas regulatórias, etc. E Mortágua quer saber se houve uma imparização demasiado conservadora.
“Se estamos a considerar que a capitalização apenas foi levado a cabo na ótica do investidor privado, o investidor privado não aceitaria investir num banco se não houvesse um análise de risco”.
“O exercício de imparidades não foi fazer imparidades em todos os créditos. Há uma concentração muito significativa no crédito às empresas e, dentro das empresas, às grandes exposições”.
A maior parte das imparidades foram para 200 clientes, que foram analisados um a um.
O montante é baseado em casos concretos — “a metodologia de análise foi a seguinte: a anterior administrações analisou, chegou às conclusões, nesse exercício participaram as áreas de risco de crédito e comerciais do banco, a empresa de auditora, como observador o Banco Central Europeu. Este exercício foi feito e esta administração não voltou a fazer o mesmo exercício, mas reviu-o”.
Paulo Macedo diz que a sua administração não tinha tempo para rever tudo mas conseguiu ganhar “conforto” com a análise que tinha sido feita. Não haveria tempo para mais, a menos que se voltasse a negociar com a DGComp, ironiza Paulo Macedo.
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Macedo fala em alterações profundas na política de crédito e de risco. “A Caixa tinha uma concessão de crédito baseada num modelo comercial e, agora, vai passar a ter um modelo mais ligado ao risco”. E vai haver menos concentração, diminuindo a exposição ao setor imobiliário. Macedo quer uma “cultura de risco”, o que “parece um chavão mas é essencial”.
PS, para terminar, pergunta se houve reuniões entre António Domingues e Paulo Macedo e se houve observações relevantes. “Tivemos conversas muito gerais porque ambos quisemos que assim fosse”, responde Paulo Macedo.
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"A Caixa quer e tem de crescer em crédito", mas sem cometer erros do passado
Sem mais capital, um banco torna-se um “banco zombie”. “Uma Caixa Geral de Depósitos capitalizada e com liquidez tem, de facto, mais capacidade para responder à procura de crédito, sobretudo nas PME”.
Paulo Macedo diz que a Caixa tem crédito às PME muito abaixo da quota natural de mercado. “Há trabalho para fazer aí”, diz Paulo Macedo. “Há espaço para conquistar mais clientes”.
Antes da crise, a Caixa tinha 180% mais crédito do que depósitos, agora o rácio é 90%. “O que também não é bom”
“A Caixa quer e tem de crescer em crédito”, mas sem cometer erros do passado e ter uma política de mais rigor, como a todos os bancos se impõe.
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Plano é "extremamente ambicioso" na redução de custos e nas comissões
PS, que agora tem a palavra, pergunta se o plano é “ultra-prudente”, em relação ao cenário macroeconómico.
Macedo diz que, nas taxas de juro, existe uma previsão conservadora que prevê juros negativos nos próximos anos. Se os juros subirem, isso será bom para os resultados.
Quanto à redução dos custos, existe uma posição “extremamente ambiciosa”. Nas comissões, prevê-se um “salto muitíssimo significativo”
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Primeiro plano de rescisões avança este mês
“Nós estamos a seguir um plano que foi criado, aprovado, se fosse reanalisado poderia abrir um processo que ninguém saberia como acabaria. O plano responde às grandes questões, passa por maior solidez, maior eficiência, maior foco operacional”. Apesar de duro, o plano conseguiu a proeza de ser aprovado sem ser considerado ajuda de Estado.
“Haverá coisas que queremos ajustar no plano, mas as grandes linhas assumimo-las. Pensamos que esse plano deve ser executado”.
Fatores como a redução de pessoal, de número de balcões, o que será feito é cumprir os compromissos com a DGComp, apesar de manter uma visão crítica.
“Relativamente à redução de pessoal, o número não foi alterado, mas essa redução deve ser feita sobretudo por reformas antecipadas e por rescisões a mútuo acordo”, diz Paulo Macedo. “As condições de reforma na Caixa, na CGA, são as melhores de toda a banca — as pessoas têm condições para não ficarem maltratadas. Parece-me que apesar de nunca ser algo muito agradável, parece-me que será exequível fazer desta maneira para minimizar os prejuízos que as pessoas podem ter”.
O plano de rescisões deverá avançar ainda em abril, revela Paulo Macedo.
No número de balcões, “o objetivo foi fixado desde a primeira hora”, depois de a Caixa ter reduzido menos balcões do que outros bancos durante o plano de ajustamento. Macedo confirma algumas alterações ao plano que existia, nomeadamente para garantir que havia um balcão por concelho.
E qual é a estratégia da Caixa para servir as pessoas? Paulo Macedo lembra que “é muitíssimo maior o número de pessoas que quer ser servida pelos meios eletrónicos, apesar de haver pessoas que preferem o atendimento presencial”.
Quanto à posição internacional da Caixa, “o que ficou previsto é que a posição internacional seria reduzida significativamente, com maior foco em Portugal, e alienando-se operações com rentabilidades historicamente negativas, como Espanha, Brasil e África do Sul — serão alienadas”, além de outras. O capital obtido com a venda é essencial para cumprir os rácios obrigatórios de capital — são cerca de 600 milhões de euros”.
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Se a Caixa não fizesse nada, investidores na dívida perpétua receberiam zero
Paulo Macedo aproveitou a última pergunta do PSD, sobre a emissão de dívida perpétua a 10,75%, para lembrar que, sim, “a taxa de juro é elevada”, mas se falarmos no retorno do investidor é preciso lembrar que é dívida subordinada e portanto é preciso a Caixa ter lucros para cumprir com aquelas responsabilidades. “Se a Caixa não fizesse nada, investidores receberiam zero”, ou seja, perderiam todo o investimento porque o seu dinheiro seria usado para repor os níveis de capital.
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"A Caixa é o banco menos eficiente da banca portuguesa"
“O maior custo para os depositantes é não ter capital”, diz Paulo Macedo, depois de Inês Domingos defender que existem custos para os trabalhadores e para os depositantes de ter, eventualmente, ficado com capital a mais.
Ter muito capital “tem custos, mas a preocupação que eu vejo é o retorno para o acionista. A questão que se deve colocar é como é que se vai criar retorno para o acionista. Se não houver retorno para o acionista, então o acordo foi violado (porque o Estado investiu como um “investidor privado”).
Paulo Macedo diz que “2017 será o sétimo ano que a Caixa vai dar prejuízo. Tem de haver maneiras de a Caixa gerar resultados positivos, para cumprir o pressuposto da recapitalização”.
Macedo sublinha que a Caixa tem o rácio “cost to income” pior da banca portuguesa, numa referência ao rácio que mede a eficiência resultados-custos. Portanto, falando em subidas de comissões, Paulo Macedo concorda que não se pode subir as comissões em mais três ou quatro vezes, portanto a solução é cortar custos.
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“A Caixa, ao contrário de um banco privado, não pode ir ao mercado reforçar capital”, diz Paulo Macedo, lembrando que o acionista único é o Estado e há regras para as ajudas de Estado. A única hipótese é gerar capital de forma orgânica, mas com prejuízos é impossível.
A Caixa ficou com capital a mais? “O banco fica com um rácio de capital de 12%, o que corresponde aos mínimos dos pares europeus da Caixa — a Caixa não apresenta capital a mais, na opinião da administração. Tem diversos fatores de risco”, diz o presidente da Comissão Executiva da Caixa.
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“A Caixa, ao contrário de um banco privado, não pode ir ao mercado reforçar capital”, diz Paulo Macedo, lembrando que o acionista único é o Estado e há regras para as ajudas de Estado. A única hipótese é gerar capital de forma orgânica, mas com prejuízos é impossível.
A Caixa ficou com capital a mais? “O banco fica com um rácio de capital de 12%, o que corresponde aos mínimos dos pares europeus da Caixa — a Caixa não apresenta capital a mais, na opinião da administração. Tem diversos fatores de risco”, diz o presidente da Comissão Executiva da Caixa.