Miguel Barreto, que foi constituído arguido no caso das rendas da EDP, é irmão do novo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes. A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo jornal i (sem link). Miguel Barreto Caldeira Antunes, que esteve à frente da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEC), terá posteriormente vendido à EDP uma participação de 40% numa empresa de certificação energética por cerca de 1,4 milhões de euros.

DCIAP investiga negócio de 1,4 milhões de ex-diretor-geral da Energia com a EDP

Miguel Barreto foi diretor-geral da Energia em 2007, durante o governo de José Sócrates. Nessa altura, Manuel Pinho — outro dos arguidos do caso EDP — era ministro da Economia e da Inovação e o irmão mais novo era adjunto do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Filipe Batista. Em seguida, Tiago Antunes foi chefe de gabinete de José Almeida Ribeiro, quando este ocupou o cargo de secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.

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Antes de ocupar o cargo de secretário de Estado, era chefe de gabinete do eurodeputado Pedro Silva Pereira.

O antigo diretor-geral da Energia é o nono arguido do processo e é suspeito de corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio. Além de Miguel Barreto e Manuel Pinho, são também arguidos do caso EDP António Mexia, presidente-executivo da EDP; Rui Cartaxo, ex-presidente da REN e atual presidente do Conselho de Administração do Novo Banco; Jorge Machado, ex-diretor-geral da EDP; Pedro Resende, ex-administrador da EDP; João Manso Neto, presidente da EDP-Renováveis; João Faria, administrador da REN; e Pedro Furtado, diretor da REN.

Miguel Barreto constituído arguido no processo das rendas da EDP