Estivemos o dia todo na Web Summit e estes foram os cinco temas que marcaram o dia. Da igualdade de género às “fake news” e à privacidade online, é isto que tem de reter:

Da igualdade de género à privacidade: 5 temas que marcaram o dia 1 da Web Summit

A Marta Leite Ferreira testou a app em que um dos Major Lazer investiu sem sequer experimentar. Se quer relaxar depois de um dia mau, a Endel ajuda, mas talvez não tanto, explica a Marta.

Um dos Major Lazer investiu nesta app sem a experimentar. Fizemos o trabalho de casa por ele

O ex-diretor de Investigação da Cambridge Analytica, que denunciou a utilização indevida de 87 milhões de contas de Facebook, foi um dos principais oradores do primeiro dia da Web Summit. No palco principal, explicou como o Facebook soube sempre de tudo:

Christopher Wylie: “O Facebook ameaçou processar-me a mim e ao The Guardian”

O jornalista Fernando Esteves lançou na Web Summit o Polígrafo, um novo meio de comunicação digital que vai servir como uma ferramenta de fact checking, sem ligação a nenhum grupo editorial.

O objetivo deste novo meio é “escrutinar as afirmações de diversos protagonistas, avaliando a veracidade das mesmas”, refere o comunicado sobre o lançamento. Para isso, vão ser escrutinadas diariamente, através de um medidor com uma escala de cinco níveis, as declarações que justificam que seja feita uma verificação, seja em discursos, debates televisivos, entrevistas e também publicações no Facebook ou no Twitter. O Polígrafo quer ainda contribuir para que a produção do conhecimento possa “fortalecer as instituições democráticas”.

“A informação pertence a vocês, não a nós”, foi com esta frase que Young Sohn terminou o seu discurso, muito focado naquilo que a Inteligência Artificial permite fazer na área da saúde, na área da condução e sobretudo dos benefícios para os utilizadores. E isto inclui preços mais baixos.

Foi a última conferência no palco principal deste segundo dia da Web Summit, o primeiro com conferências.

A estratégia da Samsung no que toca à Inteligência Artificial, explica o presidente da empresa, passa pela criação de mais chips de memória, data centers e pelo 5G.

Quando é que a condução autónoma vai ser possível? “Acho que é uma grande visão, mas hoje em dia está tudo na segurança”, responde Young Sohn, falando também no papel que os smartphones vão ter no campo da condução autónoma.

Young Sohn ( Samsung Electronics) no Center Stage da Web Summit, ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR,

“Se a informação é o petróleo, a Inteligência Artificial é o engenho”, acrescenta Young Sohn. “Acredito que temos problemas que temos de ultrapassar: a ética da Inteligência Artificial, as implicações da informação e o que significa nas nossas vidas”, assume. “Vamos criar mais empregos? Não tenho a resposta para vocês”.

Uma das áreas que o presidente da Samsung destaca no uso da Inteligência Artificial é a Medicina e a Biologia.

A Inteligência Artificial já “surgiu há alguns anos”, mas agora é “a tempestade perfeita” para o seu crescimento: “agora há muito mais informações vindas de todo o lado”, explica Young Sohn.

Young Sohn começa por falar em números: Quantas estrelas tem uma galáxia? Quantas informações processa o nosso cérebro? Quantos sinais de conexão no mundo existem? “Quanto mais informações as pessoas usam, mais memória gastam e, por isso, mais dispositivos nossos compram”.

Young Sohn, presidente e diretor de estratégia da Samsung, fala agora sobre como a Inteligência Artificial ajuda a empresa a continuar “dentro do jogo” e em constante atualização. Ainda antes, um vídeo com várias questões sobre IA surgiu nos ecrãs.

“Isto é esperança”. Foram estas as palavras cantadas pelos espectadores do primeiro evento da WWE com participação feminina e que Stephanie McMahon diz ser “a melhor recordação” que tem da mudança.

A diretora de marca da WWE, considera que esta “revolução das mulheres” é especialmente importante “considerando o tempo em que estamos no mundo”. “As mulheres estão a conseguir captar as atenções”.

Sobre a competição de luta profissional, Stephanie McMahon relembrou o momento em que as mulheres começaram a ser introduzidas no combate e a ser tratadas de forma igual. “Começamos a recrutar vários atletas, homens e mulheres. Começamos a treinar as mulheres da mesma forma que os homens”.

Stephanie McMahon, da WWE, está agora em palco. As mulheres na WWE são o tema de conversa.

Uma das vertentes que Tamar Yehoshua destaca é a capacidade de saber simplificar as informações que as empresas dão aos utilizadores no que toca à privacidade e às informações que podem ser utilizadas. “Temos de garantir que toda esta informação é simples e compreensível”, explica. Um dos exemplos é a ferramenta “your data in search”, em que os utilizadores da Google podem ter acesso à informação que a Google guarda sobre eles.

“Aprendemos sempre que falamos com os utilizadores”, refere, sublinhando, mais uma vez, que “diferentes pessoas têm formas diferentes de aprendizagem”.”Só vocês é que decidem o que é certo para vocês”, terminou, apelando ao trabalho em conjunto “para que tudo isto resulte”.

Tal como “as decisões não são preto e branco”, a vice-presidente da Google referiu ainda que é necessário pensar na segurança não como algo igual para todos os utilizadores, mas algo que se adapta a cada um: “Segurança para todos não significa que toda a gente tem de ter o mesmo nível de segurança. Temos de garantir que temos proteções que assegurem diferentes contextos”.

Tamar Yehoshua dá agora uma pequena explicação sobre as ferramentas que podem ser utilizadas na Google relativamente à segurança e à privacidade dos utilizadores. “Temos de continuar a investir em novas e melhores informações”, diz.

“Como indústria, temos a responsabilidade de manter as informações das pessoas em segurança”, começou por explicar Tamar Yehoshua. A vice-presidente da Google deu ainda o próprio exemplo pessoal da utilização útil das informações que deixa no motor de pesquisa. Enquanto preparava a viagem para Portugal, pesquisou voos e hotéis e recebeu até um lembrete da Google para fazer download do mapa de Lisboa.

“Na Google, acreditamos que é com vocês a escolha de decidirem que ferramentas podem ser utilizadas”, acrescentou, sublinhando a necessidade de “ser mais transparente sobre a informação que é recolhida e como vai ser usada”.