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  • O Observador termina aqui o acompanhamento dos momentos derradeiros do resgate a Julen, a criança de Málaga que a equipa de mineiros e elementos da Guardia Civil espanhola encontraram já sem vida, quase duas semanas depois de ter caído 71 metros num poço.

    Este domingo, a família de Julen, os amigos e os muitos membros da comunidade de Totalán que deram apoio aos pais despedem-se do menino de dois anos. O funeral está marcado para as 12h.

  • Autoridades recolheram amostra do tampão que estava sobre a criança

    A Guardia Civil Espanhola recolheu uma amostra da terra que estava sobre a criança, criando um tampão sobre ela, para investigar a sua composição. Segundo fontes contactadas pelo El Mundo, suspeita-se que a terra que cobria o menino de dois anos ter-se-á soltado das paredes do furo à medida que ele caía. Também poderá ter resultado da queda de sedimentos quando os familiares o tentavam tirar de lá, quando caiu há treze dias. Essa terra, com a humidade do poço, terá criado um tampão por cima da crianças. Ainda assim, para confirmar esta tese, as autoridades acharam melhor recolher a amostra

  • Dono da fazenda e responsável pela perfuração podem ser acusados de homicídio por negligência

    O dono da fazenda onde morreu o pequeno Julen, assim como o responsável pela perfuração ilegal do poço, poderão vir a ser acusados de homicídio por negligência, segundo fontes judiciais contactados pelo El Español, cuja pena de prisão pode variar entre um a quatro anos, à luz da lei espanhola. Mais. Os dois homens podiam mesmo ser condenados a ressarcir o Estado dos valores gastos em toda a operação de resgate, o que rondou os 1,5 milhões de euros.

  • Casa construída na propriedade onde Julen morreu estava ilegal

    O El Español refere também, este sábado, que na investigação judicial que decorre à queda de Julen consta a informação de que o terreno onde tudo aconteceu é um terreno rústico onde não era permitida a construção. Recorde-se que a família de Julen estava no local para um almoço na casa do noivo de uma prima do pai de Julen. Também a perfuração onde a criança terá caído não seria legal, refere o mesmo jornal.

  • Afinal o poço estava ou não tapado?

    Logo após a queda do pequeno Julen no poço, as autoridades abriram inquérito ao caso para perceber o que tinha acontecido. Quando a Guardia Civil espanhola chegou ao local falou com os familiares e com o dono da propriedade, noivo de uma prima do pai de Julen. A família de Julen descreveu como viu a criança ser engolida no buraco. O pai referiu que correu e ainda lhe tocou nas mãos. Mas, ainda, nesse domingo, o homem que abriu aquele poço, em meados de dezembro, garantiu às autoridades que tinha deixado o poço selado. Esta é uma das contradições que está a ser investigada pelas autoridades de Málaga, segundo o El Español.

  • Julen será sepultado junto com o irmão

    Julen ficará junto à sepultura do irmão, Oliver. A informação é avançada pelo jornal espanhol El Mundo, que cita um amigo da família. “Vão enterrá-lo junto ao seu irmão Oliver”, diz esse amigo às portas da casa funerária de El Palo, em Málaga.

  • O silêncio por Julen, depois de a criança ter sido encontrada sem vida

    As homenagens a Julen, a criança de dois anos que a 13 de janeiro caiu num poço, na região de Málaga, multiplicam-se.

  • A reportagem do Observador em Málaga: uma família destroçada ou amaldiçoada?

    Vicky é filha de pescador, os pais de José são feirantes. O casal teve dois filhos e por duas vezes a tragédia assolou a família Roselló. Óliver morreu há 2 anos e, a 13 de janeiro, Julen não sobreviveu à queda num poço. A reportagem do Observador em Málaga.

    Destroçada ou amaldiçoada? A história da família de Julen, o menino que morreu num poço em Málaga

  • O que se sabe sobre o acidente?

    “O objetivo principal até agora era resgatar o menor. Agora, inicia-se uma investigação a todas as circunstâncias que levaram a este resultado fatal”. As palavras são do ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, que, ao longo a conferência de imprensa realizada esta manhã, reforçou várias vezes a ideia de que está a ser feita uma “investigação séria” às circunstâncias do acidente. A autópsia já foi concluída e os jornais espanhóis já começaram a divulgar alguns resultados. O que se sabe, para já, das circunstâncias do acidente?

    Julen caiu no poço no dia 13 de janeiro. Estava com a família num terreno, em Tótalan, onde a tia ia começar a construir uma casa. O menino de dois anos e a prima andava a brincar enquanto a família estava a tomar conta das crianças e a cozinhar o almoço. De repente, Julen foi engolida pelo chão. O pai, ao ver o filho a cair no poço, com cerca de 25 centímetros de diâmetro, ainda o tentou salvar. Conseguiu vê-lo a cerca de 10 ou 15 metros e ouviu-o a chorar. Mas, segundos depois, Julen afundou-se mais e desapareceu.

    O menino caiu diretamente até aos 71 metros. A posição em que o corpo de Julen foi encontrada permitiu concluir que a criança caiu no poço em queda livre até aos 71 metros e de forma rápida. Isto significa que Julen não ficou preso em nenhum momento da queda e caiu até aos 71 metros de profundidade, onde viria a ser encontrado esta madrugada, já sem vida.

    Julen estava envolvido em terra. Por baixo do corpo, a partir dos 71 metros, o poço estava cheio de terra. Por cima do menino de dois anos também havia terra — uma espécie de tampão de terra, cuja composição já é conhecida, embora não tenha ainda sido revelada. Pouco depois do acidente as autoridades, começaram por recorrer a uma câmara para perceber a localização da criança, que acabou por chocar com esse tampão. A tese inicial era a de que a própria queda foi arrastando terra para cima de Julen uma vez que as paredes do poço eram muito arenosas.

    A criança sofreu um ferimento grave na cabeça. Resultados preliminares da autópsia revelaram que Julen sofreu um “traumatismo cranioencefálico severo” e apresentava vários ferimentos no corpo.

  • Julen terá sofrido um traumatismo cranioencefálico, revela autópsia

    Julen tinha um ferimento grave na cabeça e terá sofrido um “traumatismo cranioencefálico severo”, na sequência da queda no poço, segundo os resultados preliminares da autópsia avançados pelo El Mundo, que cita fontes ligadas à investigação.

  • Funeral é amanhã às 12h00 locais

    Depois de um momento de silêncio, seguiu-se um forte aplauso na chegada do caixão à casa funerária de El Palo. O pai ausentou-se durante alguns minutos e depois regressou com uma bola vermelha. O funeral de Julen realiza-se amanhã às 12h00 locais (11h00 em Lisboa).

    José, Vicky e os restantes familiares de Julen pediram privacidade e colocaram a hipótese à polícia de estender lençóis que impeçam a visibilidade dos meios de comunicação.

  • Autópsia já foi concluida

    Alfonso Rodríguez Gómez de Celis, delegado do Governo da Andaluzia, revelou que a autópsia de Julen já foi terminada e os resultados são esperados ainda hoje. “Foram feitos alguns testes preliminares médicos e esperamos que ao longo do dia se possa ter os primeiros resultados da autópsia”, adiantou o delegado ao El País.

  • Máquinas começaram a abandonar Totalán

    Os meios que foram mobilizados para Totalán, para as operações de resgate de Julen, começam a abandonar o local.

  • "Está a investigar-se se o poço era legal", diz ministro

    O ministro do Interior deixou claro que se vai realizar uma “investigação séria” às circunstâncias do acidente, adiantando para já que “está a investigar-se se o poço era legal”.

    O objetivo principal até agora era resgatar o menor. Agora, inicia-se uma investigação a todas as circunstâncias que levaram a este resultado fatal”, disse.

    Poucos dias depois do acidente, o dono da empresa de perfurações responsável pelo poço veio garantir ter tapado a abertura com uma pedra. Antonio Sánchez Gámez rejeitou logo quaisquer responsabilidades do acidente. “Se alguém, depois, não tivesse tirado a pedra, a criança não teria caído lá dentro”, disse, na altura, ao jornal El Español.

    “Alguém tirou a pedra, eu não tenho a culpa”. Responsável pelo poço de Málaga defende-se

  • Ministro do Interior diz que não conhece ainda resultados da autópsia

    Fernando Grande-Marlaska garantiu que ainda não tem nenhum dado relativo aos resultados preliminares da autópsia de Julen.

  • “O trabalho da Guardia Civil não terminou”, alerta o ministro do Interior Fernando Grande-Marlaska, explicando de seguida: “Agora falta o seu trabalho enquanto polícia judicial para determinar as circunstâncias em que isto aconteceu. Deixemos que este trabalho decorra como decorrer o resgate”. “Só posso referir que a Guardia Civil seguirá as instruções do tribunal competente”, disse ainda.

  • Fernando Grande-Marlaska agradeceu a todos os envolvidos nas operações de resgate que duraram quase duas semanas. “Todos temos feito um trabalho de engenharia humanitária com a participação de centenas de pessoas”, disse o ministro ao considerar que “durante estes 13 dias se fez tudo o que era humana e tecnicamente possível“.

  • O ministro de Interior, Fernando Grande-Marlaska, começou a conferência de imprensa a expressar, “em nome do Governo de Espanha” uma mensagem de “pêsames e solidariedade aos pais”. “Espanha tinha a esperança de encontrar [Julen] com vida”, acrescentou.

  • Fazem-se dois minutos de silêncio em El Palo, o bairro no extremo este de Málaga onde Julen vivia com os pais. A homenagem foi organizada pela associação de moradores daquele bairro piscatório, onde José e Vicky cresceram, se conheceram e construiram uma família. No final, foram lançados balões brancos ao ar.

  • Patricia Ramírez, a mãe de Gabriel Cruz, enviou as condolências à família de Julen. Também ela, no início do ano passado, perdeu o filho de oito anos que morreu assassinado pela namorada do pai, Ana Julia . “Duro desfecho, depois de tantos dias de trabalho, sofrimento e incerteza, em que a esperança não foi capaz de fazer o milagre de o ver sorrir novamente. Os meus pêsames aos pais de Julen e à sua família, sinto muito a vossa perda. Muita força”, lê-se na publicação.

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