O dono da empresa de perfurações responsável pelo buraco no terreno de Málaga onde, há dois dias, caiu uma criança de dois anos garante ter tapado a abertura com uma pedra que alguém terá retirado. Antonio Sánchez Gámez rejeita responsabilidades no sucedido no domingo passado, dia em que Julen caiu num poço que terá entre 100 e 110 metros de profundidade.

A abertura à superfície, com cerca de 23 centímetros, terá sido suficiente para que Julen caísse para dentro do buraco, segundo o empresário, “há pouco mais de um mês”. Gámez garante ao jornal El Español que sela “sempre” as perfurações que faz “por uma questão de segurança. Se alguém, depois, não tivesse tirado a pedra, a criança não teria caído lá dentro”, lamenta.

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O empresário, dono da Perforaciones Triben, acrescenta ainda que, no domingo, quando foi chamado ao local onde tinha feito o trabalho de perfuração, “alguém” tinha feito “uma vala de cerca de cinco ou seis metros de diâmetro à volta do buraco” e comenta com o jornal que “deveriam ter usado uma retroescavadora para mover a terra. À mão é impossível”, refere, repetindo logo de seguida: “Eu coloquei uma pedra, alguém a tirou. Eu não tenho a culpa do que aconteceu”. Antonio Sánchez Gámez diz estar de consciência tranquila sobre o trabalho que deixou naquela propriedade, ainda assim já foi aconselhado a procurar um advogado e admite estar nervoso com toda a situação: “Como poderia estar quando a criança não aparece?”.

Em Totalán, município a cerca de 22km de Málaga onde se localiza a propriedade, continuam os trabalhos de resgate sem que existam quaisquer sinais de vida da criança de dois anos. Em 2017, os pais de Julen viram morrer o filho mais velho, vítima de um enfarte fulminante.

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