Amarante equipou duas salas de aulas com robótica, ecrãs interativos, impressora 3D, mesa interativa, tablets e sistema de voto para potenciar um “laboratório de aprendizagem e inovação”, disse esta terça-feira à Lusa o presidente da câmara.

“Este projeto pretende constituir-se como laboratório de aprendizagem e espaço de inovação para professores e alunos, propício à utilização de novas metodologias”, explicou José Luís Gaspar.

Os dois espaços letivos, designados “salas do futuro”, um na Escola Básica Integrada do Marão e outro na Escola Básica Amadeo de Souza Cardoso, naquela cidade do distrito do Porto, são inspirados em soluções que já existem noutros países europeus e entram esta semana em funcionamento.

As salas estão, também, equipadas com quadros interativos, carros de carregamentos para dispositivos eletrónicos, câmara de filmar, ecrãs de visualização de conteúdos multimédia e mobiliário específico para 30 alunos, que inclui sofás e pufes, além de mesas e cadeiras com design e cores diferentes do tradicional.

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“Tudo é pensado para que haja uma grande interatividade tecnológica entre alunos e professores”, referiu.

O projeto prevê que haja, em breve, uma terceira sala com aquelas características na Escola Secundária de Amarante, atualmente em fase de instalação, permitindo assim alcançar alunos mais avançados no percurso escolar.

O investimento contemplou, por outro lado, “a capacitação de alunos e professores, através da realização de ações de formação, capacitação e workshops“, acrescentou o presidente.

“As salas estarão disponíveis para todos os professores”, disse, sinalizando, por outro lado, que um dos estabelecimentos contemplados se encontra na zona do Marão, longe da sede do concelho, reforçando, assim, o seu impacto no processo pedagógico, por trabalhar com mais alunos de meios rurais que nem sempre têm facilidade de acesso às tecnologias mais avançadas.

À agência Lusa, José Luís Gaspar acentuou que a ideia partiu da sugestão da docente Ana Batista e da diretora de agrupamento de Escolas de Amarante, Dina Sanches, no ano letivo 2015/2016.

“Aquando da apresentação do projeto por parte da escola, foi solicitado ao município que ajudasse na aquisição de todo o equipamento, uma vez que não tinha capacidade financeira para suportar os custos. A escola já tinha assegurado o apoio da Fundação Manuel António da Mota para fazer algumas obras de melhoramento na sala selecionada para o efeito”, explicou.

O município propôs, então, que o projeto integrasse o Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar que estava a ser trabalhado no âmbito Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

“E foi ainda mais longe ao propor a integração nesse plano, não uma, mas duas salas de futuro, equipando, assim, os dois agrupamentos escolares existentes no concelho”, reforçou o autarca.

O projeto em curso no concelho de Amarante representa um investimento de 150 mil euros, mas o conceito “Sala do Futuro” vai ser replicado noutros municípios do Tâmega e Sousa.

A apresentação pública das duas salas está marcada para quarta-feira, nos dois estabelecimentos de ensino.