Momentos-chave
- As fogueiras, as caras tapadas e o vandalismo: a noite na Catalunha em imagens
- "Odiamos o Estado e não os espanhóis!”
- Voltam as cargas policiais em Barcelona
- Incêndio de uma barricada em Barcelona
- Há um ferido em estado muito grave
- Foram detidos 83 manifestantes e 101 polícias ficaram feridos, garante governo espanhol
- Ministro do Interior espanhol garante que “o Estado não está sobrecarregado” e atira-se ao "independentismo violento"
- Governo catalão condena violência e pede que protestos de hoje sejam pacíficos
- Governo catalão condena violência e pede que protestos de hoje sejam pacíficos
- Chefe de Governo da Catalunha insiste com Madrid: é preciso "marcar dia e hora" para negociar
- 500 anarquistas europeus entraram na Catalunha para participar nos protestos, mas outros 300 foram barrados pela polícia
- Justiça encerra sites da "Tsunami Democrático"
Histórico de atualizações
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O número de detidos foi, entretanto, atualizado. No total, apenas no sábado, foram detidas 13 pessoas e dezoito ficaram feridas — incluindo quatro elementos da polícia. As autoridades mantêm o reforço de segurança para a possibilidade de novas manifestações este domingo.
Obrigada por nos ter acompanhado!
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Dez detenções este sábado em Barcelona
Ao todo, este sábado, foram detidas dez pessoas em Barcelona, avança o El País.
Há ainda confrontos entre agentes e manifestantes em alguns pontos da cidade, mas a situação parece estar bastante mais tranquila do que aquilo que se tinha visto na véspera, sexta-feira, 19 de outubro.
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As fogueiras, as caras tapadas e o vandalismo: a noite na Catalunha em imagens
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A fogueira feita na Rambla foi entretanto apagada.
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Mais uma barricada incendiada, mais balas de borracha disparadas pela polícia
Ao início da rua La Rambla, “ao lado da Praça da Catalunha” (segundo o El País), um grupo de jovens acendeu uma fogueira. O jornal catalão La Vanguardia acrescenta que há “novas cargas”, com a polícia a aproximar-se da zona da barricada recentemente incendiada e “a voltar a “disparar balas de borracha”. Os agentes “descem a Rambla e continuam a disparar”.
Perto da praça da Urquinaona, onde a polícia catalã fez há pouco uma carga policial, o cenário é agora bem diferente: a ação da polícia dispersou alguns manifestantes mais violentos (que estavam perto de uma barricada incendiada) e permaneceram os manifestantes pacíficos, que terão saltado e celebrado a saída do local dos mais extremistas e da polícia de choque.
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A situação parece agora estar mais calma. As carrinhas de choque especializadas da polícia catalã já abandonaram as ruas, restando apenas polícias e manifestantes. Depois da carga policial, os manifestantes estão agora maioritariamente sentados e vão cantando canções, diz o jornal (com sede em Barcelona) La Vanguardia.
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Algumas imagens da tensão noturna em Barcelona
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Carga policial explicada com necessidade de apagar incêndio
Na sua conta oficial de Twitter, a polícia catalã, Mossos d’Esquadra, revela que o propósito da carga policial foi “abrir espaço” e aproximar-se da zona de fogo provocada por um incêndio de manifestantes a uma barricada.
00:13h Intervenció policial a la zona de plaça Urquinaona per tal de guanyar espai i obrir pas per poder apagar els focs pic.twitter.com/d9vZ3ZWZYB
— Mossos (@mossos) October 19, 2019
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"Odiamos o Estado e não os espanhóis!”
Na concentração de pacifistas, que está a servir de barreira entre a polícia e os manifestantes radicais da praça Urquinaon, gritam-se palavras de ordem contra o Estado espanhol: “Odiamos o Estado e não os espanhóis!”, gritam os manifestantes sentados no chão.
O vídeo feito pela jornalista Sara Polo, do El Mundo, mostra o momento.
“Odiamos al Estado, no a los españoles”. Vuelve la calma a la Via Laietana tras varios conatos violentos. La concentración pacífica ejerce de barrera entre los violentos y la policía. Detrás ya se forman barricadas y se arrancan señales. pic.twitter.com/vCPeWRBIl2
— Sara Polo (@SaraPolo) October 19, 2019
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Voltam as cargas policiais em Barcelona
Voltaram as cargas policiais em Barcelona. As autoridades começaram a carregar sobre manifestantes no cruzamento da rua Pau Claris com a praça de Urquinaona, dispararam balas de borracha e desmobilizaram manifestantes da zona da fogueira criada numa barricada.
Plaza Urquinaona, Barcelona. Lo han intentado evitar la policía y Mossos pero ha sido posible. Comienzan las primeras cargas policiales. ????????????♂️
— Pedro Otamendi (@PedroOtamendi) October 19, 2019
Los @mossos disparan foam en Urquinaona. Dentro hay algunos centenares de manifestantes. Antes de la actuación policial, los protestantes han encendido una hoguera https://t.co/1E9Bl0e5M2 pic.twitter.com/404Rp2OUJG
— Rebeca Carranco (@RebecaCarranco) October 19, 2019
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Número de feridos sobe em Madrid: 26
O número de feridos resultantes de uma carga policial em Madrid, este sábado, aumentou na última hora para 26, 11 dos quais elementos policiais.
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Incêndio de uma barricada em Barcelona
Em Barcelona, alguns manifestantes incendiaram uma barricada perto da praça Urquinaona, onde as autoridades avisaram ativistas pró-independência para uma intervenção policial iminente. Há um vídeo que regista o incêndio, publicado por Rebeca Carranco, jornalista do El País.
Aumenta a tensão em alguns pontos da cidade, como o cruzamento da rua Pau Claris com a praça de Urquinaona. Nesse local — no qual foi incendiada uma barricada de manifestantes —, registaram-se atos de vandalismo e foi atirado mobiliário para as chamas.
A polícia parece preparar-se para avançar para uma carga policial.
Logran encender una barricada en la plaza de Urquinaona. No hay contenedores ni casi nada que puedan usar. Han cogido mobiliario de un restaurante, plantas, basura y lo que han encontrado https://t.co/1E9Bl0e5M2 pic.twitter.com/aAc9l0SHLc
— Rebeca Carranco (@RebecaCarranco) October 19, 2019
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As autoridades policiais catalães insistem no aviso: “Intervenção policial em breve”. Mas há muitos manifestantes que ignoram o aviso, não desmobilizam e estão a tentar barricar-se entre a praça Urquinaona e a avenida Laietana, relatam os jornais espanhóis.
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Polícia avisa: vem aí intervenção
As autoridades policiais catalães avisaram os manifestantes, que se encontram entre a praça Urquinaona e a avenida Laietana, que se preparam para intervir. Muitos manifestantes abandonaram o local, mas pelas imagens das televisões espanholas muitos outros parecem ter ficado. Há relatos de “barricadas” e de recusa em desmobilizar. O jornal El Mundo diz que a tensão subiu: continuam a ser atiradas garrafas de água, há mais manifestantes encapuçados e “há cada vez mais gente a levantar-se”.
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Objetos atirados à polícia em Barcelona
Na praça Urquinaona, um dos epicentros dos protestos em Barcelona este sábado, alguns manifestantes lançaram objetos na direção do cordão policial há alguns minutos. Um conjunto de manifestantes sentados entre polícia e ativitas, que tentam controlar os ânimos, ter-se-ão então levantado a pedir “paz”, indica o jornal El País.
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Cargas policiais em Madrid provocam 13 feridos
Em Madrid, onde também há manifestações este sábado fruto das tensões crescentes entre o Governo espanhol e os independentistas catalães, registaram-se cargas policiais que resultaram em 13 feridos, indica o El País. Segundo o jornal espanhol, três dos feridos são polícias nacionais, os restantes serão civis. Só um dos feridos foi hospitalizado até ao momento: um homem de 55 anos, que fraturou o braço. Uma pessoa foi detida.
Así han sido las cargas contra los manifestantes junto a la Gran Vía de Madrid https://t.co/b8LHGP3dqD Participaban en una marcha contra la sentencia del 'procés' desde Atocha a la Puerta del Sol pic.twitter.com/B3qaowQMLU
— Europa Press (@europapress) October 19, 2019
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Seis mil manifestantes em Barcelona
São neste momento seis mil os manifestantes presentes na praça de Urquinaona e na zona do Arco do Triunfo, em Barcelona, indica o jornal La Vanguardia. Não se registam incidentes desde os breves confrontos no início da manifestação e “há cada vez mais cidadãos na linha de voluntários que separa os manifestantes dos corpos policiais na Via Laietana”.
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Continua a guerra entre Sánchez e Torra. Quem não quer falar com quem?
Para o presidente do Governo catalã (ou Generalitat da Catalunha), a posição do primeiro-ministro espanhol é irresponsável: recusa a falar-se com os representantes catalães e não está disposto a dialogar. Para o socialista Pedro Sánchez, a questão é outra: o Governo “esteve sempre disponível para dialogar”, mas “dentro da lei — primeiro a lei e depois o diálogo”. E a lei, entende o Governo, não está a ser cumprida.
A guerra de palavras entre os dois líderes políticos prosseguiu este sábado. E começou com a indignação de Quim Torra, que terá tentado falar no mesmo dia com Pedro Sánchez — já o desafiara antes a discutir o “direito à autodeterminação da Catalunha”— mas foi ignorado. Na sequência das queixas do catalão, o Governo espanhol emitiu um comunicado onde defendia que antes do diálogo vem a lei e que para haver diálogo, “o senhor Torra deveria reconhecer os outros catalães que não são independentistas”, criticar e não ser conivente com “o independentismo violento”.
Além disso, prosseguia o texto governamental, “o Governo de Espanha reitera que o problema da Catalunha não é a independência, que não acontecerá porque não é nem legal nem desejada pela maioria dos catalães, mas sim a conivência” com o independentismo que tem gerado confrontos nas ruas de Barcelona. Seria portanto necessário “condenar a violência, algo que o senhor Torra não fez”. E deixava uma alfinetada: “A sua [de Torra] proposta de referendo não é desejada nem pela maioria dos catalães nem, pelo que parece, pela maioria do seu próprio Governo”. O executivo espanhol alude aqui à deterioração dos consensos entre as forças políticas do Governo catalão, visível pela forma como a própria Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) já anunciou não estar de acordo com um novo referendo à autodeterminação da região.
O presidente do Governo catalão não se ficou — e enviou uma carta pública a Pedro Sánchez para se defender. Na missiva, descreve a forma como é tratado no comunicado de Governo como “uma maneira imprópria de responder para um primeiro-ministro” e contra-ataca após as acusações de conivência com atos de violência: “Você não me vai dar lições sobre condenar e lutar contra toda a violência porque eu, tal como o movimento independentista tem feito todos estes anos, lutei sempre e condenei sempre todas as formas de violência. Todas”.
O que é preciso para a Catalunha e Madrid se sentarem a falar?
Torra considera ainda importante “constatar publicamente” que Pedro Sánchez mantém a sua recusa em falar diretamente com o Governo catalão, “negando-se ao diálogo”. Apesar disso, mantém o desafio ao primeiro-ministro espanhol para conversarem “sobre o direito legítimo da Catalunha a exercer o direito de autodeterminação”, não procurando “desculpas onde não as há”. Do lado oposto, a intransigência continua e não há fumo branco à vista.
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Pedro Sánchez: "Os violentos nunca quebrarão o Estado"
O primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, publicou uma mensagem no Twitter em que proclama: “Os violentos nunca quebrarão o Estado”. Sánchez elogia ainda “a coordenação de todos os corpos policiais” que estão a trabalhar na Catalunha, que, considera, “está a ser exemplar”.
Los violentos nunca quebrarán al Estado. La coordinación de todos los cuerpos policiales está siendo ejemplar durante estos días en #Cataluña. Da buena cuenta de ello la reunión con los mandos policiales en el CECOR que ha presidido hoy en Barcelona el ministro del @interiorgob. pic.twitter.com/FI060iIfgo
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) October 19, 2019
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Reunião no Parlamento da Catalunha com Torrent e Ada Colau
O presidente do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent, está reunido com a presidente da câmara local, Ada Colau, precisamente no Parlamento, avança o jornal La Vanguardia.
O objetivo da reunião é “estabelecer um espaço de trabalho entre instituições e entidades sociais e económicas” da região. O La Vanguardia cita um comunicado oficial que especifica que se procurará encontrar soluções para “pôr fim a todas as violências” e “acabar com a judicialização e conseguir uma solução democrática para um conflito político”.