Fechado em casa como tantos milhões de portugueses, Filipe La Féria não sabe quando poderá retomar a atividade normal como encenador e produtor de teatro, porque é impossível prever quando termina o isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus. De uma coisa tem a certeza: teatro no ecrã do computador ou da televisão torna mais pobre a relação entre espectadores e atores. E, no entanto, assim se vai passar o Dia Mundial do Teatro, que se assinala esta sexta-feira.

“Não há nada mais satisfatório do que a presença do público numa sala”, comentou La Féria ao Observador. “Estarmos olhos nos olhos com as pessoas faz com que o espetáculo seja diferente todos os dias, cria uma afetividade que faz subir a intensidade e a qualidade da peça. Um bom público faz um bom espetáculo”, explicou o mais conhecido dos encenadores portugueses.

O Teatro Politeama, em Lisboa, que La Féria dirige desde a década de 90, é uma das salas que por estes dias utilizam a internet para manter diálogo com o público. Até ao início de maio, no Facebook, o Politeama transmite todos os dias às 21h30 a gravação dos musicais mais famosos que por ali passaram. Até esta sexta-feira, é exibido My Fair Lady, com Anabela e Carlos Quintas. A partir de sábado, 28, passa Maldita Cocaína, a que se seguem Música no Coração, Jesus Cristo Superstar, Severa, A Canção de Lisboa e Judy Garland: O Fim do Arco-Íris.

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