O Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiu que Sérgio Moro foi parcial na condução do processo do tríplex do Guarujá, em São Paulo, que culminou na condenação de Lula da Silva por corrupção. Esta decisão — com três votos favoráveis e dois contra — surgiu na sequência de um pedido da defesa do ex-presidente do Lula da Silva, segundo o jornal O Globo.
Assim, o processo em causa, que visava o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, volta à casa de partida.
Recorde-se que Sérgio Moro deixou a magistratura para se tornar ministro da Justiça do Governo liderado por Jair Bolsonora, o qual já abandonou, acusando o atual presidente de interferências na Polícia Federal.
Especialistas consideram que a suspeição de Sérgio Moro poderá resultar numa eventual anulação de todos os casos da Lava Jato nos quais Moro e o grupo de trabalho da Lava Jato de Curitiba (Paraná) atuaram, apesar de vários juízes do Supremo terem manifestado que a decisão desta terça-feira se aplica apenas ao processo de Lula.
A sentença que condenou Lula já tinha sido anulada por outra decisão, determinada pelo juiz do STF Edson Fachin, que apontou a incompetência da Justiça Federal do Paraná para analisar os processos de Lula, e anulou todas as suas condenações no âmbito da Lava Jato de Curitiba.
Isto não quer dizer que o antigo chefe de Estado brasileiro tenha sido inocentado já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos anulados.
Com a decisão, porém, Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou seus direitos políticos.