“Não podemos fechar a Web Summit sem ele”, disse Paddy Cosgrave, CEO da cimeira. E foi mesmo “ele”, o Presidente da República, que encerrou a sétima edição do evento em Lisboa.

Os elogios foram mútuos. “Sete anos. Parabéns Paddy, és o maior, ele é o maior”, arrancou Marcelo Rebelo de Sousa, muito ovacionado por uma Altice Arena repleta.

O Presidente recordou o “sucesso” do evento em 2016 e 2017, no arranque, em 2018 e 2019, anos marcados “pelo negacionismo das alterações climáticas”, e 2021, “ultrapassando uma pandemia quando muita gente dizia que não íamos resistir”. Resistiram, “e agora estamos no meio de uma guerra e estão aqui 75 mil pessoas”.

Marcelo sublinhou a presença, ainda que à distância, que Noam Chomsky, “que era motivo de debate quando eu tinha 18 anos e agora ele tem 94, está bem vivo e acredita no digital”, e não deixou de lembrar a Ucrânia, um país em guerra que “temos de reconstruir”.

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Apelou à recuperação das economias e sociedades que estão a “sofrer” com a inflação e a crise, e à aceleração da transição energética. Mas apelou sobretudo a um “desafio final” que não se pode esquecer “nunca”: a ação climática.

Para todos estes desafios, notou, “precisamos do digital”, porque “faz a diferença e muda vidas”.

O Presidente enalteceu Lisboa como a capital do digital e deixou uma palavra “especial aos amigos do Brasil”, recebendo um ruidoso aplauso. “No próximo ano vamos ao Rio” nos dias 2, 3 e 4 de maio, quando se realiza a Web Summit no Brasil. “Estaremos lá, mas prometam-me que regressam a Lisboa. E tragam toda a América Latina com vocês.”

Mas também deixou um pedido à organização da cimeira e a Carlos Moedas. “No próximo ano espero que consigamos ver o início das novas fases da Web Summit, as novas estruturas para o futuro da Web Summit e que consigamos preparar o futuro após 2028”, ano até ao qual a cimeira está garantida. “Está prometido?”, pediu a Paddy e a Moedas. Para se despedir com o habitual “até para o ano”.