O ministro da Presidência disse esta quarta-feira que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) “deixou de ter interesse” em utilizar o antigo hospital Militar de Belém, na Ajuda, para acolhimento temporário de imigrantes, posição que o Governo respeita.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa ouviu os apelos da população que entendeu que não quer localizar aquilo ali. Nós até enquadrámos a possibilidade de no futuro transformar aquilo num centro intergeracional. Ainda assim, a CML, e nós respeitamos, entendeu que devia ter uma estratégia diferente”, afirmou António Leitão Amaro, na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Em reposta ao deputado do Bloco de Esquerda Fabian Figueiredo, o ministro avançou que a Câmara de Lisboa “procurou outra estratégia e deixou de ter interesse na concretização do protocolo” que previa que o Governo cedesse o antigo hospital militar de Belém para acolher temporariamente imigrantes.

“Da parte do Governo houve a disponibilidade para fazer, preparámos o protocolo, adequá-lo a uma evolução futura para um centro intergeracional, agora ele implicava uma negociação adicional financeira, compreendo as reticências da CML sobre isso”, disse.

Leitão Amaro salientou ainda que o Governo apoia a CML nas iniciativas que tiver, “porque de facto está a fazer muito para procurar encontrar uma resposta para aquelas pessoas”.

“Alguma mudança de estratégia [da CML] o Governo respeita”, referiu.

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