A circulação de comboios do Metropolitano de Lisboa foi, esta quinta-feira, retomada com normalidade às 10h20, após uma greve parcial dos trabalhadores, iniciada às 5h00, adiantou à Lusa fonte da empresa.

Os trabalhadores do Metro de Lisboa cumpriram, esta quinta-feira, uma greve entre as 5h00 e as 10h00 que, segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), teve uma adesão superior a 90%, levando ao encerramento de todas as estações.

Em causa estão, de acordo com a Fectrans, os “incumprimentos sucessivos” da transportadora quanto a pagamentos e ao Acordo de Empresa.

A paralisação, à semelhança daquela que ocorreu em 6 de novembro (com participação estimada pela federação entre 85% e 90%), foi decidida pelos trabalhadores em dois plenários para exigir à transportadora o pagamento das denominadas variáveis (trabalho suplementar e feriados), além do cumprimento do Acordo de Empresa ao nível de condições de trabalho, progressão das carreiras e redução do horário de trabalho.

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As organizações sindicais reuniram-se com a administração da transportadora, mas consideraram que “aquilo que a empresa fundamentalmente queria era a suspensão” da greve “sem qualquer contrapartida”.

Ainda segundo a Fectrans, o conselho de administração do Metropolitano de Lisboa “nada apontou para a solução”, refugiando-se “só em questões de ordem jurídica”, embora a problemática seja “apenas de ordem económica e política”.

Na altura da primeira greve, no início do mês, o Metropolitano de Lisboa colocou uma nota de esclarecimento no site relativa aos motivos apresentados pelas associações sindicais para a greve referindo que, em relação ao pagamento das variáveis, a questão está atualmente “em apreciação pelos tribunais competentes”.

A administração indicou ainda que “mantém toda a disponibilidade, materializada nas mais de 15 reuniões formais já realizadas em 2024, com as organizações sindicais, para prosseguir todos os processos negociais em curso”.

Entre estes encontram-se as “alterações ao Regulamento de Carreiras, diminuição do horário máximo de trabalho para as 37,5 horas semanais, através de uma negociação construtiva, com o objetivo de satisfazer as necessidades dos clientes, melhorar as condições de trabalho e modernizar a empresa, garantindo a sua sustentabilidade“.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

Normalmente, o serviço funciona entre as 6h30 e as 1h00.

Atualizado às 11h20