O ministro das Forças Armadas francês recebe na próxima semana o seu homólogo ucraniano, numa viagem centrada no reforço do equipamento militar, que Kiev exige para continuar a defender-se da invasão russa.

Sébastien Lecornu receberá Rustem Umerov em Paris, em 18 de janeiro, adiantou hoje o gabinete do ministro das Forças Armadas à agência France-Presse (AFP).

O responsável pela Defesa francesa esteve em Kiev em setembro.

As forças russas bombardearam a região de Sumy 260 vezes durante o dia de hoje, disparando contra 12 comunidades, disse a Administração Militar da região no Telegram. Não foram relatadas vítimas naquela zona.

Um ativista russo de esquerda que criticou o Kremlin, mas apoiou a guerra na Ucrânia, foi hoje condenado a permanecer sob custódia enquanto aguarda o julgamento por acusações relacionadas ao seu comentário online.

O Tribunal Distrital de Basmanny, em Moscovo, decidiu manter Sergei Udaltsov sob custódia até 15 de fevereiro, sob a acusação de “justificar o terrorismo”, enquanto a investigação prossegue.

Udaltsov, que pode ser condenado a até cinco anos de prisão, disse que as acusações estão relacionadas com publicações de apoio a membros de um grupo marxista que foram presos por criarem uma “comunidade terrorista” na cidade de Ufa, cerca de 1.400 quilómetros a leste de Moscovo.

A Rússia classificou hoje o escritor Boris Akunin, exilado desde 2014, como “agente estrangeiro”, após a sua colocação na lista de “terroristas e extremistas”.

De nome verdadeiro Grigori Tchkhartishvili, o romancista aparece na lista de novos “agentes estrangeiros” publicada hoje pelo Ministério da Justiça russo.

As autoridades acusam-no de “opor-se à operação militar especial na Ucrânia”, nome que Moscovo dá ao ataque lançado em 2022.

Acusam-no também de ter “divulgado informações imprecisas com o objetivo de passar uma imagem negativa da Rússia e das suas forças armadas” e de ter recolhido fundos a favor do exército ucraniano.

O ministério da Defesa moldava negou esta noite as acusações da região separatista da Transnístria de que o país se encontrava a treinar soldados para cometer “ações terroristas” naquela região.

Em declarações à TV8, representantes do ministério apelidaram a acusação de “provocatória” e “propaganda”, garantindo que o programa de formação visa ajudar a fornecer aos soldados ucranianos conhecimentos especializados em desminagem.

A Rússia terá lançado um ataque com drones na Ucrânia durante a noite desta sexta-feira, partilhou Vitaliy Klitschko, presidente da Câmara de Kiev, no Telegram.

“O movimento de drones inimigos foi detetado! As forças de defesa aérea estão a operar na região. Permaneçam em abrigos até que o alerta aéreo termine”, partilhou Klitschko.

A Força Aérea ucraniana também pediu aos moradores de Irpen que se concentrassem em abrigos, relatando ainda que foram ouvidas explosões em Kiev.

O primeiro-ministro da Polónia vai reunir-se com o Presidente Andrzej Duda na próxima segunda-feira, para discutir, entre outras medidas, a ida a Kiev, informa o canal polaco TVN24.

Donald Tusk garantiu que, no encontro com Duda, vai “discutir os detalhes e a natureza” da visita a Kiev, que terá lugar “nos próximos dias”.

A Comissão Europeia aprovou hoje o financiamento de 126 milhões de euros da Roménia, que visa a ajudar a reforçar a infraestrutura portuária no país e reduzir o congestionamento causado pelo aumento das exportações ucranianas.

De acordo com o comunicado da comissão, o fundo será disperso em subvenções até ao montante de 10 milhões de euros para empresas que queiram investir na região.

A Rússia terá lançado drones shahed no norte da Ucrânia durante a noite desta sexta-feira, segundo informou a Força Aérea ucraniana no Telegram.

As forças ucranianas relataram o “voo de shaheds” entre a “região de Sumy e na direção da região de Chernihiv”.

Várias localidades da região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, ficaram hoje sem eletricidade após um ataque de artilharia das forças ucranianas, revelou o governador local, Viacheslav Gladkov.

Os cortes de eletricidade afetam os habitantes das aldeias de Glotovo, Bezimeno, e parcialmente as localidades de Gora-Podol e Kozinki”, escreveu Gladkov no Telegram.

O governador acrescentou que o bombardeamento não provocou vítimas entre a população local.

No habitual discurso ao povo ucraniano, o Presidente Volodymyr Zelenksy destacou o acordo alcançado hoje entre a Ucrânia e a Grã-Bretanha, que prevê um apoio anual de 2,5 mil milhões de libras.

Este dia já entrou na história do nosso Estado: hoje temos um acordo com a Grã-Bretanha, um acordo de segurança no qual trabalhamos há muito tempo. Agradeço à Grã-Bretanha e pessoalmente ao sr. primeiro-ministro Sunak pela primazia e liderança”, afirmou o chefe de Estado ucraniano.

Zelensky comparou este acordo com o que foi celebrado entre os Estados Unidos e Israel no século passado, dizendo que chegou a vez de a Ucrânia “formar esse modelo” para o seu “tempo”.

This day is already part of Ukrainian history. We have reached a security agreement with the UK that we have long worked on. This is the first such agreement based on the G7 Vilnius Declaration.

The agreement covers many aspects. Direct annual support. Fixed financial… pic.twitter.com/bB5A69XeYo

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 12, 2024

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ainda nao conseguiu aceder às salas de controlo dos reatores da central de Zaporíjia, anunciou esta sexta-feira em comunicado.

De acordo com a AIEA, os peritos foram novamente impedidos de entrar nas salas das unidades 1, 2 e 6, “o que prejudica a sua capacidade de monitorizar a situação da segurança nuclear na central”, lê-se no comunicado.

A AIEA rejeitou ainda as alegações das autoridades russas, que disseram que as salas estão “seladas”.

A guarda fronteiriça finlandesa deteve hoje 11 iranianos que tentavam entrar ilegalmente no país, oriundos da fronteira oriental com a Rússia, disse o jornal finlandês YLE.

De acordo com a publicação, os homens foram detidos em Lappeenranta, cidade finlandesa que se encontra a cerca de 49 quilómetros da cidade russa de Vyborg. Depois de terem sido capturados, os migrantes pediram asilo.

O comandante da guarda fronteiriça do sudeste da Finlândia disse ao YLE que, após a realização de uma investigação preliminar, concluiu-se que os 11 iranianos foram apoiados por alguém ligado à Rússia, não se sabendo a identidade dessa pessoa.

Bruno Cardoso Reis destaca que “apoio americano é insubstituível e que por isso não podem abandonar completamente a Ucrânia. Carlos Gaspar relembra que “a Inglaterra esteve lá desde a primeira hora”.

Ouça aqui o “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

“Europa já ajuda mais Ucrânia que Estados Unidos”

Igor Kolyhaiev, o presidente da Câmara de Kherson, foi raptado pelas tropas russas há cerca de um ano e meio, numa altura em que a cidade estava sob ocupação.

Para a ajudar a libertar o pai, Sviatoslav Kolyhaiev recorreu ao Presidente Volodymyr Zelensky. No vídeo partilhado no Instagram, o filho disse que já fez “mais de 100 apelos a todas as estruturas estatais de direitos humanos”.

Kolyhaiev crê que o regresso do pai a casa é “uma força motriz” em troca dos restantes civis que são mantidos em cativeiro. “Estou pronto para conduzir qualquer diálogo em qualquer formato, desde que meu pai volte vivo para casa”, disse.

Para Kyrylo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia (HUR), o grande número de drones e de campos minados “tornou impossível” à Rússia e à Ucrânia recorrerem a operações ofensivas no ano passado.

Em declarações ao jornal francês Le Monde, Budanov acrescentou que, desde a Segunda Guerra Mundial, não se via uma densidade tão grande de campos minados.

“Conhecemos a solução para os drones, (utilizar) contramedidas eletrónicas. As minas requerem equipamento especializado”, completou.

De acordo com a Bloomberg, a Rússia está a ponderar recorrer aos meios legais para impedir a apreensão de ativos russos congelados, que foi movida pelos Estados Unidos e os seus aliados. Rússia pretende encontrar a representação de escritórios de advogados internacionais.

O novo chefe da diplomacia francesa, Stéphane Séjourné, “está a caminho de Kiev” onde tem previsto um encontro com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para testemunhar o apoio francês à Ucrânia, indicou hoje o seu gabinete.

O encontro estava inicialmente agendado com a ex-ministra Catherine Colonna, mas na noite de quinta-feira foi anunciada uma remodelação governamental, com a designação de Stéphane Séjourné para o Quais d’Orsay.

Colonna deveria iniciar a sua deslocação com uma paragem em Varsóvia.