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  • Crispações, temas quentes e Ucrânia. O regresso tenso de Costa ao Parlamento

    São três meses de Governo – que na verdade são quase sete anos – e as polémicas mais que muitas. Costa voltou a um debate parlamentar sobre política geral e disparou para evitar ser atingido.

    Crispações, temas quentes e Ucrânia. O regresso tenso de Costa ao Parlamento

  • No final do debate, o Parlamento aprovou o apoio ao estatuto de adesão da Ucrânia à União Europeia, com o PCP a ser o único partido a votar contra.

  • Terminaram os debates com o primeiro-ministro no Parlamento. Dentro de momentos vai poder ler no Observador a análise ao que se passou durante a tarde de hoje neste regresso de António Costa aos debates sobre política geral.

    Até já!

  • "Com a atual arquitetura institucional e orçamental, a UE não pode acomodar novos membros", diz Costa

    Agora fala Costa, para encerrar o debate, e diz que o apoio da UE “não ficou na retórica e tem-se concretizado no apoio humanitário”, exemplifica, e também financeiro. Sobre o seu “ceticismo”, Costa responde “Não, não sou cético”.

    “Mas a atribuição do estatuto de candidato à Ucrânia não é nem um questão de fé, nem um acto menor”, diz logo de seguida. Só é um ato menor para aqueles que julgam que atribuir o estatuto à Ucrânia hoje significa o mesmo que no passado atribuir a países como a Turquia ou a países dos balcãs ocientais”.

    “Se mantemos reserva mental e se estamos preocupados com a credibilidade futura e presente da UE, temos de estar cientes do que significa atribuir o estatuto de candidato à Ucrânia”, afirmou Costa sobre esta matéria.

    O primeiro-ministro repete que está a ser feito um trabalho bilateral de apoio técnico à Ucrânia para a adesão que é “um processo longo, exigente e incerto”. Por isso, diz, “não é uma questão de ceticismo, mas os procedimentos devem ser respeitados”.

    Quem apoia o estatuto de candidato, não pode deixar de se colocar a seguinte questão: a UE pode acomodar estes países com a atual arquitetura institucional e orçamental? Não o pode fazer”, responde o primeiro-ministro. “Não temos condições para manter a atual arquitetura”, diz Costa desafiando os outros líderes europeus que venham a ter em conta isto mesmo. O primeiro-ministro diz que a revisão dos tratados se tornou uma prioridade.

    Costa fala no impacto que tudo isto terá para a classificação das regiões de coesão em Portugal. É neste sentido que pede a mudança da “arquitetura” europeia. “Não estou cético, estou é determinado a que todos tenham consciência dos passos que vamos dar”, atira esperando a compreensão do Conselho Europeu e que os que “já foram frugrais não se relembrem de voltarem a ser quando as necessidades forem bastante maiores do que já hoje são”.

  • Livre considera uma "irresponsabilidade" prometer um alargamento sem rever os tratados da UE

    O Livre considera que “prometer um alargamento sem estar disposto a rever os tratados e aprofundar a UE é uma irresponsabilidade”.

    O deputado único Rui Tavares considera que é preciso cumprir os valores da União Europeia para que não se passe à Ucrânia, a Moldávia e à Geórgia uma mensagem que “a UE não é uma união de valores democráticos, mas antes um clube de democracias e algumas ditaduras”.

  • Agora o PAN, com Inês Sousa Real pede a admissão da Ucrânia na UE “o mais depressa possível” e que seja renegociada ou perdoada a sua dívida a Portugal”. “Portugal vai avançar para esta
    renegociação da dívida ucraniana e se vai defender a sua adesão rápida ao mercado interno?”.

    Também fala das taxas de juro, perguntando ao Governo se “prevê que a nível europeu possam haver medidas, tipo moratórias parciais, que possam pelo menos aliviar este fardo que vai recair sobre as famílias?” E ainda sobre o PRR, o PAN pergunta o que “vai o Governo fazer para assegurar a execução atempada do PRR e se não teme que esta execução não atempada possa diminuir
    os valores do crescimento do país e assustar os mercados?”

  • BE: "O povo ucraniano conta com o Governo português para defender o cancelamento da dívida?"

    Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, recordou que “antes da guerra Ucrânia já era dos mais pobres da Europa e dos mais endividados”.

    “Com a guerra, esta dívida só tem vindo a aumentar, já que muita da suposta solidariedade, nomeadamente o apoio militar, é feita em forma de empréstimos, não há doações”, explica a deputada, alertando que “a cada dia que passa a Ucrânia fica mais endividada”.

    Mortágua avisa ainda que “nenhum povo ou país se reconstrói com uma gigantesta dívida às costas” e deixa uma pergunta ao primeiro-ministro: “O povo ucraniano conta com o Governo português para defender o cancelamento da dívida ucraniana na UE e nas suas instituições?”

  • PCP pede avaliação às sanções da UE à Rússia

    Diana Ferreira, do PCP, pede uma avaliação do sexto pacote de sanções à Rússia e se o Governo vai impor ao Conselho Europeu essa mesma avaliação. E se tem noção destas sanções no aumento do custo da energia e nos preços em geral.

    Considera o Governo tomar medidas para o controlo e a fixação de preços?”, pergunta ainda somando a esta outra pergunta sobre as taxas de juro. “Quem vai sofrer as consequências são as micro e pequenas empresas e as famílias. O que fará para que as famílias não percam as suas casas?”, questinou.

  • IL quer perceber se Costa mantém o "ceticismo" quanto à adesão da Ucrânia à UE

    Bernardo Blanco, deputado da Iniciativa Liberal, quer perceber se o primeiro-ministro “mantém o ceticismo” sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.

    O deputado liberal pretende ainda perceber com quanto é que Portugal participará para o novo pacote de nove mil milhões da UE para apoio à Ucrânia e de que forma.

  • Chega diz que Costa alinha pelo "ceticismo de alguns líderes europeus" sobre adesão da Ucrânia

    Rui Paulo Sousa, do Chega, diz que “a invasão da Ucrânia é demasiado grave para que a União Europeia fique indiferente”. O deputado fala da crise que foi desencadeada pela guerra e fala do “ceticismo de alguns líderes europeus” sobre a adesão incluindo a posição de António Costa.

    Pedro Pessanha, segue-se na mesma bancada, e pergunta ao primeiro-ministro sobre o envio de material militar para a Ucrânia — pedido por Zelensky mas recusado pelo Governo português (cita a ministra da Defesa nesta matéria).

  • Costa colocou "várias dificuldades à adesão da Ucrânia" e "fê-lo sem se concertar com o PSD"

    Tiago Moreira de Sá, deputado do PSD, assegurou que “importa que todos sejam claros na posição que defendem”.

    “Nós defendemos que devemos conferir à Ucrânia o estatuto de candidato a Estado Membro da União Europeia, com todas as suas consequências”, disse.

    E prosseguiu: “Abrir a porta da nossa casa europeia aos ucranianos não é só um elementar ato de decência moral. É também o passo acertado a dar na construção de uma Nova Ordem Europeia que garanta a nossa segurança, sendo capaz de travar de modo duradouro o revisionismo russo”, frisou o social-democrata.

    Tiago Moreira de Sá frisou que “o alargamento da NATO é um primeiro passo decisivo no reforço do pilar militar da nossa defesa comum” e que “o alargamento da União Europeia dará corpo a um segundo pilar político, económico, normativo e cada vez mais também securitário”.

    O deputado realça que António Costa colocou “várias dificuldades à adesão da Ucrânia” e “fê-lo sem se concertar com o PSD”.

    “Pergunto-lhe se podemos agora esperar todo o seu empenho na batalha por um legado que esteja à altura da obra da geração do pós-Segunda Guerra Mundial e da geração pós-Guerra Fria, que, pela sua capacidade política e coragem moral, ofereceu-nos o mais longo tempo de paz da nossa história”, realçou.

  • PS apoia Costa na posição da Ucrânia: "Os problemas não vão desaparecer" com a adesão

    No PS, João Paulo Rebelo intervém para falar do papel determinante da UE e aplaude que Costa tenha agora a tutela direta dos Assuntos Europeus. Quanto ao Conselho Europeu, o socialista diz que acompanha Costa na questão da Ucrânia dizendo que “os problemas não vão desaparecer” com a adesão do país.

    Rui Lage, também do PS, questiona se o projeto europeu poderá “prosseguir navegação segura” numa época que já não é de paz?

  • Costa realça que UE tem de garantir que não são criadas "falsas expectativas e frustrações" à Ucrânia

    António Costa dá início ao debate preparatório do Conselho Europeu, que tem como principal questão a entrada da Ucrânia na UE, com o primeiro-ministro a dizer que Portugal entende acompanhar a recomendação da UE, mas realça que é preciso cautela para que não sejam criadas “falsas expectativas e frustrações”.

    “A UE tem de assumir a consciência que é preciso iniciar uma reflexão sobre a arquitetura institucional e orçamental da UE e não se pode desobrigar do apoio imediato à Ucrânia”, enalteceu o primeiro-ministro.

    A entrada da Ucrânia “não pode ser uma forma de a UE lavar a sua consciência”.

  • Costa realça que UE tem de garantir que não são criadas "falsas expectativas e frustrações" à Ucrânia

    António Costa dá início ao debate preparatório do Conselho Europeu, que tem como principal questão a entrada da Ucrânia na UE, com o primeiro-ministro a dizer que Portugal entende acompanhar a recomendação da UE, mas realça que é preciso cautela para que não sejam criadas “falsas expectativas e frustrações”.

    “A UE tem de assumir a consciência que é preciso iniciar uma reflexão sobre a arquitetura institucional e orçamental da UE e não se pode desobrigar do apoio imediato à Ucrânia”, enalteceu o primeiro-ministro.

  • Pausa no Parlamento

    Termina agora o debate sobre política geral e o presidente da Assembleia da República faz uma pausa antes de passar ao ponto seguinte, em que o primeiro-ministro continuará no plenário para o debate de preparação do Conselho Europeu do final desta semana.

  • Rui Tavares questiona o primeiro-ministro sobre se o Governo está disposto para “acompanhar o Livre na defesa da criação de um programa Regressar Saúde” para os profissionais de saúde.

    António Costa realça que o programa é transversal, mas admite que é preciso melhorar as condições de trabalho para todos os profissionais de saúde.

  • Inês Sousa Real, do PAN, fala agora da “seca extrema”, apontando o desperdícios de recursos hídricos e a falta de estratégia para os mecanismos de retenção. Também questiona o Governo sobre o controlo da celulose como prevenção de incêndios.

    Na resposta, António Costa destaca o valor económico da floresta e diz que o problema da água passa também pela floresta. “É mesmo preciso não ter essa ideia que não tem de ter valor económico”.

  • Costa pede que Catarina Martins não se exalte e deixa um recado: "Não foi o BE que fundou o SNS e o SNS não deve nada ao BE"

    Catarina Martins regressa ao SNS por considerar que “depois de várias intervenções e até piadolas” durante o debate ficou “sem [se] saber o que vai ser feito”.

    “No concreto o que vai fazer? Dizer o que diz há quatro anos, ou que há um plano de contingência não adianta nada e era triste chegar ao fim do debate sem saber o que o Governo vai fazer para fixar especialistas no SNS”

    António Costa pede que Catarina Martins “não se exalte” e não coloque “esse tom de voz” e não poupa nas palavras: “Não foi o BE que fundou o SNS e o SNS não deve nada ao BE para a sua melhoria.”

    “A senhora deputada não quer dizer o que distingue o seu regime de exclusividade”, enaltece, frisando que este “impede os profissionais de exercerem livremente a sua profissão” e que “o risco é que o SNS não tenha os recursos humanos suficientes”.

    O primeiro-ministro recorda vários números dos últimos anos que suportam a visão do PS, nomeadamente a “taxa de retenção” de profissionais no SNS, e prometeu que o Governo vai trabalhar para melhorar as condições, “não com retórica”. No final, reiterou ainda com o facto de o BE ter chumbado o Orçamento do Estado.

    Na resposta, Catarina Martins acusa o PS de estar a fazer o trabalho da direita que, diz, “não tem nenhuma proposta para o SNS”.

    “Há limite para a demagogia”, responde António Costa, que enumera vários exemplos que diz terem sido levados a cabo para melhorar o SNS, dizendo que são apresentadas “soluções que se vão encontrando para cada um dos problemas”.

  • Costa insiste em esperar pelo PSD para decidir sobre novo aeroporto

    No PCP, a deputada Paula Santos questiona o primeiro-ministro sobre a gratuitidade das creches. “Vai ou não garantir a gratuitidade das creche às crianças já abrangidas e as que entrem no primeiro ano?”

    Costa responde sucintamente: “Sim, o Governo vão cumprir o que foi aprovado e consta no OE e assim será no dia 1 de setembro”.

    Depois da resposta, a deputada comunista continua na área da Educação, acusando o Governo de não ter dotado as escolas dos recursos necessários no pós-pandemia. “O que está a fazer para que as escolas no próximo ano letivos tenham todo os professores?”, questiona Paula Santos que pede também “soluções estruturais” para o ensino, nomeadamente na colocação dos professores.

    Sobre esta questão, Costa fala das duas medidas de fundo que tem no programa: alteração do modelo de concurso de professores e também do modelo de vinculação às escolas. Estas questões de fundo “estão a ser negociadas com os sindicatos”, assegura.

    A deputada fala ainda no caos no aeroporto de Lisboa e diz que a ANA transformou o aeroporto num “enorme centro comercial” e que a capacidade do aeroporto está “esgotada”. “Não há nada que o impeça de avançar sem ser a falta de vontade política para enfrentar ANA”, acusa a comunista.

    Sobre o aeroporto, Costa faz o (longo) histórico do processo e diz que defendeu o consenso na decisão. “Não reabrimos a discussão e decidimos executar a decisão tomada pelo Governo anterior”, disse o primeiro-ministro. “Aguardo serenamente que a nova liderança do PSD diga qual a sua decisão”, para ter “um consenso nacional suficiente” para que não haja risco de uma nova maioria reverta os passos agora dados.

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