Histórico de atualizações
  • Bom dia, este liveblog onde temos acompanhado a crise política espanhola encerra aqui. Vamos continuar a seguir as negociações para a formação do governo em Espanha no nosso jornal e na nossa rádio. Fique connosco.

    Até já.

  • Organização internacional diz que "conflito catalão foi instrumentalizado pela Rússia"

    Um relatório elaborado pelo Centro Europeu de Excelência para Combater Ameaças Híbridas (Hybrid CoE) sobre o referendo da independência na Catalunha concluiu que o “conflito catalão foi instrumentalizado pela Rússia” para desestabilizar a Europa.

    Segundo o relatório do Hybrid CoE, um centro de investigação internacional independente que se foca nas chamadas “ameaças híbridas”, que combinam técnicas militares e não militares, na União Europeia e na NATO, a Rússia recorreu a um grupo de políticos catalães para provocar uma “instabilidade interna muito profunda”, citou o ABC, que teve acesso ao documento.

    “Neste caso, o objetivo do Kremlin não era uma Catalunha independente, mas uma instabilidade interna muito profunda e duradoura em Espanha, um país membro da UE e da NATO, que em última instância acabaria por influenciar todos os países ocidentais.”

    Em 2017, na sequência do referendo sobre a independência da Catalunha considerado ilegal, o governo espanhol acusou a Rússia de usar a situação para destabilizar o país.

    Os ministros da Defesa e Negócios Estrangeiros disseram na altura terem indícios de que grupos russos e venezuelanos usaram as redes sociais para divulgar de forma massiva a causa separatista e influenciar a opinião pública.

    Os líderes separatistas catalães negaram qualquer interferência da Rússia, referiu a Reuters.

  • Número dois do ERC vai liderar equipa que vai negociar com PSOE

    Marta Rovina, secretária-geral do ERC, atualmente a viver na Suíça, vai liderar a equipa do partido catalão que vai negociar com o PSOE e com Pedro Sánchez, noticia o ABC, que cita fontes próximas.

    Além de Rovina, o partido escolheu outros sete dirigentes para as negociações: Gabriel Rufián, Teresa Jordà, Josep Maria Jové, Juli Fernàndez, Marta Vilalta e Sara Bailac.

    Marta Rovina deixou Espanha em 2017 na sequência da realização de um referendo sobre a independência da Catalunha considerado ilegal. Apesar de o seu regresso ao país não implicar a sua detenção, a número dois do ERC não acredita que estejam reunidas as condições necessárias para voltar ao país, refere o ABC.

  • Presidente do PNV insta Sánchez a negociar com bascos e catalães

    Andoni Ortuzar instou Pedro Sánchez a negociar com bascos e catalães, atendendo às suas reivindicações.

    Em entrevista à rádio Euskadi, o presidente do PNV disse que o primeiro-ministro em funções deve fazer uma “abordagem global sobre o que pretende” para os próximos quatro anos, sobretudo no que diz respeito às “realidades nacionais do País Basco e da Catalunha”.

    Ortuzar defendeu que o PNV é um “voto útil” nestas eleições, porque pode ajudar a impedir que a direita chegue ao poder. O presidente do partido basco disse que agora resta saber o que Sánchez está disposto a fazer para conseguir o apoio necessário.

  • Secretária-geral do PP nega "polémica" sobre liderança de Feijóo

    Não existe “polémica” sobre a liderança de Alberto Núñez Feijóo, garantiu hoje a secretária-geral do PP, Cuca Gamarra. Esta declaração surge depois de Esperanza Aguirre, antiga líder do PP, sugerir que o futuro do partido terá de passar por Isabel Díaz Ayuso e dizer que preferia uma coligação com o PSOE em vez do Vox.

    Em entrevista à Antena 3, citada pela Europapress, a dirigente do PP garantiu que “estão todos focados naquilo que é importante e estão todos atrás de quem ganhou as eleições”.

    Numa altura em que esquerda e direita tentam coligações para conseguir a maioria, Cuca Gamarra garante que existe no PP uma unidade “inquestionável”.

  • Podemos: Pablo Echenique abandona política com indiretas a Yolanda Díaz

    Membro histórico do Podemos, Pablo Echenique anunciou hoje que termina o seu percurso como deputado e que vai regressar ao CSIC, a agência do Estado espanhol dedicada à investigação científica e tecnológica.

    O até agora porta-voz do Unidas Podemos no Congresso ficou fora das listas do Sumar e não deixou de visar a líder da coligação, Yolanda Díaz, que, recentemente, disse que ninguém era mais firme politicamente por “gritar alto”.

    Echenique, segundo o El Mundo, não foi escolhido por ser considerado uma figura problemática e, hoje, disse mesmo estar “orgulhoso de ter feito muito barulho”. “Frente ao discurso do centro-extremo, o barulho é a única maneira que nós, os debaixo, temos de nos fazer ouvir e de conseguirmos conquistar direitos”.

    Segundo o El Mundo, Echenique não deixou nenhuma palavra de despedida nem a Díaz, nem ao Sumar, centrando-se em elogios a Ione Belarra, Irene Montero e Pablo Iglesias, também eles membros históricos do Podemos.

  • Isabel Ayuso recusa "atirar Feijóo de uma ponte" e acusa PSOE de ter “um pacto para vender a nação”

    Isabel Ayuso descartou a possibilidade de disputar neste momento a liderança do PP com Alberto Núñez Feijóo e considerou que é tempo de “ir à luta” para impedir o PSOE de formar governo, acusando ainda Pedro Sanchéz de se querer “agarrar ao poder” a qualquer custo.

    “É meu dever alertar que Pedro Sánchez vai aproveitar estes meses de agosto, com os espanhóis de férias, para fechar pactos com os inimigos da Espanha”, declarou a presidente da comunidade de Madrid, numa referência à possibilidade de o líder do PSOE formar um pacto para ter o apoio parlamentar dos partidos pró-catalães e bascos.

    A dirigente regional do PP considerou, por isso, que é tempo de “ir à luta” e apoiou uma eventual investidura de Feijóo. “O presidente Feijóo conta com o apoio total do PP de Madrid e de toda a direção nacional”, garantiu Ayuso que, nos últimos dias, tem sido apontada como uma possível sucessora do líder do PP caso este não venha a conseguir formar governo.

    A líder do PP de Madrid, no entanto, descarta a ideia de desafiar a liderança de Feijóo. “Não podemos estar num comício na quinta-feira a aplaudir Feijóo e depois na terça querer atirá-lo de uma ponte”, afirmou.

    Ayuso advertiu ainda contra a ideia de o PP formar um pacto de governo com o PSOE. “Não se deve pactuar com o desastre”, defendeu, acrescentando que “este não é o PSOE que nos recordamos de outros tempos”.

  • Alberto Feijóo vai apresentar-se para investidura pelo rei Filipe VI

    O PP está determinado a adiar tanto quanto possível a investidura do socialista Pedro Sánchez, líder do partido com mais votos nas eleições a seguir ao PP, assim como a formação da Mesa e Presidência do Congresso marcada para 17 de agosto, noticia o El País.

    Alberto Feijóo vai apresentar-se como opção para investidura na audiência com o rei Filipe VI, explicou Cuca Gamarra, porta-voz do PP. Toda a equipa de Feijóo defende que deve ser este a formar governo, uma vez que o PP foi o partido mais votado, mas a verdade é que ainda não conseguiu assegurar o mínimo de assentos parlamentares.

    Cuca Gamarra acrescentou ainda que Alberto Feijóo vai ligar a Predo Sánchez, na próxima semana, para pedir o apoio do PSOE para garantir que o PP é que fica à frente do governo por ser o partido mais votado.

  • PP descarta proposta do Vox para negociar com "cinco ou seis socialistas"

    O Vox assegurou que não será um obstáculo para a formação de um governo do PP e referiu-se à possibilidade de contar com o apoio de alguns socialistas. A imprensa espanhola noticia referências a “cinco ou seis socialistas bons”, mas o PP descarta a ideia.

    “Não há negociações com deputados individuais”, assegura Cuca Gamarra, secretária-geral do PP, com outras fontes do partido a garantirem ao El Mundo que não há negociações desse género agora, nem vai haver no futuro.

    Também do lado do PSOE, Félix Bolaños, ministro espanhol da Presidência em funções, considera “totalmente impossível” esse tipo de negociações.

  • "Isto está para durar." Sánchez quer ir com calma e acredita que investidura só no outono

    A palavra de ordem é desconectar. O jornal El Mundo noticia que, três dias após um resultado que deixou o PSOE respirar de alívio — ainda não sabe se o PP consegue ou não formar governo, mas neste momento tudo indica que os socialistas podem estar mais perto de uma maioria parlamentar —, Pedro Sánchez deu ordens para acalmar, “desligar a máquina” e deixar o “botão em off“.

    Convencido de que é possível o PSOE conseguir a investidura, o líder socialista passou para os membros do governo e do partido uma mensagem: “Isto [da formação do governo] está para durar.” Aliás, no seio do PSOE acredita-se que uma investidura só vai acontecer no outono.

    “Temos de ir com calma”, completa um ministro citado pelo jornal espanhol, que acrescenta, referindo-se ao trabalho de governação: “O PP não tem nada para fazer, mas nós temos.” A prioridade é o congresso, “cada coisa a seu tempo”, entendem, enquanto reconhecem que estão a olhar para este processo como um barómetro para a formação do governo.

  • Se PP conseguir formar governo, Vox não vai ser um obstáculo e viabilizará solução

    Iván Espinosa de los Monteros, porta-voz do Vox no congresso, acredita na possibilidade de o PP encontrar apoio para formar governo, nomeadamente entre aqueles a quem chama “socialistas bons”. Caso esse cenário seja atingido, o Vox não vai bloquear a investidura.

    “Se [Feijóo] conseguir [apoios], o Vox não vai ser obstáculo para evitar esse governo de destruição nacional”, disse, sublinhando que o fundamental para o partido de Abascal é travar um novo governo liderado por Pedro Sánchez.

    Ainda sobre a possibilidade de Feijóo querer apostar num pacto com o PSOE, Espinosa não vê qualquer surpresa, até porque recorda que o líder do PP assumiu ser “cómodo”, e considera até “coerente com o seu discurso”.

    “Se isso teve consequências que evitaram uma coligação de PP e Vox, provavelmente sim, mas ninguém pode acusar Feijóo de ser incoerente. Está a dizer agora o que disse desde o princípio”, frisou, citado pelo El País.

  • Puigdemont, de "episódio do passado" a dono da chave do poder em Espanha

    O partido separatista Juntos pela Catalunha (JxCat), de Carles Puigdemont, assume protagonismo e, até agora, não está alinhado nem com a esquerda nem com a direita.

    Puigdemont, de “episódio do passado” a dono da chave do poder em Espanha

  • Esquerda anota lições de Espanha: experiência de governo prejudicou partidos irmãos

    Esquerda portuguesa analisou resultados de Espanha: quem entrou para o governo saiu prejudicado, quem colaborou de fora cresceu. Pedronunismo tem planos para cenários de geringonça mais à frente.

    Esquerda anota lições de Espanha: experiência de governo prejudicou partidos irmãos

  • Feijóo espera que PSOE tenha atitude de "partido de Estado"

    Alberto Núñez Feijóo, vencedor das eleições pelo PP, vai fazer tudo o que está ao alcance do partido para formar governo. Uma maioria com o Vox ficou impossibilitada, particularmente pela queda do partido de Santigo Abascal nas eleições, o Partido Nacionalista Basco deu uma nega para negociações com PP, e as opções estão cada vez mais reduzidas.

    De acordo com o jornal El País, Feijóo teve de alterar por completo o discurso, trocando tudo o que foi dizendo sobre “derrotar o sanchismo” pela ideia de pacto entre “os partidos de Estado, que ganharam votos e apoios” para que em Espanha “não governem os independentistas”.

    Depois de uma campanha em que o PP era antecipado como vitorioso, e onde a grande incógnita estava na possibilidade de uma coligação pós-eleitoral com o Vox, o líder do PP vê-se obrigado a mudar a estratégia. “Espanha merece estabilidade”, disse numa declaração onde confirmou que não desiste da possibilidade de formar governo, mesmo que este acabe por não ser viabilizado, e em que argumentou com o facto de Espanha estar a exercer a Presidência do Conselho Europeu da UE.

    Feijóo reconheceu que pretende falar com Vox e PSOE e disse que seria um “imenso erro que em Espanha governassem os independentistas”. “Sem dúvida que os partidos de Estado ganharam apoios e votos”, sublinhou, deixando a sugestão de que o PSOE deve viabilizar um governo do PP, ainda que minoritário.

  • Bom dia.

    Os resultados das eleições de Espanha deixaram o país num impasse de ingovernabilidade em que o partido mais votado, o PP de Alberto Núñez Feijóo, não consegue formar uma maioria — Vox teve a maior queda das eleições e o Partido Nacionalista Basco já recusou entrar nas negociações.

    Neste liveblog vamos continuar a acompanhar a situação política em Espanha, que tem sido vista à lupa por poder ser usada como um laboratório no contexto nacional. Recorde tudo o que se passou desde domingo, dia das eleições, neste link.

    PSOE não pretender aceitar referendo na Catalunha e amnistia, as duas exigências dos independentistas

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