A empresa russa Crocus International, proprietária do Crocus City Hall, considerou o ataque de sexta-feira uma “tragédia monstruosa” e enviou também as suas condolências às vítimas do atentado terrorista que matou 133 pessoas.

“Juntamente com toda a Rússia, lamentamos os mortos e desejamos uma rápida recuperação para aqueles que sofreram com esta tragédia monstruosa”, declarou a empresa, citada pela CNN International.

“Nestes dias difíceis, estamos a fazer e faremos tudo o que for possível para ajudar as autoridades e os serviços especiais no seu difícil trabalho e, juntamente com todo o país, ajudar as vítimas do ataque terrorista”.

“Um agradecimento especial à equipa da sala de concertos, que agiu de forma profissional, clara e heroica numa situação de crise e, graças a isso, conseguiu salvar a maior parte dos convidados e funcionários que se encontravam no Crocus City Hall nessa noite”, acrescentou.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca afirmaram que não há provas de que a Ucrânia esteja por detrás do ataque terrorista de sexta-feira à noite ao Crocus City Hall, em Moscovo, que matou 133 pessoas.

“Não existem quaisquer provas — e, de facto, o que sabemos é que o ISIS-K é, de facto, responsável pelo que aconteceu”, disse Kamala Harris numa entrevista à ABC News, citada pela CNN International.

“O que aconteceu num ato de terrorismo e o número de pessoas que foram mortas é obviamente uma tragédia e todos nós devemos enviar as nossas condolências a essas famílias”, acrescentou.

“No início de março, o governo dos EUA partilhou informações com a Rússia sobre um ataque terrorista planeado em Moscovo. Também emitimos um aviso público aos americanos na Rússia em 7 de março. O ISIS é o único responsável por este ataque. Não houve qualquer envolvimento ucraniano”, afirmou também Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano.

Ao longo do dia, as forças russas atacaram a região de Sumy 115 vezes com 31 ataques separados, avançou o Kyiv Independent. As comunidades de Khotin, Yunakivka, Bilopillia, Krasnopillia, Velyka Pysarivka, Seredyna-Buda, Shalyhyne e Novoslobidske foram atingidas.

As forças ucranianas lançaram uma vaga de mísseis contra um centro de comunicações da frota do Mar Negro, em Sebastapol, na península ocupada da Crimeia, avançou a Ukrainian Pravda.

Segundo o jornal, durante a noite de hoje foram ouvidas mais de 10 explosões na cidade.

Sevastopol, multiple Ukrainian Storm Shadow cruise missile slam into a Russian target pic.twitter.com/D8emHWNn4z

— OSINTtechnical (@Osinttechnical) March 23, 2024

O líder da Coreia do Norte enviou uma mensagem a Vladimir Putin expressando as suas condolências pelo ataque de sexta-feira à noite, que causou, até ao momento, 133 mortos. Kim Jong-un “exprimiu as suas profundas condolências e simpatia” ao povo russo, às vítimas e às suas famílias, perante “um ataque terrorista em grande escala”, citou a Sky News.

“A posição do governo da República Popular Democrática da Coreia é coerente, opondo-se a todos os tipos de terrorismo e nada pode justificar o terrorismo hediondo que ameaça a vida humana”.

A Rússia reivindicou hoje a conquista de uma nova localidade num importante setor da frente, perto da cidade estratégica de Tchassiv Iar, e quando a Ucrânia continua a confrontar-se com escassez de munições.

Kiev, que enfrenta crescentes dificuldades após a sua fracassada ofensiva do verão de 2023, não possui homens e armas em quantidade suficiente e tem pedido aos ocidentais que acelerem a ajuda militar, bloqueada pelos Estados Unidos e atrasada do lado europeu.

A conquista da localidade de Ivanviske anunciada hoje pelas forças russas surge um dia após o ataque contra uma sala de espetáculos na região de Moscovo que provocou 133 mortos. As autoridades russas têm-se referido a uma pista ucraniana e não mencionaram o Estado islâmico, grupo terrorista que reivindicou o massacre.

O Estado Islâmico divulgou um vídeo do que diz ser o ataque a uma sala de concertos perto de Moscovo. De acordo com a Sky News, o vídeo de um minuto e 31 segundos mostra dois homens armados a entrar no local do espetáculo e abrir fogo sobre várias pessoas.

O ataque de ontem ao Crocus City Hall, em Moscovo, foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje uma lei que isenta de responsabilidade penal os contratados das Forças Armadas que participam na “operação militar especial” russa na Ucrânia.

A lei foi proposta pelo presidente da Comissão de Construção do Estado e Legislação da Duma Russa, Pavel Krasheninnikov, em colaboração com os presidentes das comissões de Defesa, Andrei Kartapolov, e do Conselho Federal de Legislação Constitucional, Andrei Klishas.

Além disso, o porta-voz do grupo parlamentar do partido de Putin, Rússia Unida, Vladimir Vasiliev, anunciou que estão a estudar “em profundidade” o possível restabelecimento da pena de morte.

“Muitas questões estão a ser levantadas sobre a pena de morte. Sem dúvida, este tema será estudado de maneira profunda, profissional e significativa, e será tomada uma decisão que satisfará o estado de espírito e as expectativas da nossa sociedade”, afirmou Vladimir Vasiliev, de acordo com o canal de notícias russo Astra.

Na sua mensagem diária, o Volodymyr Zelensky acusou Vladimir Putin de tentar “remeter a culpa” do tentado de ontem à noite em Moscovo para a Ucrânia.

“O que aconteceu ontem em Moscovo é óbvio: Putin e os outros vilões estão apenas a tentar colocar a culpa noutras pessoas”, disse o Presidente ucraniano sobre as declarações do seu homologo russo que deu a entender que haveria um envolvimento da parte da Ucrânia no ataque, uma vez que estaria a postos para receber os atacantes através da fronteira.

“Recorrem sempre aos mesmos métodos. Já foi feito antes. Houve casas rebentadas, tiroteios e explosões. E culpam sempre os outros. Vieram à Ucrânia, incendiaram as nossas cidades — e tentam culpar a Ucrânia”, acrescentou Zelensky.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) condenou “inequivocamente” o ataque de sexta-feira nos arredores de Moscovo, na Rússia, reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), entidade qualificada também hoje pela Casa Branca um “inimigo terrorista comum”.

“Condenamos inequivocamente os ataques contra o público de um concerto em Moscovo”, afirmou uma porta-voz da NATO, Farah Dakhlallah, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

“Nada pode justificar um crime atroz destes. As nossas sinceras condolências às vítimas e suas famílias”, acrescentou o porta-voz da NATO.

A agência russa TASS informou que os quatro suspeitos do ataque de ontem ao Crocus City Hall foram detidos da região de Bryansk e levados para Moscovo, onde estão a ser interrogados.

Os suspeitos estão sob custódia do Comité de Investigação da Rússia.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que os EUA “condenam veementemente” o ataque terrorista de ontem em Moscovo, acrescentando que o ISIS-K é um “inimigo terrorista comum que deve ser derrotado em todo o lado”.

“Estendemos as nossas mais profundas condolências a todos os que perderam entes queridos e a todos os que ficaram feridos ou foram afetados por estes ataques inaceitáveis contra civis inocentes”, afirmou, citada na CNN International.

As autoridades russas já identificaram 29 das 133 pessoas mortas no ataque na sexta-feira contra uma sala de concertos nos arredores de Moscovo, indicou hoje o Ministério para as Situações de Emergência.

Segundo as autoridades, pelo menos 133 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas depois de homens armados terem disparado na sexta-feira à noite contra centenas de pessoas que estavam numa sala de concertos de um centro comercial nos arredores da capital russa.

O Presidente ucraniano classificou hoje Vladimir Putin como um dirigente “inútil” pela sua reação ao ataque ao Crocus City Hall, em Moscovo, que matou 133 pessoas. Segundo a Sky News, Zelensky criticou o Presidente russo por ter ficado “em silêncio durante um dia” antes de culpar falsamente a Ucrânia, numa atitude “completamente previsível”.

“A Rússia trouxe centenas de milhares dos seus terroristas para aqui, para solo ucraniano. Estão a lutar contra nós e não se importam com o que acontece no seu próprio país”, disse o líder ucraniano.

“Tudo isto aconteceu ontem e este inútil do Putin, em vez de lidar com os seus cidadãos russos, dirigindo-se a eles, permaneceu em silêncio durante um dia — a pensar em como trazer isto para a Ucrânia. Tudo é completamente previsível.”

“As centenas de milhares de russos que estão atualmente a ser mortos em solo ucraniano seriam certamente suficientes para deter qualquer terrorista”, acrescentou.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, condenou “energicamente o ataque terrorista bárbaro” do Estado Islâmico (EI) em Moscovo, que deixou pelo menos 133 mortos, também hoje repudiado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

Herzog falou com o embaixador da Rússia em Israel para transmitir, “em nome do povo israelita, condolências às famílias das vítimas, ao povo russo e aos seus dirigentes pela terrível perda de vidas” no atentado da noite de sexta-feira, já reivindicado pelo EI.

“O terrorismo de qualquer tipo, especialmente o terror jihadista, ataca indiscriminadamente todos os povos, de todas as crenças e religiões, ao mesmo tempo que semeia medo e destruição”, afirmou o chefe de Estado israelita.

Herzog sublinhou ainda que a luta contra o terrorismo é um “importante desafio internacional que os países do mundo devem combater juntos”.

Pelo menos dois dos atacantes do atentado terrorista de ontem em Moscovo foram mortos, avançou o serviço da BBC russo. Um terá morrido dentro da sala de espetáculos do Crocus City Hall e o outro na região de Bryansk, quando as forças de segurança mandaram parar um reunalt branco para interrogar os suspeitos.

Segundo a BBC, um dos mortos era um cidadão do Tajiquistão de 30 anos que, em 2018, excedeu o período de permanência na Rússia de 90 dias e foi ordenado por um tribunal a fazer uma “saída independente controlada” do país. O outro também era um homem, de 25 anos, cidadão do Tajiquistão.

O governador da região de Moscovo, Andrei Vorobyov, avançou que a operação de salvamento no Crocus City Hall, em Moscovo, terminou depois de, nas últimas 24 horas, 133 corpos terem sido retirados dos escombros.

“A operação de salvamento no local da tragédia foi concluída. A operação de busca ainda está a decorrer”, escreveu o governador no Telegram.

“Ao longo de 24 horas, 133 corpos foram retirados dos escombros e foi possível identificar preliminarmente a identidade de 50 mortos. A identificação pelos familiares está a decorrer. Nos hospitais, os médicos estão a lutar pela vida de 107 pessoas”.

“Quanto aos carros que ficaram no parque de estacionamento: depois de terminada a operação de busca — aproximadamente amanhã à noite — começaremos a resolver esta questão”, concluiu.

Dezenas de pessoas estão a fazer uma vigília à porta do Crocus City Hall, em Moscovo. De luto, colocam flores e acendem velas pelas vítimas do ataque de ontem.