Volodymyr Zelensky diz que a data da cimeira global de paz vai ser acertada “nos próximos dias”, de acordo com o Ukrinform.

“Até agora, não há ainda uma lista específica de países”, nota Zelensky. “Nos próximos dias, vamos chegar a acordo sobre a data da primeira cimeira na Suíça. Temos de acertar uma data num formato bilateral entre mim e o Presidente da Suíça”, refere Zelensky.

Depois de estabelecida a data, os líderes globais vão receber convites. “Esperamos ter entre 80 a 100 países na audiência. Acreditamos que esta vai ser a mais poderosa cimeira de paz.”

Esta semana, o Presidente ucraniano afirmou que a Rússia estaria a preparar a mobilização de 300 mil soldados até 1 de junho. Mobilização que poderá não ser “final”, revela Zelensky numa nova entrevista, citada pelo Kyiv Independent.

“Não é um fato que os 300 mil seja o número final de tropas que vão mobilizar”, afirma Zelensky.

O Presidente ucraniano diz que a Rússia “tem de estar preparada” para ter os 300 mil soldados até junho e que, por isso, o treino militar que está a ser dado é “curto”. “Percebemos isso pelos soldados russos que estão a treinar na linha da frente”, revela Zelensky.

“No que diz respeito à sua fraca disciplina, podem não conseguir mobilizar 300 mil soldados até 1 de junho, mas temos de confiar nos dados que temos e estar preparados para isso.”

As forças russas atingiram este sábado Kurakhove e Marinka, na região de Donetsk. Morreram três pessoas e duas ficaram feridas, revelou o governador Vadym Filashking.

Duas pessoas morreram e outra ficou ferida na aldeia de Kurakhivka, escreve o Kyiv Independent. Na cidade de Krasnohorivka, uma pessoa morreu e outra ficou ferida.

“É perigoso ficar na região de Donetsk. Tomem conta de vocês e dos seus entes queridos. Saiam!”, escreveu Filashkin no Telegram.

Os ataques de mísseis russos durante a noite de sexta-feira e no sábado mataram pelo menos oito pessoas e feriram outras 12, de acordo com as autoridades locais.

Segundo o governador da região de Kharkiv, Oleh Syniehubov, seis pessoas morreram e 12 ficaram feridas com ataques com mísseis durante a noite.

O ataque em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, danificou edifícios residenciais, uma estação de serviço, um jardim-de-infância, um café, uma loja e vários automóveis, noticia a Associated Press (AP).

Hoje, um novo ataque à mesma cidade matou outra pessoa e deixou mais uma ferida, de acordo com o responsável da cidade, Ihor Terekhov.

Na região de Odessa, também hoje, um outro ataque com mísseis matou um civil, segundo o governador, Oleh Kiper.

Segundo a AP, que cita a Força Aérea, a Rússia lançou 32 ‘drones’ de fabrico iraniano Shahed e seis mísseis contra a Ucrânia durante a noite.

Os sistemas de defesa aérea da Ucrânia abateram três mísseis e 28 drones, de acordo com as autoridades.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que os ataques noturnos visavam empresas que fabricavam e reparavam veículos blindados, drones, “aeródromos militares”e zonas onde “mercenários estrangeiros” estavam, alegadamente, localizados.

O departamento governamental russo considerou que todos os alvos estabelecidos foram atingidos.

Membros do Congresso norte-americano estiveram ontem na Ucrânia com Zelensky. Na rede social X, o Presidente ucraniano disse que os seus “parceiros devem testemunhar em primeira mão o que está a acontecer na Ucrânia”.

“Sublinhei a necessidade crucial de o Congresso dos Estados Unidos adotar de imediato uma decisão para apoiar ainda mais o nosso Estado, fornecendo um pacote de ajuda para que nos possamos proteger contra o terrorismo russo”, escreveu.

Yesterday in the Chernihiv region, I met with a delegation from the United States Congress, including representatives from both parties and both chambers. Our partners must witness firsthand what is happening in Ukraine, in our regions that are being shelled by Russian terrorists… pic.twitter.com/qWCC5vec15

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 6, 2024

Mais de 4.000 pessoas foram retiradas da região russa de Orenburg, nos Urais, depois de uma inundação provocada pela rutura de um dique na sexta-feira, anunciaram hoje as autoridades locais.

Na plataforma de troca de mensagens Telegram, o serviço de imprensa do governador regional, Denis Pasler, divulgou que foram retiradas 4.208 pessoas, incluindo 1.019 crianças.

No total, cerca de 2.500 casas foram afetadas pelas inundações que ocorreram nesta região, perto da fronteira com o Cazaquistão e que enfrenta também o pico sazonal do degelo, noticia a agência France-Presse (AFP).

Numa outra mensagem, o governador explicou que as pessoas retiradas estão a ser encaminhadas para “centros de alojamento temporário” e que haverá uma ajuda financeira extraordinária.

Na sexta-feira, o mau tempo provocou a rutura de um dique na cidade russa de Orsk (Urais).

As autoridades russas denunciaram hoje um ataque ucraniano à região de Belgorod, não havendo registo de feridos ou mortos, noticia o Kyiv Independent.

O ataque não foi verificado por fontes independentes. Os oficiais ucranianos não costumam reinvidicar ataques ao território russo.

O Ministério da Defesa russo acusou a Ucrânia de ter lançado dez projéteis através do rocket RM-70 à região.

A Rússia atacou Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, durante a noite, tendo feito seis mortos e ferido dez pessoas, anunciaram os serviços de emergência e o presidente da Câmara da cidade este sábado.

Segundo o The Guardian, o ataque russo com drones atingiu a zona de Shevchenkivskyi, no norte da cidade, tendo feito danos em nove edifícios, três dormitórios e um posto de combustível.

Oito das dez pessoas feridas foram hospitalizadas com “ferimentos causados pela explosão e por estilhaços”.

“Entre os feridos encontram-se duas mulheres de 25 e 52 anos e seis homens de 23 a 76 anos”, acrescentou.