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    Zelensky: “Todos os objetivos para Kursk estão a ser cumpridos”

  • "É tempo de dar nova força às instituições governamentais ucranianas": Zelensky confirma alterações no executivo

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, justificou hoje a remodelação governamental, avançada esta tarde por um membro do seu partido, com a necessidade de “fortalecer algumas áreas” e de colocar um ênfase diferente na política externa e interna. Estas mudanças incluem uma maior articulação entre o governo central e as autoridades regionais, a colaboração com as indústrias estratégicas, para a produção de equipamento de defesa, um trabalho mais intenso junto da NATO, o início de uma “preparação real” para a adesão à UE e a inclusão do “espírito ucraniano” em todas as decisões que são tomadas nos vários níveis, incluindo cultural. Estas cinco medidas, anunciadas pelo chefe de Estado durante o seu discurso diário — e as respetivas mudanças governamentais para as implementar — representam uma mudança sazonal, que tem de ser feita durante o outono, como preparação para o inverno, justificou Zelensky.

    Para além deste tema, o Presidente ucraniano utilizou a comunicação de hoje para repetir o apelo por armas de longo-alcance, argumentando que o ataque em Poltava podia ter sido evitado caso as tivessem. “Os ataques russos serão impossíveis se for possível para nós destruir os lançadores do ocupante onde eles estão, assim como os centros de logística e aeródromos militares russos”, afirmou, acrescentando que as operações de resgate ainda estão a decorrer.

    Volodymyr Zelenksy mencionou ainda as reuniões com a sua equipa, nas quais sublinhou a entrega de um novo sistema Patriot e a construção de novos drones, “100% eficazes”. O Presidente mencionou ainda a chamada com Justin Trudeau e o relatório do comandante das Forças Armadas. Sobre este, mencionou apenas que “há uma decisão que pode fortalecer as posições” na frente de leste — sem explicar que decisão é esta — e que as ações em Kursk continuam.

  • Ucrânia. AIEA vai apoiar infraestrutura energética para melhorar segurança nuclear

    A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) anunciou hoje que vai aumentar a sua assistência à Ucrânia, enviando inspetores a postos de transformação elétrica danificados pela Rússia, essenciais para garantir a segurança das instalações nucleares.

    “A segurança das centrais nucleares em funcionamento depende de uma ligação estável e fiável à rede elétrica. Em consequência da guerra, a situação é cada vez mais vulnerável e potencialmente perigosa nesse aspeto”, afirmou o diretor da AIEA, Rafael Grossi, que se reuniu em Kiev com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

    Num comunicado divulgado pela sede da agência especializada da ONU, em Viena, Grossi anunciou que uma equipa de inspetores fará a revisão dessas subestações elétricas para avaliar a situação e a forma como se deverá proceder.

    Segundo o responsável, os especialistas aplicarão critérios de segurança industrial nuclear e de proteção de infraestruturas fundamentais para avaliar o estado desses postos de transformação de energia elétrica.

  • Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano também poderá estar de saída

    A remodelação governamental de Volodymyr Zelensky poderá incluir o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba. A informação é avançada pelo jornal Ukrainska Pravda, citando fontes na equipa presidencial, que acrescentam que o seu lugar deverá ser ocupado pelo seu ministro adjunto, Andrei Sibiga.

    Segundo as mesmas fontes, o primeiro-ministro Denys Shmyhal deverá manter-se em funções.

  • Remodelação do governo: chefe de gabinete e primeira-ministra adjunta também estão de saída

    Depois da demissão dos ministros das Indústrias Estratégicas, Justiça e Ambiente, há mais dois nomes afastados da governação de Kiev. Segundo um decreto presidencial, Volodymyr Zelensky despediu o seu chefe de gabinete, Rostylav Shurma. Não são apresentadas justificações para esta decisão.

    No governo, a primeira-ministra adjunta, Olha Stefanishyna, apresentou a demissão, afirmou o presidente do parlamento ucraniano, citado pela Sky News. Stefanishyna era responsável pela integração europeia.

  • Zelensky prepara remodelação de mais de metade do governo. Nomes anunciados na quinta-feira

    O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá anunciar na quarta-feira mudanças em mais de metade do governo, segundo o porta-voz do seu partido, Servo do Povo, no parlamento, David Arajamia.

    “Tal como prometido, esta semana podemos esperar uma mudança importante no governo. Mais de 50% dos membros do Conselho de Ministros vão sofrer alterações”, anunciou Arajamia no Telegram, quando começaram hoje a circular vários nomes que estão de saída do executivo.

    Arajamia explicou que as demissões serão anunciadas na quarta-feira e as nomeações dos novos membros do governo um dia depois.

  • Zelensky agradece apoio da agência nuclear da ONU

    O Presidente ucraniano partilhou um vídeo da reunião que teve hoje com o diretor executivo da Agência Internacional para a Energia Atómica (IAEA), Rafael Grossi, em que lhe agradece “a si e à sua equipa” o apoio na proteção da central nuclear de Zaporíjia.

    Segundo escreveu Volodymyr Zelensky na legenda do vídeo, o foco da reunião foi a segurança nuclear da Ucrânia e a garantia “de monitorização constante não só das condições das centrais de energia nuclear, mas das subestações críticas para a sua operação”.

  • Zelensky pede mais apoio militar a primeiro-ministro canadiano

    Volodymyr Zelensky falou hoje ao telefone com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que expressou os seus sentimentos pelas mais de 50 vítimas mortais do ataque russo em Poltava.

    O Presidente ucraniano aproveitou a conversa para renovar os pedidos por ajuda militar que tem deixado aos aliados ocidentais: neste caso, a entrega de mais sistemas de defesa anti-aérea e veículos blindados.

    Os dois líderes falaram ainda sobre a implementação do acordo de segurança bilateral, assinado em fevereiro, e a preparação da conferência que o Canadá vai organizar no âmbito da Fórmula da Paz, relatou o Presidente ucraniano. “Pedi ao primeiro-ministro do Canadá que intensifique a defesa dos direitos da Ucrânia entre os parceiros, relativamente às permissões e aos meios necessários para atingir alvos militares no território do país agressor”, escreveu Volodymyr Zelensky sobre a chamada, no X.

  • Kiev vai ficar em Kursk por tempo indefinido, mas não é permanente: Zelensky fala sobre ofensiva em entrevista à NBC

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, respondeu pela primeira vez a questões de jornalistas sobre a ofensiva em Kursk, que dura há quase um mês, numa entrevista publicada hoje pelo canal norte-americano, NBC News.

    “Não precisamos da terra deles. Não queremos levar o nosso estilo de vida ucraniano para lá”, afirmou Zelensky, acrescentando, contudo, que, por agora, vão continuar em Kursk, durante tempo indefinido, como parte do “plano de vitória” que apresentou aos Estados Unidos.

    O chefe de Estado ucraniano recusou falar sobre possíveis ofensivas contra outras regiões russas, considerando que, como em Kursk, o sucesso depende do fator surpresa e confirmando que não informaram nenhum parceiro internacional.

    Não se trata de uma questão de falta de confiança“, argumentou Zelensky, considerando que as tentativas anteriores de uma contraofensiva falharam porque foram discutidas durante tanto tempo com os aliados, que Moscovo se conseguiu preparar.

  • Vladimir Putin termina visita oficial à Mongólia

    O Presidente russo, Vladimir Putin, já terminou a visita oficial à Mongólia e regressou à Rússia, sem ter sido detido pelo Estado membro do TPI. No aeroporto da capital, Ulaanbaatar, foi acompanhado ao avião por uma guarda de honra, tal como à chegada. O momento foi partilhado no Telegram, pelo canal do Kremlin.

    Vladimir Putin segue agora para Vladivostok, perto da fronteira com a Coreia do Norte, onde vai participar no Fórum Económico do Leste, avança a agência TASS.

  • Estados Unidos "próximos" de aprovar mísseis de longo alcance, mas entrega a Kiev poderá demorar meses

    Os Estados Unidos estão perto de chegar a um acordo interno para entregar a Kiev os tão pedidos mísseis de longo alcance, relataram oficiais norte-americanos à Reuters. As mesmas três fontes acrescentam que a decisão ainda não foi finalizada, mas tudo aponta para que um novo pacote militar, que inclui mísseis ar-terra JASSM, seja aprovado e anunciado ainda este outono.

    Estas armas aumentam significativamente as capacidades bélicas da Ucrânia, ao permitir ataques em território russo, centenas de quilómetros para lá da fronteira. Os JASSM são utilizados para armar jatos F-16 — como os que Kiev recebeu este verão –, mas estará a ser estudada uma possibilidade de os adaptar a outras aeronaves do arsenal ucraniano, que não sejam de fabrico norte-americano, como antigos jatos soviéticos, relatam as mesmas fontes.

    Ainda assim, a aprovação do pacote não significa a sua entrega imediata. Enquanto os Estados Unidos procuram resolver os problemas técnicos desta adaptação, Kiev não terá outra solução a não ser esperar, o que poderá demorar outros tantos meses, explicam os oficiais norte-americanos.

  • A surpresa de Kursk não foi só para russos. Militares ucranianos também estavam às escuras sobre incursão

    Militares ucranianos na cidade fronteiriça de Sumy dizem não ter sido avisados do ataque que iam realizar. Dentro de Kursk, evitam espalhar “terror” a que foram sujeitos pelas forças russas.

    A surpresa de Kursk não foi só para russos. Militares ucranianos também estavam às escuras sobre incursão

  • Número de mortos em Poltava sobe novamente, Kuleba diz que pessoas foram mortas a caminho dos abrigos

    O gabinete do procurador-geral ucraniano relatou um novo aumento das vítimas do ataque russo em Poltava: foram mortas 51 pessoas e, pelo menos, 219 ficaram feridas, número que ainda pode subir com as operações de resgate em curso.

    O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, explicou que o elevado número de vítimas se deve ao facto de os mísseis balísticos terem sido lançados enquanto as pessoas estavam a chegar aos abrigos anti-bomba, depois de as sirenes de defesa anti-aérea terem soado. “A única forma de intercetar mísseis balísticos teria sido tendo sistemas de defesa anti-aérea Patriot ou SAMP/PT, pois são os únicos capazes de o fazer”, relatou, em entrevista à CNN, renovando os apelos por apoio ocidental.

    Esta estratégia de ataque descrita por Kuleba, frequentemente utilizada por Moscovo, é conhecida como double tap — toque duplo, em português. Um primeiro míssil é disparado, ativando as sirenes e, enquanto as pessoas se dirigem para os abrigos, são feitos novos disparos, apanhando civis e equipas de resgate desprevenidas e causando um número maior de vítimas.

  • "Rússia não tem interesse em alargar conflito"

    Bruno Cardoso Reis diz que uma terceira guerra mundial seria suicida para todo o mundo. O historiador afirma que Israel está a degradar a sua imagem internacional e a pôr em causa o apoio de aliados.

    Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    “Rússia não tem interesse em alargar conflito”

  • Relações com a Rússia são essenciais para existência da população, justifica Mongólia

    A Mongólia justificou hoje a receção ao Presidente russo, Vladimir Putin, e o facto de não o terem preso, com a dependência do país face à Rússia e a “política de neutralidade”.

    Apesar de ter ratificado os Estatutos de Roma e fazer parte do Tribunal Penal Internacional, a Mongólia não deteve Putin, que tem um mandado de captura com o seu nome no TPI. Num comunicado enviado hoje ao POLITICO, um porta-voz do governo mongol argumenta que “a Mongólia importa 95% dos seus produtos de petróleo e mais de 20% da eletricidade do nosso vizinho, o que antes já sofreu interrupções por razões técnicas. Este abastecimento é crítico para assegurar a nossa existência e do nosso povo“.

    Para além das trocas comerciais, o país avança uma justificação diplomática. “A Mongólia sempre manteve uma política de neutralidade nas suas relações diplomáticas, como demonstrado nos registos até hoje”, acrescentam no comunicado.

  • Diretor da agência nuclear da ONU reúne-se com Zelensky e vai visitar Zaporíjia

    Uma semana depois de ter visitado a central nuclear de Kursk, na Rússia, Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA), vai visitar amanhã a central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia. Antes desta visita, Grossi reuniu-se esta manhã em Kiev com o ministro da Energia ucraniano, o responsável da empresa pública de energia nuclear, a Energoatom, e o responsável da Inspeção Reguladora para a energia nuclear. O diretor da agência da ONU disse estar “comprometido com a segurança dos locais nucleares da Ucrânia” e prometeu o seu apoio ao país, através de uma publicação no X.

    Ainda em Kiev, reuniu-se com o Presidente Volodymyr Zelensky. Depois deste encontro, revelou aos jornalistas no local, que a situação em Zaporíjia é “muito frágil”. Grossi segue agora para o sul da Ucrânia, onde vai visitar a maior central nuclear da Europa, que se encontra sob ocupação russa desde o início da guerra.

  • Três ministros ucranianos apresentam demissão

    Os ministros ucranianos Oleksandr Kamyshin, Denys Maliuska e Ruslan Strilets apresentaram hoje a demissão, avança a Sky News. Estes oficiais ocupam respetivamente a pasta das Indústrias Estratégicas, da Justiça e do Ambiente e os pedidos estão agora a ser considerados. O Ministério das Indústrias Estratégicas é responsável pela produção de armamento para o esforço de guerra.

    Os pedidos de demissão foram apresentados durante o plenário de hoje no parlamento ucraniano, sem terem sido avançadas justificações, relata o Kyiv Independent, notando as notícias dos últimos meses que apresentavam já a possibilidade de mudanças no executivo.

    Entrada atualizada às 15h56 com o relato dos media ucranianos

  • Sobe para 47 o número de vítimas do ataque em Poltava

    O número de mortos associados ao ataque russo a Poltava subiu para 47, juntamente com 206 feridos, de acordo com Olena Zelenska, primeira-dama ucraniana, que notificou os novos dados na rede social X.

  • Rússia afirma que forças ucranianas já sofreram 9.300 baixas em Kursk

    As autoridades russas indicaram hoje que o Exército ucraniano sofreu mais de 9.300 baixas na incursão terrestre contra a região russa de Kursk, iniciada em agosto, na qual Kiev reclama o controlo de uma centena de localidades.

    O Ministério da Defesa russo afirmou em comunicado que o Exército ucraniano perdeu numerosas tropas, além de 80 carros de combate, 38 veículos de infantaria, 70 veículos blindados de transporte e outros 561 veículos.

    Salientou ainda que as forças russas conseguiram destruir 273 automóveis, oito sistemas de defesa aérea, 20 lançadores múltiplos de mísseis (incluindo três HIMARS e um MLRS) e outras peças de artilharia.

  • Direito internacional sofreu "duro golpe" com a recusa da Mongólia a prender Putin

    Kiev diz que o direito internacional sofreu um “duro golpe” com o facto de a Mongólia não ter detido Putin na sua visita oficial de acordo com o mandado do Tribunal Penal Internacional, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano na segunda-feira.

    “A Mongólia permitiu que um criminoso acusado escapasse à justiça, partilhando assim a responsabilidade pelos crimes de guerra” na Ucrânia, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Heorhiy Tykhyi.

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