Volodymyr Zelensky agradeceu hoje à ministra dos Negócios Estrangeiros do Japão pelo apoio do país à Ucrânia, num dia em que a responsável japonesa foi recebida pelo Presidente ucraniano em Kiev.

“O Japão é um parceiro muito forte e importante para nós. Estou confiante que este ano será importante para as nossas relações”, disse o Chefe de Estado numa mensagem na rede social Telegram.

“Uma das nossas grandes vitórias internacionais é a nossa relação com o Japão”, acrescentou.

Nas últimas horas, novos ataques russos no território ucraniano provocaram vários mortos e feridos.

Em Kherson, as bombas russas atingiram uma residência e mataram duas pessoas, ferindo outras duas.

Já na região de Kharkiv, ataques de Moscovo provocaram um morto e dois feridos numa comunidade perto da cidade de Kupiansk.

Um jovem russo de 16 anos foi preso da região do Dagestão, no Cáucaso Norte, por alegadamente ter pegado fogo a um caça Su-34 estacionado numa base aérea local, avançou o Kyiv Independent citando a imprensa local russa.

O caso terá acontecido na madrugada de dia 4 de janeiro, tendo o suspeito ateado fogo à aeronave que se encontrava na base de Chelyabinsk, a dois mil quilómetros da fronteira ucraniana. O Su-34 terá ficado severamente danificado, mas não se sabe se ficou inutilizável.

Os serviços de informação militares ucranianos divulgaram imagens do incidente, mas não reivindicaram diretamente o ataque. Alguma imprensa ucraniana, como o jornal Ukrainska Pravda, deu conta de que Kiev estava por trás do ato de sabotagem.

Vladimir Putin promete que não irá faltar apoio aos “guerreiros” que combatem pela Rússia, bem como às suas famílias. Esta foi a promessa feita no discurso feito pelo Presidente da Rússia por ocasião do Natal Ortodoxo que se celebra no país.

“Muitos dos nossos homens, os nossos homens corajosos e heroicos, guerreiros russos, mesmo agora, neste feriado, defendem os interesses do nosso país com armas nas mãos”, disse Putin, depois de um encontro com famílias enlutadas de soldados russos que morreram na Ucrânia.

Ao contrário do ano passado, Putin não convocou este ano para um cessar-fogo em respeito desta ocasião festiva.

Charles Michel não vai recandidatar-se à liderança do Conselho Europeu, tendo decidido entrar nas listas do seu partido para as eleições para o Parlamento Europeu.

Charles Michel decide concorrer ao Parlamento Europeu, saindo da liderança do Conselho Europeu

Os primeiros residentes de Belgorod, capital da região russa com o mesmo nome, foram transferidos para lugares mais seguros, devido a constantes ataques ucranianos à cidade, disseram hoje autoridades locais.

Um primeiro grupo de 100 pessoas foi transferido para distritos mais afastados da fronteira ucraniana, com a qual Belgorod partilha mais de 500 quilómetros.

A decisão foi tomada pelo governador, Vyacheslav Gladkov, depois de 25 pessoas terem sido mortas e mais de cem feridas num ataque ucraniano em 30 de dezembro.

Gladkov, que voltou a denunciar hoje na rede social russa Telegram mais de uma dúzia de ataques de artilharia inimiga nas últimas 24 horas, estimou que 69 cidadãos de Belgorod ainda estão hospitalizados.

Algumas famílias também se instalaram temporariamente na região de Voronezh, confirmou o governador, Alexandr Gusev.

A coordenadora humanitária da ONU para o conflito na Ucrânia condenou o ataque russo que matou 11 civis, neste sábado, e diz que só em pouco mais de uma semana a Rússia matou 120 civis.

Denise Brown, em comunicado da ONU, lamenta que “o recente aumento dos ataques em cidades muito populosas em toda a Ucrânia está a ter como consequência um número revoltante de crianças, mulheres e homens mortos e feridos, deixando um rasto de morte e destruição”.

“Desde 29 de dezembro, a ONU registou a morte de cerca de 120 pessoas civis, um pouco por toda a Ucrânia, além de quase 480 feridos”, afirma Denise Brown, notando que “por detrás de cada um destes números há uma história de imenso sofrimento”.