Momentos-chave
- Marcelo: decisão do BCE deve-se a "preocupação" com eleições nos EUA e na Europa
- "Não discutimos cortes na taxa de juro nesta reunião", afirma Christine Lagarde
- Ainda é preciso ver inflação (subjacente) cair mais, antes de descer juros
- Lagarde sinaliza que juros podem descer em junho
- Aumentos salariais continuam a provocar pressão no ritmo de subida dos preços, avisa Lagarde
- "Desde a última reunião do Conselho do BCE, em janeiro, a inflação voltou a diminuir", diz Lagarde
- 2,0% em 2025? Previsões de inflação no alvo (já em 2025) tornam corte de juros mais provável
- BCE confirma. Taxa de juro mantém-se em 4%
Histórico de atualizações
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Encerramos aqui este liveblog que acompanhou a decisão do BCE e a conferência de imprensa de Christine Lagarde.
Obrigada por ter estado connosco.
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Inflação já está à beira do objetivo mas nem assim o BCE fala em descer as taxas de juro
Mesmo com previsões que colocam a inflação no objetivo de 2% já em 2025, descida de juros (muito) dificilmente virá antes de junho. Antes, Lagarde diz querer ver como evoluem as negociações salariais.
Inflação já está à beira do objetivo mas nem assim o BCE fala em descer as taxas de juro
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Marcelo: decisão do BCE deve-se a "preocupação" com eleições nos EUA e na Europa
O Presidente da República reagiu ao anúncio do BCE. Marcelo Rebelo de Sousa considera que manter os juros inalterados “não é uma boa notícia mas é uma notícia esperada”.
Para o Presidente, o controlo da inflação não é o principal motivo por trás da opção de Lagarde. “Embora a razão dada seja a inflação que há em alguns países por essa Europa fora, penso que a verdadeira razão é outra: é a preocupação com as eleições americanas e europeias e com as suas consequências na guerra e, portanto, no peso que isso pode ter na situação económica ao longo de 2024. Daí o compasso de espera de mais três meses”.
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"Não discutimos cortes na taxa de juro nesta reunião", afirma Christine Lagarde
“Não discutimos cortes na taxa de juro nesta reunião”, afirma Christine Lagarde, num comentário que torna menos provável que a primeira descida dos juros possa chegar já em abril.
Ainda assim, a presidente do BCE indicou que o Conselho do BCE já começou a falar sobre a trajetória que se deve seguir para atenuar a política monetária restritiva que existe atualmente.
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BCE não se compromete com ritmo de descida dos juros
O BCE recusa comprometer-se, de forma alguma, com um ritmo de descida dos juros nos próximos meses (antes e depois da provável primeira descida).
“Vamos continuar a ser dependentes dos dados, vamos continuar a observar como a economia evolui, como os salários evoluem”, afirma Lagarde.
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Ainda é preciso ver inflação (subjacente) cair mais, antes de descer juros
Christine Lagarde diz que ainda será necessário ver a inflação cair um pouco mais, para dar conforto total ao BCE de que já se pode reduzir as taxas de juro.
Em particular, o BCE quer ver mais dados que apontem para uma redução da inflação subjacente (que exclui elementos mais voláteis como energia e alimentos frescos). As novas previsões do BCE indicam que esta inflação subjacente irá oscilar numa média de 2,6% em 2024, o que ainda é um valor elevado.
Nos anos posteriores, a perspetiva do BCE é que esta leitura da inflação baixe para 2,1% em 2025 e 2% em 2026.
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Lagarde sinaliza que juros podem descer em junho
A presidente do BCE diz que “estamos num processo desinflacionário” e “estamos a ter bons progressos”. Graças a esses progressos, “estamos mais confiantes” de que a inflação poderá estar contida.
“Mas ainda não estamos suficientemente confiantes e claramente necessitamos de mais provas, mais dados”, designadamente sobre os aumentos salariais.
“Saberemos algumas coisas mais em abril e saberemos muito mais em junho“, enfatizou Lagarde, acrescentando que há um consenso geral no BCE de que é preciso vários dados económicos para confirmar que as pressões inflacionistas estão mais controladas.
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Aumentos salariais continuam a provocar pressão no ritmo de subida dos preços, avisa Lagarde
Lagarde, também a ler o comunicado, salienta que “embora a maior parte das medidas da inflação subjacente tenham diminuído ainda mais, as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, em parte devido ao forte crescimento dos salários“.
Em alguns países europeus, como a Alemanha, ainda estão a ser negociados aumentos salariais para o próximo ano (fiscal). E a presidente do BCE já tem alertado que, se esses aumentos não se fundamentarem em subidas equivalentes no indicador da produtividade, são aumentos que apenas irão fazer subir os preços dos bens e serviços e, por essa razão, prejudicar as pessoas com menos recursos.
“O crescimento dos salários acelerou muito rapidamente no último ano, com os trabalhadores a tentarem, ansiosamente, recuperar algum do poder de compra perdido com a inflação muito elevada que existiu”, disse nos últimos dias Flavio Carpenzano, economista do Capital Group.
“A ronda que se avizinha, de negociação salarial em países como a Alemanha, será muito importante para avaliar o grau de aumento da massa salarial em 2024”, já que esse é um dos indicadores que o BCE utiliza para antecipar a evolução dos preços e para determinar o nível adequado de taxas de juro.
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"Desde a última reunião do Conselho do BCE, em janeiro, a inflação voltou a diminuir", diz Lagarde
Christine Lagarde inicia a conferência de imprensa em Frankfurt, como é habitual, com a leitura do comunicado que já é público há meia hora.
“Desde a última reunião do Conselho do BCE, em janeiro, a inflação voltou a diminuir“, diz a francesa. “Nas últimas projeções dos economistas do BCE, a inflação foi revista em baixa, em particular para 2024, o que reflete principalmente um menor contributo dos preços dos produtos energéticos”.
O BCE passou a prever uma inflação média de 2,3% em 2024, 2,0% em 2025 e 1,9% em 2026.
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Euro perde terreno face ao dólar, investidores apostam em descida dos juros em breve
O euro está a perder terreno face ao dólar, nos mercados cambiais, num sinal claro de que os investidores passaram a antecipar uma descida dos juros em breve.
Assim que foi revelado que o BCE tinha reduzido significativamente as projeções de inflação, para este ano e para o próximo, a moeda única baixou subitamente face à divisa norte-americana.
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Economia da zona euro deve crescer 0,6% em 2024, prevê o BCE
Ao mesmo tempo que anteveem uma inflação mais moderada em 2024, os economistas do BCE também reviram em baixa as suas projeções de crescimento para 0,6%.
Olhando mais para a frente, os economistas esperam que a economia recupere no ano seguinte e cresça 1,5%. Em 2026, a previsão de crescimento é de 1,6%, suportado no consumo e, numa fase posterior, no investimento empresarial.
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2,0% em 2025? Previsões de inflação no alvo (já em 2025) tornam corte de juros mais provável
As novas previsões macroeconómicas do BCE, divulgadas há momentos, apontam para uma trajetória mais favorável para a inflação, o que torna mais provável que haja cortes da taxa de juro nos próximos meses.
O BCE passou a prever que a inflação atinja os 2% em 2025, o que significaria atingir o objetivo de médio prazo do BCE. Em 2024, a inflação será de 2,3% e não de 2,7% como antes se previa.
A mudança da previsão de subida de preços em 2024, que é relativamente brusca, deve-se sobretudo às perspetivas do BCE para os preços da energia.
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BCE confirma. Taxa de juro mantém-se em 4%
Está confirmada a decisão de manter as taxas de juro inalteradas, por parte do BCE. A taxa mais importante para a política monetária neste momento – a chamada “taxa dos depósitos” – mantém-se em 4%.
Um comunicado emitido pelo BCE confirma a decisão que será explicada em maior detalhe por Christine Lagarde em conferência de imprensa às 13h45 (hora de Lisboa).
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Bom dia.
Vamos concentrar neste artigo liveblog a cobertura da reunião desta quinta-feira do Conselho do BCE.
Lagarde de mãos atadas com inflação “teimosa”. BCE não deve descer tanto os juros quanto se previa
Muito obrigado por nos acompanhar.