Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Este liveblog vai ser fechado, mas já abrimos um novo para continuar a acompanhar os desenvolvimentos na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia ao longo desta terça-feira. Pode segui-lo aqui.

    EUA cancelam encontro com ministro dos Negócios Estrangeiros russo. Cimeira entre Biden e Putin “certamente não está nos planos”

  • Reino Unido pode mandar mais meios de defesa para a Ucrânia

    O Reino Unido poderá enviar meios de apoio de defesa para a Ucrânia, disse Boris Johnson ao Presidente daquele país, Volodymyr Zelensky, segundo declarações de um porta-voz de Johnson à imprensa britânica.

    “Ele disse ao Presidente Zelensky que o Reino Unido já tinha esboçado sanções para visar os que são cúmplices na violação da integridade territorial ucraniana e que essas medidas iriam entrar em vigor amanhã”, afirmou o porta-voz.

    “O primeiro-ministro também disse que ponderaria enviar mais apoio defensivo para a Ucrânia, sob pedido do governo ucraniano”, acrescenta o porta-voz.

  • Presidente do Conselho Europeu diz que Rússia violou direito internacional

    O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, conversou na manhã desta terça-feira com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

    “Falei com o Presidente Zelensky para expressar a total solidariedade da União Europeia com a Ucrânia”, revelou Michel no Twitter.

    “A UE está convosco firmemente e apoia por completo a integridade territorial da Ucrânia. A ação da Rússia é um ataque contra o direito internacional e a ordem internacional baseada nas regras”, acrescentou Michel.

  • Governo ucraniano: “Temos em consideração todos os riscos e não cedemos a provocações”

    O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, publicou na manhã desta terça-feira um comunicado oficial a condenar o reconhecimento da independência das regiões de Lugansk e Donetsk por parte da Rússia.

    “A decisão da Federação Russa de reconhecer as auto-proclamadas ‘República Popular de Lugansk’ e ‘República Popular de Donetsk’ não terá implicações legais”, avisa o ministro. Porém, “esta decisão faz escalar drasticamente a situação e pode significar a rescisão unilateral, por parte da Federação Russa, dos acordos de Minsk”.

    “O lado ucraniano entende as intenções da Rússia e o seu objetivo de provocar a Ucrânia. Temos em consideração todos os riscos e não cedemos a provocações, uma vez que continuamos comprometidos com uma resolução político-diplomática do conflito armado Rússia-Ucrânia”, continua o comunicado.

    “Sob instruções do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o serviço diplomático ucraniano está atualmente a usar todo o arsenal de instrumentos diplomáticos para reverter a expansão do conflito armado”, diz ainda o ministério, num comunicado em que também repete algumas declarações anteriores de Kuleba e afirma que o governante está em contacto com as potências ocidentais para debater as sanções contra a Rússia.

  • Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia: “Capitais mundiais não dormem” enquanto preparam sanções

    Eram já quase duas da manhã em Kiev quando o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, publicou esta mensagem no Twitter: “As capitais mundiais não dormem agora, independentemente dos seus fusos horários. O âmbito e calendário das sanções está a ser finalizado. A Ucrânia insiste: as próximas ações russas dependem de como o mundo reagir.”

    “A Rússia não pode ter dúvidas de que o mundo faz aquilo que promete no que toca às sanções”, acrescentou Kuleba.

    O ministro ucraniano foi dando conta ao longo da noite, na sua conta do Twitter, dos telefonemas que manteve com os seus homólogos no Reino Unido, União Europeia, Canadá e Estados Unidos. Esta terça-feira, Kuleba reúne-se em Washington com o secretário de Estado dos EUA.

  • Austrália fecha embaixada na Ucrânia e muda pessoal diplomático para Polónia e Roménia

    A Austrália encerrou a sua embaixada na Ucrânia e transferiu o seu pessoal diplomático para a Polónia e a Roménia, anunciou a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, em comunicado.

    “Devido ao risco mais elevado, os diplomatas australianos foram instruídos a sair da Ucrânia. A nossa embaixada e as nossas operações em Lviv estão agora temporariamente encerradas. Foram enviados oficiais australianos para o leste da Polónia e para a Roménia para ajudar os australianos que pretendem abandonar a Ucrânia”, diz a ministra em comunicado.

    Na mesma nota, Payne diz que “o governo australiano está a coordenar-se em proximidade com os Estados Unidos, o Reino Unido, a União Europeia e outros governos de todo o mundo para assegurar que há grandes custos para esta agressão russa”.

    “Juntamente com os nossos parceiros, estamos preparados para anunciar rápidas e graves sanções direcionadas a indivíduos e entidades russas, responsáveis por minar a soberania ucraniana e a sua integridade territorial”, diz a ministra.

  • Secretário de Estado dos EUA e ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia reúnem-se hoje em Washington

    O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, falou na noite de segunda-feira por telefone com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, sobre os desenvolvimentos na fronteira.

    Segundo um comunicado do porta-voz de Blinken, o chefe da diplomacia norte-americana diz que os EUA estão solidários com a Ucrânia depois da decisão de Moscovo de reconhecer a independência dos territórios separatistas controlados pela Rússia no leste da Ucrânia.

    Os dois chefes de diplomacia discutiram as medidas que o Ocidente vai tomar para enfraquecer economicamente a Rússia, diz ainda o comunicado, que termina com a informação de que Blinken e Kuleba se reúnem esta terça-feira pessoalmente em Washington.

  • Governo britânico tem reunião de emergência às 6h30

    Para as primeiras horas desta manhã está também marcada uma reunião de emergência do governo britânico (a célebre reunião COBRA), presidida por Boris Johnson, para debater “os últimos desenvolvimentos” da crise e para “coordenar a resposta do Reino Unido”.

    Essa resposta incluirá “um significativo pacote de sanções a serem introduzidas imediatamente”, diz a nota da residência oficial do primeiro-ministro britânico.

    A reunião está agendada para as 6h30 de Londres, mesma hora em Lisboa.

  • Primeira-ministra da Lituânia diz que ações de Putin envergonham até Kafka e Orwell

    A primeira-ministra da Lituânia, Ingrida Šimonytė, diz que as ações de Putin são tão “surreais” que envergonhariam até os autores Franz Kafka e George Orwell, conhecidos pelas histórias surreais e distópicas que escreveram no século XX.

    “Putin acabou de envergonhar Kafka e Orwell: não há nenhum limite à imaginação de um ditador, nenhum mínimo é demasiado baixo, nenhuma mentira demasiado gritante, nenhuma linha vermelha demasiado vermelha para passar”, escreveu no Twitter a governante lituana.

    “O que testemunhámos esta noite pode parecer surreal para o mundo democrático. Mas o modo como respondermos vai definir-nos para as próximas gerações”, acrescentou.

  • Na reunião do Conselho de Segurança da ONU, Ocidente procurou isolar Rússia

    A reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia terminou ao fim de cerca de uma hora e meia de debate intenso.

    Durante a reunião, os países ocidentais procuraram deixar a Rússia totalmente isolada no plano global após o reconhecimento da independência dos territórios separatistas ucranianos e do envio de tropas para aquele país.

    Esta terça-feira deverão ser anunciadaspelos EUA e pelos países europeus as pesadas sanções económicas que o Ocidente vai impor à Rússia, segundo disse no final da reunião a embaixadora norte-americana junto da ONU. Essas sanções juntam-se a um pacote legislativo aprovado na segunda-feira por Joe Biden, Presidente dos EUA, destinado a proibir as relações comerciais entre os EUA e as regiões de Lugansk e Donetsk.

  • Alemanha apela à Rússia que reverta a decisão e retome o compromisso com os Acordos de Minsk

    A representante da Alemanha, a embaixadora Antje Leendertse, condena a decisão de Putin, que compara com a “anexação ilegal da Crimeia”, e descreve como um pretexto para invadir a Ucrânia “como um todo”.

    “O meu país condena a violação do território e soberania da Ucrânia nos piores termos possíveis” e vai implementar “medidas firmes e adequadas ao abrigo da lei internacional” que trarão consequências económicas, políticas e estratégicas para a Rússia.

    “Apelo à Rússia a cumprir as suas obrigações como membro permanente deste Conselho e a revogar as decisões tomadas e voltar a comprometer-se com os Acordos de Minsk”, retirando as tropas da fronteira, reforçou.

  • Ucrânia: "Não temos medo de ninguém"

    Sergiy Kyslytsya deixa ainda uma mensagem para os restantes membros do Conselho de Segurança: “Esperamos passos claros e eficientes dos nossos parceiros”, afirma, acrescentando que “é crítico percebermos quem são os nossos amigos agora”.

    O embaixador ucraniano diz ainda que a Ucrânia “não tem medo de ninguém”. “Não estamos em fevereiro de 2014, estamos em fevereiro de 2022. É outro país, outro exército, com o único objetivo da paz”, diz, comparando a situação atual com a da ocupação da Crimeia pelas tropas russas há oito anos.

    “Convidamos a Federação Russa a ler e reler, com cuidado, a declaração de hoje em que o secretário-geral da ONU considera a decisão uma violação da integridade territorial da Ucrânia e da Carta de Princípios da ONU”, afirma ainda Sergiy Kyslytsya, agradecendo a António Guterres a “declaração poderosa”.

    O embaixador pede ainda à Rússia que cancele a decisão de reconhecer a independência das repúblicas separatistas. E exige “uma retirada comprovada das tropas ocupantes”. “A ONU está doente, isso é um facto. Foi afetada pelo vírus espalhado pelo Kremlin. Vamos sucumbir a este vírus? Está nas mãos dos membros”, declara.

    E diz que a Rússia fez “copy-paste” do que escreveu aquando da invasão da Geórgia em 2008. “Quem se seguirá?”, questiona, antes de terminar a sua declaração.

  • Embaixador ucraniano diz que "todos os membros da ONU estão sob ataque" de um "vírus" lançado pela Rússia

    Apesar de a Ucrânia não fazer parte do Conselho de Segurança da ONU neste momento, o seu embaixador, Sergiy Kyslytsya, é autorizado a falar.

    Kyslytsya começa por falar num “vírus” que está nas Nações Unidas, mas que não é a Covid-19: “É o vírus que está aqui a ser espalhado pela Federação Russa”, acusa.

    “Hoje todos os membros da ONU estão sob ataque”, decreta o embaixador ucraniano, que passa a enumerar outros “ataques” levados a cabo pela Rússia, como “a invasão da Geórgia em 2008” e o “início da guerra em Donbass, em 2014”.

    Sergiy Kyslytsya diz que a Rússia “retirou-se unilateralmente dos Acordos de Minsk” hoje. “A Rússia legalizou a presença das suas tropas — que já estão em Donbass desde 2014”, resume.

  • Evitar a guerra depende da Ucrânia, diz representante russo na ONU

    “É importante, agora, evitar a guerra e forçar a Ucrânia a parar as hostilidades e provocações contra Donetsk e Lugansk”, afirma o representante da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya.

    O apoio da Rússia a estas regiões não foi algo que aconteceu subitamente, pelo contrário, diz. Ambas declararam independência em 2014, mas só agora a Rússia o reconhece. “A esperança, à época, era que a Ucrânia parasse de falar com os seus cidadãos na linguagem de canhões e tiros e ameaças”.

    A eleição de um novo Presidente, em 2019, parecia uma oportunidade abrir portas ao diálogo entre Kiev e as regiões separatistas, mas nada mudou, argumenta o Vasily Nebenzya. “A Ucrânia violou os acordos de Minsk”, acusa.

    “Continuamos abertos à diplomacia, a uma solução diplomática. Contudo, permitir um banho de sangue em Donbass é algo que não pretendemos fazer.”

    O representante russo alega ainda que a Rússia acolheu mais de 60.000 refugiados ucranianos e que centenas de civis foram mortos nos últimos dias. E apela ao Ocidente que incentive a Ucrânia a travar as hostilidades e a deixar de lado às “reações emocionais” face à resposta russa, para não “tornar as coisas piores”.

  • China fala em "questões complexas" na Ucrânia

    É agora a vez do representante chinês, o embaixador Zhang Jun, que faz uma declaração muito curta. “Apreciamos todos os esforços diplomáticos”, diz, sobre a situação na Ucrânia — e reforça o seu compromisso com “uma solução pacífica”.

    Contudo, Zhang Jun nota que a situação no país “resulta de várias questões complexas” e apela a que sejam resolvidas cumprindo a Carta de Princípios da ONU. Pede também “contenção” a todas as partes envolvidas.

  • Ações da Rússia gozam com "o Acordo de Bucareste e os Acordos de Minsk", diz embaixadora britânica

    “A ação da Rússia vai ter consequências, em primeiro lugar para a vida humana”, alerta Barbara Woodward, embaixadora britânica na ONU. “O impacto vai ser terrível sobre os civis que fugirão do conflito”.

    Woodward alerta para a violação da integridade territorial da Ucrânia e relembra que está em causa a Carta de Princípios da ONU. Diz ainda que as ações de hoje gozam com “o Acordo de Bucareste e os Acordos de Minsk”. “As ações da Rússia demonstram um desprezo claro pela lei internacional”, diz a embaixadora britânica, anunciando que haverá “consequências económicas graves” para a Rússia.

    A representante do Reino Unido diz que “a Rússia nos levou à beira do abismo”. “Incentivamos a Rússia a que recue”, remata.

  • Independência das províncias é "pretexto para uma maior invasão da Ucrânia", dizem EUA

    A embaixadora dos Estados Unidos na ONU diz que a decisão da Rússia de reconhecer como independentes as províncias de Donetsk e Lugansk, é “a base para criar um pretexto para mais invasão da Ucrânia”, um passo que terá consquências que se “vão sentir muito além da Ucrânia”.

    Na reunião do Conselho de Segurança, Linda Thomas-Greenfiled, disse considerar “um disparate” dizer que as tropas enviadas pela Rússia para Donbass são de “manutenção de paz”, como afirmou o Presidente russo. “A história diz-nos que olhar para o lado perante tal hostilidade resulta num preço alto a pagar”, afirmou.

    A embaixadora alertou para o impacto humanitário de uma guerra na Ucrânia. “Vamos ver enormes perdas de vidas, uma crise refugiados em toda a Europa”, comentou.

    Thomas-Greenfiled deixou ainda claro que os Estados Unidos “não têm qualquer intenção de dar armas nucleares à Ucrânia e que a Ucrânia não as quer”.

    “Putin quer que o mundo viaje para trás no tempo, para um tempo antes da ONU e em que os impérios dominavam o mundo. A ONU foi fundada no princípio de descolonização, não de recolonização”, criticou, alertando que “as consequências das ações da Rússia vão ser terríveis, na Ucrânia, na Europa e no mundo”.

    Depois das sanções já anunciadas hoje pelo Presidente Biden, a embaixadora disse que mais medidas estão previstas para amanhã.

  • França diz que Europa está a preparar sanções "direcionadas"

    Nicolas de Revière, embaixador francês na ONU, apela à Rússia que “acompanhe as suas palavras com atos” sobre os compromissos de continuar o diálogo diplomaticamente.

    “Estamos a preparar sanções a nível europeu direcionadas aos que prepararam estas medidas”, garante o responsável francês, que fala numa “violação falagrante da integridade territorial da Ucrânia”.

  • ONU: "Próximas horas serão críticas"

    Fala agora Rosemary DiCarlo, vice-secretária-geral da ONU, a abrir a reunião do Conselho de Segurança.

    “Lamentamos esta decisão, que tememos que possa ter repercussões regionais e internacionais”, disse, sobre a decisão de reconhecer a independência das repúblicas separatistas.

    DiCarlo relembra que a ONU pretende “a continuação do diálogo” e uma “resolução pacífica” para a atual situação.

    “As próximas horas serão críticas. O risco de conflito militar é real”, remata a representante das Nações Unidas.

  • Embaixador russo na ONU: "Oiçam a minha declaração"

    O embaixador russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, também já entrou na reunião, mas não quis prestar declarações aos jornalistas.

    “Oiçam a minha declaração”, disse apenas, direcionando os jornalistas para o que se irá passar no encontro.

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