O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, deu ordens ao exército para que lhe apresente um plano para uma “vitória decisiva” sobre o Hamas, caso o grupo não liberte os reféns que continua a ter cativos até à posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro.

“Se um acordo para libertar os reféns não se materializar até à posse do Presidente Trump, terá de haver uma derrota completa do Hamas em Gaza”, diz Katz.

Segundo um comunicado do ministério, citado pela imprensa israelita, Israel “não deve entrar numa guerra de desgaste em Gaza”, pelo que o ministro, Israel Katz, deu instruções ao exército para que “identifique os problemas que podem complicar” o objetivo de erradicar o Hamas, “como a ajuda humanitária e outros assuntos”, para permitir que o governo “tome as decisões necessárias”.

“O ministro da Defesa enfatiza que uma solução política para Gaza não é relevante, porque nenhuma nação árabe ou outra autoridade vai responsabilizar-se por gerir a vida civil na Faixa de Gaza enquanto o Hamas não for completamente destruído”, acrescenta o texto.

O petroleiro “Sounion”, com pavilhão grego, atacado pelas forças huthi do Iémen no Mar Vermelho em 2024 foi recuperado com sucesso, evitando-se o derrame de crude, disse esta sexta-feira uma empresa de segurança.

No ano passado, o “Sounion” com um milhão de barris de petróleo bruto foi inicialmente atingido e mais tarde armadilhado com explosivos pelos rebeldes huthi tendo-se registado um incêndio a bordo do navio.

A equipa de salvamento demorou vários meses a rebocar o navio, a apagar o incêndio e a descarregar o crude em segurança.

As forças huthi atacaram o petroleiro no dia 21 de agosto com o uso de armas ligeiras e um ‘drone’.

Um contratorpedeiro da Marinha de Guerra francesa que operava no âmbito da Operação Aspides resgatou a tripulação constituída por 25 marinheiros de origem filipina e russa além de quatro membros da equipa de uma empresa de segurança privada.

O grupo dos familiares dos reféns do Hamas já reagiu à confirmação da morte de Hamza Al-Zidyane, dois dias depois da confirmação da morte do pai, Youssef, declarando que “ele e Youssef podiam ter sido salvos”.

Hamza é recordado como “um homem da natureza, que amava animais e era amado pelos seus amigos”.

O comunicado do grupo recorda que dois irmãos de Hamza — Bilal e Aisha — também foram capturados, tendo sido depois libertados em novembro de 2023. “Quatro membros da família foram raptados e só dois voltaram vivos. Youssef e Hamza, que sobreviveram a um período que foi um inferno durante a captura do Hamas, podiam ter sido salvos num cessar-fogo que tivesse acontecido mais cedo”.

“Temos uma janela de oportunidade histórica e não podemos perdê-la”, dizem os familiares dos reféns, dirigindo-se diretamente a Benjamin Netanyahu e pressionando o primeiro-ministro israelita. “Tem o mandado do povo — traga-os para casa”.

The Hostages Families Forum bows its head in grief once again upon learning of the murder of Hamzah AlZayadni in Hamas captivity. Both he and his father Yosef could have been saved.

Hamzah AlZayadni was a nature lover who had a deep affection for animals and was beloved by his… pic.twitter.com/3mhZrdvAHQ

— Bring Them Home Now (@bringhomenow) January 10, 2025

O exército e os serviços de segurança israelitas confirmaram esta sexta-feira a morte do refém Hamza Al-Zidyane, na sequência de dois dias de dúvidas e informações contraditórias.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mostrou confiança na evolução das negociações sobre um cessar-fogo em Gaza, sugerindo que ainda poderá haver acordo durante a sua administração (o presidente-eleito, Donald Trump, toma posse no dia 20 de janeiro).

Biden não tem falado de viva voz sobre as negociações. Desta vez, cita a imprensa israelita, respondeu aos jornalistas no final de uma conferência de imprensa sobre os incêndios em Los Angeles dizendo que existe um “progresso real”, depois de ter falado com os negociadores do lado norte-americano.

Com “esperança” numa troca de reféns em breve, Biden culpou o Hamas por o acordo ainda não ter acontecido: “O Hamas é que está a atrapalhar essa troca, neste momento, mas acho que poderemos fazê-la. Precisamos de fazê-la”.