O Departamento de Estado dos Estados Unidos está a preparar-se para impor novas sanções contra organizações e indivíduos russos que estejam envolvidos no comércio de armas com a Coreia do Norte e o Irão.

No documento tornado público surgem ainda sanções contra o grupo Wagner e a Força Aérea russa. As restrições entraram em vigor a 27 de fevereiro e a publicação oficial das sanções acontecerá na quarta-feira.

As tropas russas atacaram esta terça-feira a comunidade de Seredyna-Buda, na região de Sumy, deixando ferindo um homem. De acordo com a administração regional, foram utilizados sistemas de lançamento múltiplo de mísseis no ataque.

Sergei Naryshkin, diretor dos serviços secretos estrangeiros (SVR) da Rússia, disse esta terça-feira que os comentário de Emmanuel Macron sobre a possibilidade da NATO colocar soldados na Ucrânia colocam o mundo perto de uma guerra nuclear.

“Isto mostra o elevado grau de irresponsabilidade dos líderes europeus hoje, neste caso o presidente da França. É claro que é triste ver , observar e compreender que a capacidade das atuais elites da Europa e do Atlântico Norte para negociar está num nível muito baixo”, acrescentou o diretor.

“É cada vez mais raro que demonstrem qualquer bom senso. Mas estas declarações são extremamente perigosas. Eles já estão nos levando à beira da guerra nuclear”, completou.

Dois homens foram hoje condenados a penas de prisão entre 10 e 12 anos por um tribunal ucraniano por terem transmitido informações sensíveis à Rússia durante a invasão do país.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, a Ucrânia lançou uma campanha de repressão contra milhares de funcionários públicos no Leste e no Sul do país, acusados de colaborar com os russos.

Os dois homens condenados na terça-feira são residentes das cidades de Chassiv Iar e Kramatorsk, na região oriental de Donetsk.

Javier Milei, Presidente da Argentica, deverá visitar a Ucrânia em junho. Segundo a Sky News, Milei partilhou um artigo do canal Infobae, sugerindo que vai deslocar-se a Kiev numa “viagem relâmpago” pela Europa.

“O Presidente chegará a Kiev em junho, depois de receber os prémios Juan Mariana em Madrid e a Medalha Hayek em Hamburgo, e não descarta parar em Paris e Berlim para se encontrar com Macron e Scholz”, diz a notícia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia disponibilizou quatro novos idiomas no seu site e na rede social X, incluindo português, espanhol e árabe, para expandir o seu alcance no Médio Oriente, África e América Latina, foi hoje divulgado.

O lançamento de quatro novas versões, em português, espanhol, francês e árabe, no portal oficial da diplomacia ucraniana, bem como em contas na rede social X, tem como objetivo expandir a sua presença no espaço de informação dos países do Médio Oriente, África e América Latina, de acordo com um comunicado enviado à Lusa pela Embaixada da Ucrânia em Portugal.

“É muito importante dizer ao mundo a verdade sobre a agressão russa contra a Ucrânia. A equipa de comunicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros está a trabalhar no sentido de fornecer informações verificadas, não distorcidas pela propaganda russa, a um público mais vasto. Graças às páginas do Ministério dos Negócios Estrangeiros em novas línguas estrangeiras, poderemos atingir um maior número de público estrangeiro”, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, citado na nota.

Na noite desta terça-feira registaram-se alertas aéreos em várias regiões da Ucrânia, depois da Força Aérea das Forças Armadas ter relatado a presença de vários drones de ataque.

As regiões de Dnipropetrovsk, Kharkiv, Poltava, Mykolaiv, Kherson, Odessa e Zaporíjia estão sob ameaça. Em Odessa foram relatadas explosões pela Sospilny.

Um ataque russo em Kherson, no sul da Ucrânia, feriu um homem de 52 anos esta terça-feira, informou Oleksandr Prokudin, governador regional.

Prokudin acrescentou que foram vários os ataques que aconteceram ao longo do dia, com casas e infraestruturas civis a ficarem danificadas.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que Paris apoiará a iniciativa liderada pela República Checa de compra e entrega urgente de munições às Forças Armadas Ucranianas, que enfrentam escassez de material na frente de batalha contra a Rússia.

Os governos de França e da República Checa estão em contacto para discutir formas de implementar a iniciativa, disse Macron, após uma reunião com o seu homólogo checo, Petr Pavel, em Praga.

Segundo o Presidente checo, que no passado liderou o comité militar da NATO, as potências estrangeiras acumularam quase meio milhão de cartuchos de calibre 155 mm e outros 300 mil mísseis de calibre 122 mm.

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) anunciou hoje a conclusão do projeto de uma rede de satélites que oferece à população da Rússia “informação independente”, produzida em grande parte por jornalistas russos no exílio desde a invasão da Ucrânia.

Com o nome Svoboda (liberdade em russo), esta rede pretende, segundo os RSF, ser “uma prova de que as democracias podem exportar jornalismo independente e reverter a lógica da propaganda”, que chega aos cidadãos russos através dos meios de comunicação controlados pelo Estado.

Trata-se de poder “falar sobre guerra e crimes de guerra” na Ucrânia e não sobre “uma operação militar especial” (expressão usada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para se referir à invasão do país vizinho), segundo os promotores do projeto.

O diretor dos serviços secretos estrangeiros (SVR) da Rússia disse esta terça-feira que Alexei Navalny morreu de causas naturais e acusou o Ocidente de usar a morte do opositor de Putin para obter ganhos políticos.

Em entrevista à estação russa TV Solovyov, Sergei Naryshkin garantiu que “Navalny morreu de causas naturais” e acrescentou que não acredita “num enredo especial”, já que “mais cedo ou mais tarde a vida termina e as pessoas morrem”.

“É muito nojento que no Ocidente sejam encenadas danças satanistas em torno do caixão de Navalny. Isso é imoral, desonroso e anti-ético. O que mais posso dizer?”, completou.

Representante da Comissão Europeia em Portugal, explica que o objetivo do pacote de Defesa europeu, de 1,5 mil milhões de euros, passa apenas pela cooperação entre os estados-membros.

Ouça aqui a entrevista completa a Sofia Moreira Sousa no Direto ao Assunto

Plano da UE? “Exército europeu está fora de questão”

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, defendeu hoje a necessidade de os aliados ocidentais estarem unidos quanto à Ucrânia, em vez de falarem em enviar tropas ou de coragem, referindo-se a declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron.

“A unidade sobre a Ucrânia é essencial, não se trata de quem oferece mais ou de quem tem mais coragem. O importante é aumentar com rapidez e eficácia a capacidade de produzir artilharia e sistemas de defesa. Devemos concentrar-nos nisso, é do que a Ucrânia precisa”, sustentou Pistorius em Estocolmo, numa conferência de imprensa com o homólogo sueco, Pal Jonson.

Macron tinha instado horas antes, em Praga, os países ocidentais a não serem “cobardes” perante a “imparável Rússia”, no final de uma reunião com o Presidente da República Checa, Petr Pavel.

As tropas russas bombardearam esta terça-feira a região de Donetsk e, segundo o governador local, terão matado um homem de 72 anos, que se encontrava na cidade de Krasnohorivka.

No Telegram, Vadym Filashkin escreveu que “Krasnohorivka está na linha de frente há 10 anos e a cada dia fica mais perigoso permanecer lá”.

No habitual discurso diário, o Presidente ucraniano relembrou a decisão desta terça-feira do Tribunal Penal Internacional, que emitiu mandados de captura a dois militares russos.

Volodymyr Zelensky mostrou novamente o seu apoio a esta decisão e ampliou-o “a todos os guerreiros e unidades que estão a restaurar a segurança e o controlo da Ucrânia sobre os céus e o Mar Negro”.

Today, I would like to thank all of our warriors and units who are restoring security and Ukraine's control over our skies and the Black Sea.

Ukraine has already proven its capabilities and strength. The number of destroyed Russian aircraft, as well as our warriors'… pic.twitter.com/NLArODKrPa

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 5, 2024

“O número de aeronaves russas destruídas, bem como as conquistas dos nossos guerreiros contra a frota russa, servem como prova disso”, acrescentou o Presidente.

Por fim, Zelensky relembrou que “não existem portos seguros para terroristas russos no Mar Negro”, sucedendo-se o mesmo “nos céus”.

Boris Pistorius, ministro da Defesa da Alemanha, disse esta terça-feira que não foi tomada nenhuma decisão política sobre o envio de mísseis Taurus para a Ucrânia.

Citado pela Sky News, Pistorius afirmou que “não há [qualquer] decisão política, nem da parte do chanceler [Olaf Scholz]” nem da sua parte.

O alto representante da União Europeia (UE) para a Política de Segurança alertou hoje que a “Europa está cada vez mais em perigo” e apelou à criação de uma verdadeira indústria de defesa europeia como “um Pentágono” dos 27.

“A Europa estava em perigo e hoje a Europa está cada vez mais em perigo”, começou por dizer Josep Borrell, em conferência de imprensa conjunta com a vice-presidente executiva da Comissão Europeia Margrethe Vestager e o comissário para o Mercado Interno, Thierry Breton, em Bruxelas.

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que a “guerra de agressão russa trouxe um grande sentido de urgência para aumentar as capacidades industriais de defesa” da UE.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou hoje que os embaixadores europeus recusaram participar numa reunião por si convocada, em declarações à plataforma digital russa RBC.

Segundo Serguei Lavrov, a Missão Permanente da União Europeia alegou um “baixo nível de confiança e falta de informação sobre a agenda” do encontro, que serviria para debater eventuais interferências estrangeiras nas eleições presidenciais russas, que estão marcadas de 15 a 17 deste mês.

“Há uma semana e meia, os diplomatas ocidentais foram convidados para uma reunião sobre as eleições presidenciais na Rússia”, afirmou Lavrov, que pretendia aconselhá-los a não fazerem nada para apoiar “os oposicionistas do sistema”.